novembro 28, 2011

Por força da lei _ Ricardo Costa



Contas do fair play

Passo a passo, os burocratas e os tecnocratas assumem as rédeas dos poderes que nos administram. Diz-se que os mecanismos partidários não atraem os melhores e os íntegros; acode o perfil “apolítico” para suprir a falência iminente e disseminar um outro modelo. Os políticos profissionais entram em decadência; pedem-se os profissionais técnicos, sem a rede da política. Chegou ao Estado a necessidade de introduzir, com novos atores, as “boas práticas” das organizações e das empresas. Nestas – depois de muitas burlas contabilísticas, promiscuidades entre quem gere e as entidades geridas, remunerações desproporcionadas, derrocadas de empresas de referência – proliferaram as regras de “governação”, enquanto conjunto de normas e de princípios de comportamento que norteiam os poderes de decisão e o controlo ou fiscalização das organizações. São regras agora agarradas pelo Estado, no sentido de cobrir os défices, estimular a competitividade da economia, promover reputação, reconquistar o financiamento externo e, no fim de tudo, permitir que o país continue. E não faltará muito para termos um “código de conduta” para se assumir funções políticas e, se aquele for violado, ser-se destituído. É para aí que estamos a seguir.

As últimas duas décadas de futebol, lá fora e cá, foram marcadas por desvarios múltiplos na gestão financeira dos clubes, contaminados pelo mundo global. A roupagem das sociedades desportivas, a atração de recursos humanos qualificados, o aperto nas regras da contabilidade, do fisco e das contribuições sociais e uma nova malha de regulamentos não foram suficientes para evitar um galope aflitivo de endividamento. Os “dirigentes” tradicionais perceberam já que vem aí um tempo de “governação” endógena, em que não é legítimo acrescentar sucessivamente passivo ao passivo.

As principais ligas europeias (como Itália, Inglaterra e também a nossa) começaram a fiscalizar periodicamente o respeito dos compromissos dos clubes, com destaque para os salários e dívidas a outros clubes, sob pena de perdas de pontos e despromoção. No vértice da pirâmide, o Comité Executivo da UEFA aprovou uma nova disciplina para a participação dos clubes nas suas provas (“financial fair play regulations”), que assenta na fiscalização das suas finanças em relação às três últimas épocas – entrará em vigor na época 2013/14 e a primeira época sob análise está em curso. Se olharmos para o documento estão lá as noções fundamentais de equilíbrio e cumprimento. E de controlo dos “desvios” nas contas. Até 2017-2018, aceitar-se-ão perdas de 45 e 30 milhões de euros entre receitas e despesas, mas, depois, o princípio é que não será aceitável um “desvio” superior a 5 milhões de euros! Seguem-se a avaliação, as correções e as sanções. Espero para ver, contudo, o nome e o peso dos incumpridores…

Tal como ao Estado aportam os técnicos “pouco políticos”, as regras de “governação” trarão ao futebol os tecnocratas “pouco desportivos”. Em potencial colisão com os interesses instalados, não terão vida fácil. Como não tiveram nem têm todos aqueles que são indiferentes no que toca à “rede” do meio…

In Record

Email Aberto _ Domingos Amaral



Parabéns

From: Domingos Amaral
To: Jorge Jesus

Caro Jorge Jesus
Tem sido uma semana fantástica e tu mais do que ninguém mereces os parabéns. Em Manchester, estiveste no teu melhor, a motivar a equipa para entrar em campo de cabeça levantada, sem medo dos ingleses, e com confiança para lhes causar danos.

Assim conseguimos marcar por duas vezes, em momentos essenciais, o que condicionou a equipa de Ferguson. E depois, estiveste muito bem também nas substituições, blindando o meio-campo para suster a sempre difícil cavalgada final do Manchester, a quem não serviu de nada o chamado “Fergie time”, os minutos extras que sempre têm de gramar os adversários em Old Trafford.

Parabéns pois pela segurança e pela maturidade que o Benfica mostrou, a meio da semana, e que ontem vieram de novo ao de cima. O dérbi ficou marcado pela expulsão de Cardozo, uma decisão do árbitro difícil de compreender. Isso obrigou o Benfica a defender meia hora, o que fez de forma quase brilhante, não dando grandes hipóteses ao Sporting. Se tivessem sido onze, talvez o resultado tivesse sido bem mais penoso para os leões…

Mas, a vida é o que foi, não o que devia ter sido, e por isso ganhámos bem, contra um Sporting que vinha muito animado mas que ontem ficou a perceber que ganhar ao Gil Vicente ou ao Leiria não é o mesmo que ao Benfica. É verdade que o Sporting está melhor, mas ainda tem de crescer para chegar aos nossos calcanhares. É uma equipa que arranca com genica e velocidade, mas que nos finais de cada parte perde fulgor e costuma desconcentrar-se. Assim foi ontem. O Sporting entrou bem mas perdeu gás e sofreu o golo à beira do intervalo. Na segunda parte, repetiu-se o filme, e como se viu nos últimos vinte minutos, o Sporting já não tinha pernas, nem cabeça, para mais.

PS: Terá a Liga coragem para castigar o Sporting pelo incêndio na Luz? Veremos.


In Record

Isto é o INFERNO DA LUZ



Através do blog Vozes Encarnadas

novembro 26, 2011

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3526


» TÍTULOS:

» 2 - Síntese + Editorial: “Exaltar as glórias do Glorioso”
» 3 - Calendário: “Máxima concentração” + Opinião João Paulo Guerra
» 4 - Crónica Manchester – Benfica: “Enorme coração… de Champions”
» 5 - Análise Champions: “Garantir o 1.º lugar” + Opinião Arons de Carvalho
» 7 - Golden Boy: “A Europa está de olho neles” + Opinião João Malheiro
» 8 - Crónica Taça de Portugal: “Missão cumprida na Figueira”
» 9 - Análise à Taça: “Na luta pela Taça” + Opinião Pedro Ferreira
» 11 - Antevisão Benfica-Sporting: “É para ganhar… com Mística!”
» 13 - Zona de Decisão – Ribeiro e Castro: “O Benfica é a marca mais poderosa em Portugal”
» 14 - Clube: Novo Hino Benfica – “Espero que as pessoas se arrepiem!” + Parceria Carnext: “Veículos mais baratos para sócios e adeptos” + Clube: “Estádio da Luz recebe visitas muito especiais”
» 15 - Opinião Pragal Colaço: “Contas da Benfica SAD”
» 16 e 17 - Aniversário de “O Benfica”: “Garra e vitórias em quase sete décadas de vida”
» 18 - Juniores: “Manter rumo vitorioso”
» 19 - Juvenis: “Golos, golos e mais golos” + Opinião João Diogo
» 20 - Iniciados: “Cada vez mais líder” + Infantis e Benjamins: “Futebol Formação vitorioso”
» 21 - Basquetebol: “Encantar em Coimbra!” + Opinião Afonso Melo
» 22 - Hóquei em Patins: “Benfica lidera Grupo D”
» 23 - Futsal: “De volta à Luz” + Ginástica: “Grande adesão”
» 24 - Andebol: “Eliminar Bloco de Leste”
» 25 - Voleibol: “Dominadores… também na estatística” + Opinião Luís Lemos
» 26 e 27 - Inauguração da Casa do Benfica em Malveira: “Não há vitórias antecipadas” + Actualidade
» 28 - Atletismo: “Trio já apurado” + Desportos Combate: “KO no dérbi” + Ténis de Mesa: “Benfica vitorioso”
» 29 - Opinião Luís Fialho: “O dérbi dos dérbies”
» 31 - Tome nota + Programação Benfica TV
» 32 - Actualidade – Solidariedade para Gustavo Martins: “Apoie esta causa”+ Breves + Opinião José Jorge Letria

