Não matem a Melga
A 1.ª jornada cumpriu-se. Benfica, Porto, Braga e Sporting empataram. Em breves notas, direi que o Benfica se apresentou confuso, parecendo que o excesso de médios e avançados baralhou Jesus. O FC Porto foi sempre uma equipa banal, exceção feita às jogadas de Hulk. O Braga fez a sua obrigação, beneficiando dos erros do adversário. E o Sporting foi, dos 4, o que praticou melhor futebol, embora inofensivo.
Não tenho lido os jornais, mas é fácil imaginar que os bombos da festa desta jornada foram Melgarejo e Jorge Jesus. Este já tem fama de querer “inventar”. Inventou um “grande” guarda-redes chamado Roberto, inventou um “grande” defesa esquerdo chamado Emerson, e agora quis inventar um 2.º Fábio Coentrão. E sucedeu o que se viu.
Melgarejo foi, só, o melhor jogador do Braga: marcou um golo e fez a assistência para o outro. Pior estreia era impossível. Mas, até por isso, acredito que foi mau de mais para se tirarem conclusões. Melgarejo é um ótimo jogador. Não sei se será um grande lateral-esquerdo, mas seria um erro os benfiquistas queimarem-no no início da carreira.
Quanto a Jesus, só lhe fica bem ser criativo. O futebol está farto de treinadores sem chama nem imaginação. Engana-se às vezes? É verdade. Mas quantos grandes jogadores já fez? E em tempo de vacas magras, é legítimo tentar aproveitar ao máximo os jogadores disponíveis, em lugar de comprar outros por fortunas.
Claro que, neste princípio, há uma incoerência: por que teima o Benfica em gastar tanto dinheiro em extremos? Salvio e Ola John custaram mais de 20 milhões. Ora o Benfica já tinha Nolito, Gaitán, Bruno César, Enzo Pérez, Djaló, o próprio Melgarejo. Seria preciso mais algum?
In Record
1 comentário:
Não vejo coerência, pois se diz ao mesmo tempo:
Melgarejo foi, só, o melhor jogador do Braga: e
Quanto a Jesus, só lhe fica bem ser criativo;
Mesmo que a criatividade possa custar 2 pontos?
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