novembro 25, 2011

Tempo Útil _ João Gobern


Missão cumprida

Claro que houve ocasiões de sufoco e – vários – suspiros de alívio, o último dos quais quando Berbatov, sedento de mostrar serviço ao patrão, fez a bola rasar a barra da baliza de Artur. Claro que a percentagem de posse de bola, o número de remates, a ideia de um caudal ofensivo dominante (embora se misturassem os momentos de mérito dos ingleses com as ocasiões em que o Benfica oferecia metros para cerrar fileiras, alternando sabiamente com a pressão alta, toca-e-foge que lhe permitiu chegar ao fim da partida sem bancarrotas na componente física) tombam para os habituais frequentadores do Teatro dos Sonhos. Daí a dizer que o empate da equipa portuguesa foi mera questão de sorte só revela desconhecimento ou má vontade.

Desde logo por ignorar ostensivamente que o adversário do Benfica é campeão inglês, finalista vencido da última edição da Liga dos Campeões, dono de um palmarés que brilha tanto como a estabilidade (por favor, não confundir com pasmaceira ou imobilismo) garantida por um quarto de século com sir Alex Ferguson como condutor. Depois, por procurar desvalorizar uma missão de sacrifício que, tantas vezes, é o nosso (dos clubes nacionais e da Seleção, se quisermos falar verdade) antídoto quando confrontados com meios e poderes desmedidamente maiores do que os nossos. Ontem, essa sobrecarga, que se confunde com desempenhos de missões que favorecem o coletivo e prejudicam os indivíduos, acabou por haver alguma justiça poética no facto de Pablo Aimar, artista e maestro, ter podido faturar, numa rápida resposta ao golo da efémera vantagem do Manchester.

Especulações à parte, foi bonito ver os apoiantes lusitanos a conseguir calar Old Trafford. Agora, o Benfica depende apenas de si próprio – e de uma vitória face aos romenos – para chegar ao primeiro lugar no grupo, algo com que os mais otimistas dificilmente sonhariam. Vantagens? “Só” estas: jogar em casa a segunda mão dos oitavos-de-final da Champions e evitar, para já, confrontos com Real Madrid, Bayern Munique, Inter Milão e, provavelmente, Barcelona, Chelsea e Arsenal. Compensa…

Segue-se um dérbi lisboeta, invulgar pela proximidade pontual das equipas (diferença mínima) e pelo ânimo empolgado com que vão entrar em campo. Daqui até lá, que haja cuidados nas declarações e respeitinho entre as claques. Os craques hão-de fazer o resto.

NOTA – Mais logo, na Ucrânia, o FC Porto tem a primeira de várias finais – e não só para a Liga dos Campeões. Confesso: como adepto de futebol, é-me indiferente o destino de Vítor Pereira, que pode estar à beira da sentença. Mas deixo claro: como adepto de futebol, é fundamental ver renascer o campeão nacional. A caminho da ressurreição, que faz falta a todos.

In Record

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva


Sem fuga possível

O jogo de ontem em Manchester não era decisivo para o Benfica. Era um jogo para perder, sem dramas, com os olhos postos no Benfica-Sporting de sábado. As coisas acabaram por correr bem, o Benfica arrancou um belo resultado, mas isso não invalida o que ficou dito.

Decisivo é o jogo de hoje entre o Shakhtar Donetsk e o FC Porto. É que uma derrota provocará um terramoto na capital do Norte – e Pinto da Costa será obrigado a substituir o treinador, quer queira quer não.

Escrevi há meses que foi um erro a substituição de Villas-Boas pelo seu adjunto. Em nenhuma estrutura que exige uma liderança forte se substitui o n.º 1 pelo n.º 2. É estranho que o experiente presidente portista tenha cometido um erro tão básico.

Era óbvio que Vítor Pereira iria ser visto sempre pelos jogadores do FC Porto como um subalterno, como o homem que antes transmitia as opiniões do líder – e não como um verdadeiro líder. E foi isso que aconteceu: os jogadores não o respeitam e por isso não lhe dão ouvidos.

Em Coimbra, Vítor Pereira disse que o FC Porto “não teve ponta por onde se lhe pegue”. Ora isso é linguagem de comentador e não de responsável máximo pelo grupo.

E, quando culpou “todo o grupo de trabalho” pelo que sucedeu, atirou na prática boa parte da responsabilidade para cima dos jogadores. E isso cavou mais o fosso entre ele e a equipa. Se o ambiente já não era bom, ainda ficou pior.

Caso o FC Porto perca hoje, Pinto da Costa será encostado à parede pelos adeptos. Poucas vezes isso aconteceu. Mas o velho presidente, mesmo a contragosto, não terá como fugir a tomar uma decisão.

In Record

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


Hora de concretizar

A jogar num campo de batalha naval ou, como diria Cristiano Ronaldo, numa “horta”, o Benfica e as suas cinco novidades no onze inicial venceram a Naval 1.º de Maio. Embora tenha sido necessária a entrada de Rodrigo para resolver.

Já aqui disse muitas vezes que Rodrigo é um meu favorito, por oposição a Cardozo. Sim, o paraguaio tem a estrelinha e ocupa os defesas uma boa parte das partidas, mas é imóvel, rígido, não procura a sorte e espera que ela lhe bata à porta. Rodrigo, que é um miúdo, tem uma visão do jogo ímpar, movimenta-se, batalha e coloca-se tão bem quanto o Tacuara. E só vai nos 21 anos. Por estas, e por outras, é que Jesus devia voltar a apostar em Rodrigo para o onze inicial em Manchester. A quinzena terrível do Benfica começou com o Braga, onde não fomos além do empate, passou pelas condições inacreditáveis em que uma equipa de futebol profissional se vê obrigada a jogar na Figueira da Foz, segue agora para a Inglaterra e cessa no sábado, com a receção aos de Alvalade. Até agora temos vitória e meia. Não é grande coisa, porque Braga teve muita invenção – mas pouca luz – e não aproveitámos o empate do FCP. Mas desta vez o campeão em título pereceu em Coimbra, frente à equipa do seu mais que provável próximo treinador, Pedro Emanuel.

Contra o Manchester, é entrar em campo raçudos e não jogar para o empate. É para ganhar. Não é para invenções: alas sólidas, miolo condensado, ataque pensado. Gaitán à direita e o Chuta-Chuta è esquerda. Javi, Matic e Aimar – que o Witsel não anda a jogar nada. Lá à frente, desde que esteja o Rodrigo, estarei feliz. Mais ainda do que resolver o grupo e arrecadar os milhões da Champions – bem precisamos deles –, é o ânimo da equipa que está em jogo. Galvanizados, o Benfica-SCP será uma coisa. Desanimados, outra bem diferente. Sobretudo, solidez. É o que se pede. E concretização. O que se exige.

In Record

novembro 22, 2011

Miguel Gameiro - Benfica Sempre



SLB 4EVER

Carlos Martins, Dolor y Emoción.



Força , Querer e Coragem , todos estamos a apoiar o GUSTAVO.

Email Aberto _ Domingos Amaral


Bate-papo

From: Domingos Amaral
To: Paulo Bento

Caro Paulo Bento
Ao longo dos quase seis anos que foi selecionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari nunca explicou por que não convocava Vítor Baía. Correram rumores, mas ele nunca abriu a sua boca. Com isso impediu que Baía ripostasse e que o país analisasse o contraditório. O seu silêncio absoluto impossibilitou a transformação do caso numa telenovela, e manteve intocável a sua autoridade.

Não se passou o mesmo contigo. Tanto no “caso Ricardo Carvalho” como no “caso Bosingwa” caíste na tentação de justificar publicamente os teus atos. Talvez por receio de seres considerado demasiado “autoritário”, coisa sempre mal vista em Portugal, entraste no jogo das justificações e das explicações, no bate-papo público e… nasceram duas telenovelas.

Respostas e reações, insultos e provocações, ironias e bocas, bons e maus, heróis e vilões, já houve de tudo nas duas novelas. E houve também um lento degradar da tua autoridade, certamente o resultado oposto ao que desejavas. Há, pois, aqui uma lição: se procuravas impor a tua autoridade perante o grupo de jogadores, então a estratégia silenciosa de Scolari teria sido a mais apropriada. Entrar no bate-papo público só criou barulho e, de caminho, degradou a tua legitimidade enquanto selecionador.

O que é uma pena, pois a verdade é que conseguiste relançar a Seleção e colocar Portugal no Euro, tarefa difícil que ultrapassaste com distinção, e que merece o nosso aplauso. Se, nestes dois casos específicos, tivesses optado pelo silêncio, terias sido perfeito. Por vezes, o silêncio é mesmo de ouro.


In Record

Por força da lei _ Ricardo Costa


Três histórias

1 Reside na Suíça o “clube-Bosman” do momento: chama-se Football Club Sion. Por agora, correm na justiça comum suíça e no Tribunal Arbitral do Desporto processos que discutem as sanções disciplinares que o afastaram da Liga Europa. Descobrimos agora que Christian Constantin, o incansável presidente do Sion, anuncia um novo campo de batalha: o ressarcimento dos prejuízos decorrentes da lesão física sofrida por um jogador sérvio ao serviço da sua seleção. “Vamos escrever para a FIFA e para a Federação da Sérvia a pedir uma indemnização de vários milhões de euros”; “É necessário resolver este problema que nos obriga a ceder os jogadores às seleções nacionais e não receber qualquer compensação quando vêm lesionados com gravidade”. Um tema clássico, escondido na submissão à prepotência da FIFA, da UEFA e das federações nacionais. Para este caso, o nosso Regime Jurídico das Federações Desportivas precipita há muitos anos o princípio certo: “As condições a que obedece a participação dos praticantes desportivos nas seleções nacionais são definidas nos estatutos federativos ou nos respetivos regulamentos, tendo em conta o interesse público dessa participação e os legítimos interesses das federações, dos clubes e dos praticantes desportivos” (Art. 63.º, 2, do atual Decreto-Lei n.º 248-B/2008). Como se vê, atende-se a uma composição de interesses entre federações, clubes e atletas e não a uma supremacia unilateral das federações, com sistemáticos prejuízos (para além dos ressarcidos pelas seguradoras) para os clubes e atletas. Ou seja, entre nós, há omissão de regulamentação da lei para equilibrar a balança com mecanismos corretivos; lá fora, pode ser que o Sion consiga que se perceba o mesmo.

2 A propósito do caso da “mão na boca”, Javi García veio a terreiro e denunciou o código deontológico do jogador da bola: “O futebol é simples: são 90 minutos nos quais podes dar ou levar pancada, podes ganhar ou perder, mas no final respeitas o adversário e vais com a família jantar para aproveitar a vida. As coisas ficam dentro do campo. É um código de honra”. O certo é que a violação do código “oficioso” não é desculpa para não averiguar da eventual presença do código “oficial” (a regulamentação sancionatória desportiva). Lá fora, como sabemos, não é preciso fazer perceber isto a ninguém.

3 Por fim, veio a Portugal o director da divisão de “negócios de desporto” da consultora Deloitte. Deixou cair muitas análises com interesse. Questionado sobre as possibilidades de aumento das receitas da Liga portuguesa, disse: “Pode pensar-se no que é possível fazer coletivamente. E isso é tipicamente vender os direitos televisivos de forma conjunta”. E concluiu, sobre essa venda conjunta: “Não se tira nada de ninguém, apenas se divide de forma diferente os ganhos-extra”. Entre nós, só não vê quem não quer ver.

4 Três pedaços da semana (para além de mais um êxito da seleção de futebol), três reflexões. Diria que o denominador comum pode ser o mesmo: coragem. Coragem nos procedimentos e nos personagens, atuais e futuros. O leitor saberá com certeza do que estou a falar…

In Record

novembro 20, 2011

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3525




» LER MAIS:
» 10 e 11 – Zona de Decisão – Shéu Han: “Ser do Benfica não é fácil, também não é para todos” (pág. 10 e pág. 11)
» 29 – Opinião Luís Fialho: “A questão central” (pág. 29)


» TÍTULOS:
» 2 – Síntese + Editorial: “O novo alerta”
» 3 – Homenagem a Aimar: “Quero continuar a dar o máximo”
» 4 e 5 – Entrevista Rodrigo Mora: “Temos as armas necessárias para sermos campeões”
» 7 – Desafio Particular: Benfica-Galatasaray: “Personalidade e garra” + Opinião João Paulo Guerra
» 8 e 9 – Antevisões: “Vencer para poder seguir em frente” + Opinião Arons de Carvalho
» 10 e 11 – Zona de Decisão – Shéu Han: “Ser do Benfica não é fácil, também não é para todos”
» 13 – Opinião Pragal Colaço: “Contas dos Clubes (parte II)
» 15 – Análise: “Esta equipa promete muito”
» 16 e 17 – Análise: “A onda vermelha”
» 18 – Análise – golos: “Golos para todos os gostos”
» 19 – Juniores: “Trio estreou-se pelos Seniores” + Opinião João Malheiro
» 20 – Juvenis: “Soma e segue”
» 21 – Iniciados: “Venha o Sporting” + Infantis e Benjamins: “Futuro muito promissor” + Opinião Ricardo Palacin
» 22 – Basquetebol: “Deslocação a Barcelos” + Á conversa com Ferreirinho
» 23 – Futsal: “Liderança confirmada” + Opinião Afonso Melo
» 24 – Andebol: “Viagem ao Dragão” + Râguebi: “Destinos diferentes” + Ténis de Mesa: “Continua a ganhar”
» 25 – Hóquei em Patins: “Arrancar com o pé direito” + Opinião Pedro Ferreira
» 26 e 27 – Inauguração das Casas do Benfica em Alcains e Miranda do Corvo: “Temos de voltar a inventar algumas soluções”
» 28 – Afonso Melo lançou novo livro: “Eusébio ao pormenor” + Convocatória AG da SAD + Crónica de Futebol e Bem Dizer III: “Malheiro apresentou nova obra”
» 29 – Opinião Luís Fialho: “A questão central”
» 31 - Tome nota + Programação Benfica TV
» 32 – Clube: “Benfica lançou Social Game” + Selecção: “Houve festa na Catedral” + Breves + Opinião José Jorge Letria

novembro 19, 2011

Ricardo Araújo Pereira in Visão



Um abraço para Cristiano Ronaldo

Considero que Cristiano Ronaldo é modesto e casto. No lugar dele, tendo feito os sacrifícios que ele fez e obtido o que ele obteve, eu teria mandado fazer um cartaz, todo em néon, com os dizeres "Eu sou o grande Cristiano Ronaldo" e uma seta fluorescente a apontar para mim, pendurava-o ao pescoço e não saía de casa sem ele.
Cristiano Ronaldo acaba de ganhar mais um prémio importante e, no entanto (ou por causa disso), muitos estrangeiros odeiam-no, e alguns portugueses toleram-no com aquele desprezo manso que se dedica aos rústicos. Dizem "Cristiano Ronaldo" articulando todas as sílabas com escárnio, sublinhando toda a cristianoronaldice do nome. Essa gente maldosa sabe o que faz: o nome foi a única vantagem com que Cristiano Ronaldo nasceu. É um nome que indica ao seu proprietário a carreira que deve seguir. Um nome psicotécnico: um arquitecto Cristiano Ronaldo sabe que nunca vencerá o Pritzker, e um engenheiro Cristiano Ronaldo nunca será quadro de topo da Mota-Engil - a menos que tenha sido ministro das Obras Públicas, mas infelizmente o cargo de ministro também está vedado a Cristianos Ronaldos, como é óbvio. Não, assim que um miúdo recebe o nome de Cristiano Ronaldo, pode começar a engraxar as chuteiras: já sabe que vai ser jogador de futebol.

Foi a única vantagem com que Cristiano Ronaldo nasceu. Tudo o resto foi conseguido por ele. É por isso que, ao contrário do que parece ser a opinião geral, considero que Cristiano Ronaldo é modesto e casto. Modesto e casto, digo bem. E justifico: Ronaldo nasceu, há 26 anos, num lugarejo esquecido da Madeira. À custa exclusivamente do seu esforço, conseguiu ser considerado o melhor do mundo no seu ofício. É isso que faz dele modesto. No lugar dele, tendo feito os sacrifícios que ele fez e obtido o que ele obteve, eu teria mandado fazer um cartaz, todo em néon, com os dizeres "Eu sou o grande Cristiano Ronaldo" e uma seta fluorescente a apontar para mim, pendurava-o ao pescoço e não saía de casa sem ele. Que ele, de vez em quando, dê uma entrevista em que arrisca um tímido elogio a si mesmo, para mim, é sinal de humildade.

Além disso, recordo que Ronaldo tem 26 anos. Parece que se dedicou em exclusivo a uma russa quando tem 400 russas, 650 suecas, 890 finlandesas - e por aí adiante, por esse atlas afora - a baterem-lhe à porta. Qualquer rapaz normal de 26 anos que já tivesse ganho o suficiente para nunca mais precisar de trabalhar na vida faria uma curta interrupção sabática de 40 anos no futebol para se dedicar em exclusivo às estrangeiras e ao álcool, como muitos antes dele tiveram o discernimento de fazer. Entre a pândega e o trabalho, Cristiano Ronaldo optou por meter na cabeça que vai bater todos os recordes anteriormente estabelecidos pelos melhores jogadores da história, e parece bem lançado para o fazer. Escolheu mal, evidentemente, até porque aos 26 anos não temos ainda a maturidade para distinguir aquilo que é mais importante na vida, e os cantos de sereia da ética do trabalho conseguem fazer com que muito jovem imaturo abandone uma vida de libertinagem para cair tragicamente nos braços da competência profissional. Comparado com o que podia ser, Cristiano Ronaldo é um monge. Há padres mais devassos do que ele. Felizmente, eu sou capaz de perdoar as falhas de carácter mais graves, e não o admiro menos por causa disso.

Agradecimento pelo post original ao blog Apanhados Quânticos

novembro 18, 2011

Tempo Útil _ João Gobern



Coelho na cartola

Pouco importará investigar quem primeiro reconheceu, e em público, que a crise económica não vai poupar o futebol e vai empurrar os clubes, de acordo com as respetivas dimensões, para um desinvestimento considerável – se quiserem sobreviver sem hipotecar drasticamente o futuro… ou o presente. Da mesma forma, pouco renderá o voluntarismo desta análise se quem a assumiu não tiver a compreensão e a concordância, prática e efetiva, dos seus pares. É um daqueles casos em que a salvação de um, por bom senso, pode ser a escapatória para os outros e em que um naufrágio poderá arrastar os parceiros para o desastre coletivo. E será uma ocasião para se medir se prevalece a racionalidade ou se a pressão tresloucada das massas ululantes leva a melhor.

Para já, os sócios e adeptos do Benfica não podem alegar desconhecimento – foram formal e atempadamente prevenidos pelo seu presidente. O que parece exagerado é ligar diretamente este pré-aviso de rigor e contenção ao que já é tratado como “caso Saviola”. O avançado argentino tem, ao longo da presente época, enfrentado dois obstáculos com que talvez não contasse, pelo menos para já. Por um lado, a adesão de Jorge Jesus a uma variante do duplo pivô (por hábito Javi García e Witsel), com Aimar a jogar atrás do único avançado de raiz no onze. E que pode ser Cardozo, pelas suas características. Mas que também tem sido Rodrigo, o jovem espanhol de origem brasileira que explodiu e tem marcado presença de mérito mais rapidamente do que muitos esperavam, acabando por remeter, mais vezes do que seria imaginável, El Conejo para o banco de suplentes.

Significa isto que Javier Saviola arrumou as botas no Benfica e que o clube pode e deve vendê-lo sem remorsos na janela de mercado de Janeiro? Não me parece nada evidente esta ideia. Se não houver surpresas, o Benfica ainda estará na Liga dos Campeões quando estrearmos 2012 e vai continuar envolvido na disputa pelo título. A juntar aos castigos e às lesões, haverá inevitavelmente quebras de forma e necessidade de rotação. Saviola pode passar de ativo evidente a arma secreta. Ao que se sabe, Jesus conta com ele, Aimar gostava de manter a dupla, todos os ligados à equipa sentem que a fonte está longe de secar. Os adeptos do futebol, clubismos à parte, gostam de ter craques por perto. Pelo que a guia de marcha a Saviola seria um erro a viajar muito além do simbolismo da austeridade. Há outras frentes de fogo a combater primeiro.PS – Com mais ou menos dificuldade, Portugal chega à sétima fase final consecutiva em Europeus e Mundiais. Foi o último a apurar-se? Há que aprender a lição mas, em hora de festa, vem-me à ideia a velha frase de que os últimos podem sempre ser os primeiros…


In Record

novembro 17, 2011

Contra a Corrente _ Leonor Pinhão




Foi um extraterrestre que apagou as luzes (ou Artur e as «coisas do outro mundo»)

De todas as coisas inacreditáveis que se passaram e se disseram em Braga desde que o Benfica foi lá jogar, a mais inacreditável de todas é, por sorte, logo única que está documentada.

Sim, sim, temos foto!

A coisa que seria mais improvável de ocorrer em nome do bom senso, da harmonia e do progresso da civilização, a coisa verdadeiramente mais chocante triunfando sobre os demais nos capítulos da intolerância e da estupidez, é a única coisa que disponibiliza a imagem em flagrante do abuso cometido.

Certamente, será alvo de um inquérito não da Liga de Clubes, que organiza os jogos da bola, mas do Ministério da Educação que organiza o resto, ainda que menos importante.

Na terça-feira, o bom do Mossoró, que joga no Sporting de Braga, visitou a escola EB 2-2 de celeiros, uma freguesia bracarense, e um aluno «foi aconselhado a não assistir à sessão de autógrafos, não fosse a sua presença ser confundida como uma provocação», como se podia ler ontem neste jornal. E não só ler.

Ver também porque A Bola publicou uma fotografia – que aposto que não é forjada – de um rapazinho com uma camisola do Benfica encostado a uma parede a ouvir as explicações, desprende-se, de uma senhora mais velha que não se sabe quem é. Poderá ser uma professora, uma mãe, uma funcionária ou mesmo alguém que goste de aparecer em fotografias.

O rapaz tem um sorriso maravilhoso.

Não mostra o menor temor pelo acto de segregação de que está a ser alvo nas instalações de uma escola do Estado português.

Está-se a sorrir de frente para eles.

A Comissão de Disciplina da Liga decidiu multar esta semana o Sporting na quantia de 1700 euros por causa da pancadaria entre elementos de uma claque sua e as forças policiais no jogo de Alvalade com o Benfica, a contar para o campeonato de 2010/2011. O tal episódio de violência, amplamente documentado pelas câmaras, ocorreu a 21 de Fevereiro deste ano. Está quase a fazer um ano e a demora da decisão praticamente fez esquecer o despautério infelizmente comum nos nossos bonitos campos.

Assim sendo, ainda bem que a Liga não vai abrir nenhum inquérito às três falhas de luz que obrigaram a interromper o jogo por três vezes numa primeira parte que, por isso mesmo, teve 37 minutos de tempo de compensação.

Aparentemente, ouvindo o presidente da Liga e futuro presidente da Federação a falar, foram mais do que suficientes as explicações fornecidas em pleno camarote VIP do estádio Axa para que Luís Filipe Vieira e o próprio Fernando Gomes se considerassem esclarecidos sobre o invulgar episódio eléctrico.

No entanto, é bem possível que a Liga abra um inquérito às acusações trocadas publicamente entre Artur e Alan.

Artur, por exemplo, está tramado com a analogia que escolheu. Agora vai ter de provar aos juízes da Liga que em Braga, sempre que o Benfica lá vai, «acontecem coisas do outro mundo». Não vai ser fácil para Artur, neste mundo, justificar o que afirmou sobre a recorrência das manifestações anti-benfiquistas do além. Para se safar ao castigo terá de provar, para além de qualquer dúvida razoável, que quem fechou por três vezes a luz do estádio foi um extraterrestre ou um saco de ectoplasma ou um alienígena ou uma alma penada, enfim, qualquer coisa «do outro mundo».

Alan também se desgraçou um bocadinho com analogia que escolheu em defesa da inocência dos cortes da luz. «Falha de electricidade é um erro técnico que acontece. Quando o FC Porto foi à Luz ligaram o sistema de rega», disse.

Disse e esticou-se.

Porque não há ninguém que acredite que a ligação do sistema de rega (quando o tal jogo tinha acabado, o que já faz diferença) na Luz «foi um erro técnico» que aconteceu, pois não?

Alan terá levado longe de mais o seu esforço na ânsia de grande profissional que quer defender o bom nome da sua entidade empregadora mas que, por excesso de voluntariedade e pouco tino, acaba por cometer um lapso de analogia que era absolutamente dispensável.

Alan não fez uma exibição muito inspirada contra o Benfica e até parece que só acordou para o jogo 24 horas depois de Pedro Proença ter apitado para o fim da contenda. Acordou e acusou Javi Garcia de lhe ter chamado «preto», a ele que «preto eu, não, é negro».

A frase é confusa, admita-se.

Não é claro se Alan está a querer dizer que não é preto, que é negro. Ou se Alan está a querer simplesmente explicar-nos em que língua é que Javi o insultou, visto que em língua castelhana não existe «preto», só se usa o «negro».

Este vai ser um inquérito difícil para os juízes da Liga. Até porque todos sabemos que não há prova documental dos insultos visto que Alan acabou com o suspense afirmando que o jogador espanhol do Benfica «pôs a mão à frente da boca» quando falou. Para ninguém lhe poder ler os lábios, estão a perceber?

Lá mais para os Santos Populares teremos notícias destes inquéritos todos.

(…)

Nas próximas eleições para a Federação Portuguesa de Futebol o Sporting joga deliberadamente ao ataque em dois tabuleiros. E, portanto, sairá sempre vencedor o que tem as suas virtualidades.

Godinho Lopes reitera a cada momento o seu apoio a Fernando Gomes, de acordo com as notícias de todos os jornais. Luís Duque, de acordo com o Correio da Manhã, mantém-se inabalável na campanha por Carlos Marta ao ponto de «ameaçar mandar regressar a Alvalade já em Dezembro» os jogadores que o Sporting emprestou aos clubes da Associação de Futebol de Lisboa que assinaram a convocatória da assembleia-geral que visa destituir Marta, o actual presidente da AFL.

Estas eleições da FPF estão como o universo, em expansão. Não só vão decidir quem vai suceder a Madaíl na presidência do referido organismo de utilidade pública, como também vão decidir quem manda nos árbitros e nos delegados e, como se já não bastassem tantas decisões num acto só, vão também sufragar quem é que verdadeiramente manda no Sporting.

Atenção, portanto, ao dia 10 de Dezembro.


novembro 16, 2011

Unidos pelo drama do Carlos Martins


Sou dador e desejo que mais pessoas se tornem dadores para podermos salvar mais vidas.

A situação envolvendo Gustavo Martins, filho do internacional português Carlos Martins, está a motivar uma verdadeira onda de apoio ao jogador do Granada.

Já foi criada uma página de Facebook, que pode consultar em www.facebook.com/vamosajudarogustavo, onde a família do médio tem recebido o apoio de muitos e, mais importante, tem feito passar a palavra, de modo a que se encontro um dador de medula compatível com o pequeno Gustavo.

A criança sofre de "aplasia medular, que teve como consequência a falência da medula, daí a necessidade de um transplante", informa a família, que garante ainda que em breve revelará nesta página "a lista de centros hospitalares espalhados pelo país, nos quais qualquer pessoa se poderá deslocar".

Situação grave

Recorde-se que o médico do Benfica João Paulo Almeida qualificou esta quarta-feira de "preocupante" e "bastante grave" a situação que envolve o filho do médio Carlos Martins, apelando para que as pessoas se inscrevam como dadoras de medula óssea.

"O filho de Carlos Martins, de 3 anos, precisa de um dador compatível de medula óssea com urgência", afirmou o médico do Benfica, João Paulo Almeida.

Em declarações à agência Lusa, o médico apelou às pessoas que se inscrevam como dadores de medula óssea, indicando o Centro de Histocompatibilidade de Lisboa, junto ao Hospital Pulido Valente, como um dos locais a que se devem dirigir.

João Paulo Almeida explicou que "podem ser dadores de medula pessoas com mais de 18 e menos de 45 anos, que tenham mais de 50 quilos e que sejam saudáveis".

O clínico disse ainda que se trata de um processo muito simples, bastando uma simples recolha de sangue para avaliar a compatibilidade e sem custos para a pessoa.

A situação pela qual passa o internacional português Carlos Martins foi tornada pública na terça-feira após a vitória sobre a Bósnia (6-2), com vários jogadores a apelarem à doação de medula óssea, apontando o caso pelo qual passa o seu colega de seleção.

Todos ao lado de Gustavo

Fábio Coentrão, Nani, Simão, Raul Meirelres, Nani e Cristiano Ronaldo foram alguns dos jogadores da Seleção que esta quarta-feira lançaram um apelo no twitter para encontrar um dador compatível para o filho de Carlos Martins, que necessita de um transplante de medula óssea.

Mensagem:"Ontem conseguimos uma importante vitória para Portugal. Infelizmente o dia não foi de alegria como esperávamos porque o nosso colega de selecção, Carlos Martins precisa da ajuda de todos os portugueses para superar a doença do filho. Temos todos de nos unir e em conjunto, doar sangue de forma a que se encontre alguém compatível e também se supere este obstáculo da mesma forma que o fazemos no futebol: juntos e em equipa. Visitem os centros no norte em http://www.chnorte.min-saude.pt/ , no centro em http://www.histocentro.pt/ e no sul em http://www.chsul.pt/."



Também o Sporting fez questão de se associar à causa, colocando um destaque alusivo ao tema na sua página oficial na Internet.

novembro 15, 2011

Email Aberto _ Domingos Amaral


70%

From: Domingos Amaral
To: Alan

Caro Alan
O que mais me chocou nas tuas declarações não foi a denúncia do suposto insulto racista com que Javi García te terá brindado, no qual não acreditei. O que mais me chocou foi teres dito que “70 por cento dos adeptos do Benfica eram negros”. Isso sim, foi um choque. Ó Alan, importas-te de repetir? É que, sabendo que existem 6 milhões de benfiquistas, 70 por cento dá o espantoso número de 4 milhões e 200 mil negros! Leste bem. Ora, asseguro-te que não existem 4 milhões e 200 mil negros em Portugal. Serão talvez 600 mil, não mais, e obviamente não são todos do Benfica. Em que benfiquistas estarias tu a pensar? Nos que vivem no Canadá, nos Estados Unidos, no Luxemburgo, em França, na Alemanha? É impossível saber. Penetrar nas profundezas do teu cérebro é difícil, há muita missanga a empatar. Assim sendo, suspeito que, além de seres um ignorante no que toca a percentagens e talvez devesses voltar à escola para aprender a fazer contas de cabeça, o mais grave em ti é veres a realidade de uma forma sempre distorcida. Pobre Alan, a tua mente anda tão torcida quanto as tuas tranças! O ano passado, Javi tocou-te no peito e tu agarraste-te ao pescoço! Este ano, depois de uma noite bem dormida, inventas insultos e proclamas barbaridades sobre o Benfica. Antigamente, à arte que tu tão bem praticas chamava-se falsificação. É o que tu és, um falsificador. Mas, para teu azar, és um falsificador incompetente, e a esses ninguém respeita. Até a aldrabar convém sermos bons, e tu és apenas medíocre. Ou melhor, és 70 por cento medíocre. O resto, que são os pés, até são razoáveis.


In Record

novembro 14, 2011

Por força da lei _ Ricardo Costa


A Terra Prometida

Esta foi a semana em que jogadores agridem em campo sem punição, outros acusam, outros refutam e contra-acusam; em paralelo, circulam os “vídeos”. Pergunta-se novamente: o que esperar da Comissão Disciplinar (CD) da Liga? Bastará confirmar o regresso ao passado da justiça desportiva, empenhada desde Junho de 2010 em obter a “acalmia” num “meio” difícil: quem atua, julga e, se for caso disso, condena nunca será bem quisto no futebol, habituado por longos anos a posições benignas e “a contento”. Como questionava um presidente no tempo de Hermínio Loureiro, “sensibilizado” com os castigos da CD: “então a Liga não é feita pelos clubes e para proteger os clubes?”; “afinal, quem manda aqui?” É esta a mentalidade dominante que, indiferente aos poderes públicos do Estado delegados nas federações e nas ligas e ao caráter técnico-jurídico da função, explica o suficiente.

Hoje parece evidente que se tomou um caminho “não jurídico” para evitar… instabilidade. O órgão disciplinar da Liga: (1) deixou de promover por sua iniciativa os processos disciplinares para averiguar a prática de ilícitos, refugiando-se em terminologias do Regulamento Disciplinar (RD) e esquecendo a lei: diz o regime jurídico das federações e das ligas que cabe aos órgãos disciplinares desportivos “apreciar e punir, de acordo com a lei e os regulamentos, as infrações disciplinares em matéria desportiva”; não diz a lei que os processos se instauram quando o órgão disciplinar quer ou só quando lhe chega uma queixa (a prática do pretérito recuperado) ou a descrição nos relatórios do jogo…; (2) suavizou as punições dos castigos “correntes” (agressão física, jogo violento, injúrias), sem reprimir e prevenir os mais graves (sirva de ilustração: duplo amarelo = cabeçada a adversário sem disputa de bola = 1 jogo!); (3) esqueceu os “processos sumaríssimos”, mesmo com o RD a impor inequivocamente que a CD atue “oficiosamente” (por iniciativa própria); (4) deixa arrastar e não julga em tempo útil os processos; (5) não explica as decisões finais nem faz publicitar com rigor a sua “fundamentação” (muito menos se publicam os acórdãos mais significativos).

E para quê cumprir a lei e ser transparente e célere? Para quê instaurar mais de uma centena de processos por ano? Para quê esclarecer os critérios de atuação? Para quê julgar entre 1 a 2 meses? Para quê propor sumaríssimos e aplicar os princípios do RD? Para quê castigar diferenciadamente jogadores em razão da gravidade das condutas? Para quê fiscalizar permanentemente as declarações de dirigentes? Para quê explicar, por exemplo, a suspensão de 5 meses de um delegado do Estoril por factos ocorridos há mais de meio ano? Para quê tudo isto se só nos convém mexer quando a “coisa” mexe (muito) nos jornais (como no caso “Jesus-Luís Alberto”)? Para quê julgar todos por igual e não deixar impunes os que não são denunciados e não são alvo do “alarido” da imprensa?

Para quê trabalho, escrutínio e incómodo? Ao que parece, nos tempos que correm, não é por esse caminho e com esse “perfil” que se ganham eleições!

In Record

novembro 11, 2011

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3524


» LER MAIS:
» 3 - Futebol: "Razões para manter a confiança" (pág. 3)
» 31 - Opinião Luís Fialho: "Vacas magras" (pág. 31)

» TÍTULOS:

» 2 - Síntese + Convocatória
» 3 - Futebol: "Razões para manter a confiança"
» 4 - Crónica Sp. Braga - Benfica: "Futebol aos apagões"
» 5 - Análise à Liga: "Com o Benfica acontecem coisas do outro Mundo" + Opinião João Paulo » Guerra
» 7 - Selecções: "Doze convocados" + Opinião Arons de Carvalho
» 9 - Futebol Formação: "Proprietário do FC Astra visita Benfica" + Juniores: "Cafú com veia goleadora" + Opinião Pedro Ferreira
» 10 - Juvenis: "Goleadas e."
» 11 - Iniciados: ". mais goleadas" + Infantis e Benjamins: "Pequenas grandes promessas" + Opinião João Malheiro
» 12 e 13 - Zona de Decisão - António Costa: "O Estádio da Luz é o mais grandioso que eu conheço"
» 15 - Opinião Pragal Colaço: "Contas dos Clubes"
» 16 e 17 - Hóquei em Patins: "Benfica conquista centésimo troféu do palmarés" + Campeonato Nacional: "Continuar a veia goleadora"
» 18 e 19 - Casa do Benfica em Monção: "Não podemos perder a nossa credibilidade"
» 20 e 21 - Desportos de combate: "Vitórias do Benfica tornam 2ª Gala num grande sucesso"
» 22 - Basquetebol: "Duelo em Guimarães"
» 23 - Futsal: "Ataque demolidor" + Opinião Afonso Melo
» 24 e 25 - Andebol - Entrevista Ricardo Candeias: "Queremos continuar na frente da classificação" + Opinião Ricardo Palacin
» 26 e 27 - Atletismo: "Renovar títulos e conquistar medalhas" + Judo: "Telma sobre os prémios: "É um motivo de orgulho"
» 28 - Jogos Olímpicos: "Conheça os nossos atletas olímpicos"
» 29 - Voleibol: "Quem pára este Benfica?"
» 30 - Tome nota + Programação Benfica TV
» 31 - Opinião Luís Fialho: "Vacas magras"
» 32 - Clube - 16ª Gala do Desporto: "O racismo, pela história do Benfica, não cabe no Clube" + Breves + Opinião José Jorge Letria

Tempo Útil _ João Gobern



Frescuras

Cada tiro, cada melro, a condizer com o arrefecimento de que fomos vítimas nos últimos dias. A saber: a impunidade com que a Federação bósnia pode marcar um jogo que é metade de uma decisão final para um campo a que já se chamou tudo, menos relvado. Não é um exercício de autonomia, é a pura prática da estupidez. Resultado à parte, num momento em que é vital valorizar o espetáculo para fazer face ao impacto da crise europeia, pergunto: e se houver lesões por causa de um terreno mais propício à horticultura, quem as paga? A UEFA? Segundo andamento deste extenso rol de frescuras: a entrevista de José Bonsigwa, sinal exterior daquilo que já se adivinhava como a rutura definitiva (à escala do futebol) entre o atleta do Chelsea e o selecionador Paulo Bento. Este começa, talvez, a juntar demasiados casos no seu currículo, fazendo lembrar as ventanias no balneário do Sporting. Mas Bosingwa poderia e deveria ter esperado: falar assim, a poucos dias do início da eliminatória final, não abona a seu favor.

Podíamos passar pelas épicas conferências de imprensa de Vítor Pereira, já transformado em cruzado do portismo, espadeirando em todas as direções – exceção feita, claro está, ao grande líder. Insisto: a vitimização foi chão que deu uvas e, a este nível, não passa de uma marca de incapacidade. Mais sintomáticas são as atitudes de jogadores como Alan e Djamal, que vieram “denunciar” o racismo expresso por Javi García. A alguns dos homens do Sporting de Braga (na “tradição” de Vandinhos e Mossorós) desejo o mesmo que às salsichas: que cumpram bem a sua função. Mas não quero saber de que matéria são feitas, sob pena de nunca mais me aproximar de nenhuma. Alguém acredita que um insulto deste género e alcance se guarda de um dia para o outro, reacendendo-se a indignação depois de uma noite de sono bem dormido? Ou será que o antigo jogador do FC Porto só percebeu na manhã seguinte, o que faz dele um mentecapto? Duas questões lineares: desde que foi lançada a “polémica” do racismo, nunca mais foi referido o problema – objetivo – dos três-apagões-três que se abateram sobre o jogo e nem chegou a ser discutida uma das mais infelizes arbitragens de Pedro Proença (agressões num só sentido, penáltis ao contrário). Quanto a Javi, recorro ao que aqui mesmo foi escrito a 28 de Setembro passado: “Chegou a hora de Javi García. (…) Fica designado o sucessor de Katsouranis, Bynia e David Luís no “esquadrão da morte” recrutado pelos encarnados. (…) Um caceteiro, um violento. Mas porquê ficar por aí? Pirata, sevandija, assassino, que sei eu?” A diferença é que, desta vez, a tentativa de assassínio de personalidade é feita dentro de campo e por colegas. Tão brutos como Brutus.

In Record

novembro 10, 2011

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva


Mãos fortuitas

Os penáltis são golos quase certos. Portanto, os árbitros não podem assinalá-los por dá cá aquela palha ou em lances duvidosos.

Um dia destes, num jogo decisivo – pois decidia o último classificado –, vi o árbitro punir uma mão casualíssima (que ditou o vencedor), ainda por cima 5 minutos depois da hora!

No domingo, em Braga, vi um avançado centrar, um jogador do Benfica virar as costas, a bola bater-lhe num braço encostado ao corpo e o árbitro assinalar penálti. O resultado estava em 0-0.

Hora e meia depois, em Alvalade, vi um jogador do Leiria estender a perna à bola, cortar, a bola raspar-lhe na mão e o árbitro marcar penálti.

Uma vez o árbitro Pedro Henriques explicou que uma bola que ressaltasse do pé do jogador para a mão nunca podia ser penálti – porque o penálti exigia intencionalidade e a distância entre o pé e a mão é demasiado curta para isso. Mas a toda a hora marcam-se faltas destas!

Ora isto, senhores árbitros, não pode acontecer! É um desrespeito para com os jogadores – que andam 90 minutos a correr e veem esse esforço tornar-se inglório por um erro vosso –, um desrespeito para com o público e um desrespeito para com a verdade.

Senhores árbitros: tal como os juízes no tribunal, os árbitros dentro do campo não podem ser executores cegos das leis. Têm de ter bom senso. Não devem transformar mãos fortuitas (e lances inofensivos) em golos quase certos! Só devem marcar penálti quando tiverem a certeza da gravidade da falta e de que houve intenção. Não falseiem os resultados. Isso não dignifica o futebol e não contribui para a verdade desportiva!

In Record

novembro 08, 2011

O Voo da Águia_ Marta Rebelo



O apagão

Não foi a eletricidade que se apagou no Estádio Axa, ontem à noite. Foi a cabeça dos jogadores do Benfica que se apagou. Se o jogo era difícil? Era. Se é normal perder pontos em Braga e anómalo deixar dois pontos em Olhão? É. Mas com o mal dos outros posso eu bem, e deixámos passar a chance de ganhar avanço face ao FCP, sem glória. Apesar de começarmos o empate com um penálti que Pedro Proença inventou. Emerson é mau, mas não pôs a mão na bola.

O Benfica vem de três jogos sem nota artística. Tem cumprido. A segunda parte contra o Basileia foi má. E a segunda parte contra o Braga foi a de uma equipa que não se assumiu, cansada, sem habilidade para manter a bola nos pés. Quando se está a perder acerta-se nos passes, joga-se pelo seguro em vez do jogo destemido, esquecem-se os passes longos porque o adversário estava a cortar-nos as linhas. Mas os nossos persistiam no erro e a perda de bolas à boca da grande área adversária era dolorosamente alta. Witsel está de forma perdida e sem Aimar em campo não soube ser pivô. Graças a Jesus que o Rodrigo entrou – quem resolve, no Benfica, é santo Rodrigo; se o Cardozo não é jogador de banco e não sabe entrar, parece-me que, face às prestações do espanhol, não é jogador para o Glorioso. Mas ficar sem Gaitán e tirar Aimar deixou-nos sem os construtores criativos e as leituras mais inteligentes do jogo. A par de Saviola, que devia ter saltado do banco. Jesus tem razão: uma equipa que tem estado ao mais alto nível na Liga e na Champions, com 3 jogos por semana, tem de estar muscularmente cansada. A única solução é a rotação. Witsel não está capaz, Ruben Amorim pode servir melhor de médio de apoio a Aimar. E Emerson é uma catástrofe – é pujante fisicamente mas sem um pingo de inteligência, não percebe as jogadas, não entende a equipa, não se integra num grupo que assenta o génio na criatividade.

Ontem doeu-me a alma naqueles 45 minutos. Míster, só não somos campeões se não quisermos. Venha lá mais Benfica!

In Record

novembro 07, 2011

Email Aberto _ Domingos Amaral


Perros

From: Domingos Amaral

To: Jorge Jesus

Caro Jorge Jesus
Com 18 jogos oficiais realizados, o que podemos dizer sobre o nosso Benfica? Ao contrário do ano passado, começámos bem. Bem nos playoff da Champions, qualificando-nos para a fase de grupos, onde também avançámos bem. E bem no campeonato e na Taça de Portugal.

Temos 12 vitórias – 7 na Liga, 4 na Champions e uma na Taça – e 6 empates – 4 na Champions e 2 na Liga. Marcámos muitos golos e talvez tenhamos sofrido mais do que devíamos, mas até hoje não perdemos, partilhando com o Barça o título de únicas equipas sem derrotas na Europa. E dos empates, apenas dois foram desagradáveis, contra Gil Vicente e Basileia em casa, e dois deles foram importantes, contra FC Porto e Manchester.

A equipa conseguiu isto graças a um excelente guarda-redes, Artur, que rapidamente fez esquecer o trauma Roberto, e uma defesa formada por Maxi, Luisão, Garay e Emerson que só pontualmente, por castigo ou lesão, foi alterada. Quanto ao meio-campo, é sempre mais seguro (uma dupla, com Javi ou Matic e Witsel), ou então é seguro e criativo, quando se lhe junta Aimar. E o ataque é produtivo, embora viva de pequenos ciclos de protagonismo individual – primeiro Nolito, depois Gaitán, Cardozo, Bruno César e agora Rodrigo.

Contudo, os últimos três jogos foram fracotes. Contra Beira-Mar, Olhanense e Basileia, a equipa esteve menos dinâmica e inspirada. Embora sem melodramas, chegamos a Braga mais perros do que desejaríamos. O jogo na Pedreira irá esclarecer se continuamos perros ou se metemos o turbo. Seja como for, evitaram-se os múltiplos erros iniciais do ano passado, e isso já é muito bom.


In Record

Por força da lei _ Ricardo Costa


A "carta" e a "entrevista"

O clima de alegria junto das hostes sportinguistas (mesmo com o desaire romeno) salienta um dos mais característicos traços do desporto, como um dos fenómenos mais cativantes do último século do humano: a emotividade. Os adeptos rejubilam com o que aparenta ser uma mudança de ciclo. O futebol é rico em reviravoltas e golpes de teatro: a bola na rede supera tudo! Agora é o momento de capitalizar o trabalho do tridente GDF (Godinho-Duque-Freitas) e a capacidade de Paciência (com menos espaço para falar do que não sabe, como fez, condicionado, em Braga). A nação Sporting espera para ver e crer.

Mas nem tudo são rosas. Um dos espinhos é a eventual falta de equilíbrio dos seus apaniguados quando acumulam posições institucionais e orgânicas no hemisfério clube-SAD com a qualidade de comentadores (ou análogos) nos “locais de estilo”: confundem-se estatutos e fragiliza-se a “instituição”, para além de se deixar um contributo pouco saudável para o “terrorismo da palavra” que se vulgarizou nesses locais. Talvez por isso Godinho Lopes tenha escrito esta semana “a carta”. Foi uma boa medida de gestão, habilmente utilizada no contexto moderno da comunicação. Solicitou a discrição na abordagem pública dos assuntos da SAD e o debate das divergências internas “nos fóruns próprios e não na praça pública”. E apelou: “Todos os membros dos órgãos sociais do Sporting deverão respeitar as decisões da SAD, criticando-as, sempre que o entenderem por conveniente, em sede própria e não nos órgãos de comunicação social, sedentos de criar divisões e mal-estar”. Só faltaram os desenhos…

Carlos Marta (com obra feita em Tondela) deu início à campanha para a Federação. Ciente de que há mais marés que marinheiros (ou delegados), apostou, primeiro, em deixar nervoso o adversário e obrigá-lo a mostrar “trunfos”. Dispensou “jovens turcos” que, apressados, pensam a “curto prazo” e marcou passo a passo as “cartas” do outro baralho. Revelou ter a sagacidade de um político – abandonou a “guerra da arbitragem”, conformou-se com o “status quo” na disciplina e na justiça (inovar para quê?) –, sem que ainda se saiba se é capaz de, se ganhar, romper com o “nim” que fez escola. Começou por baixo: com “a entrevista” a um jornal da sua região. Aí manifestou a sua primeira carta de intenções, com ideias e recados: sobre este desafio (“nem tenho medo de perder, nem de ganhar”), a “capacidade de liderança” do presidente da FPF, a estratégia para as seleções nacionais (“uma das fontes de financiamento mais importantes”), um “plano de desenvolvimento integrado” e sobre as palavras-chave da reformulação dos quadros competitivos (“proximidade”, “competitividade” e “rivalidade”).

Marta sabe que esta irá ser uma corrida de resistência e aproveita a soberba da propaganda montada na Rua da Constituição. O certo é que o adversário – que instalou na Liga uma espécie de “neo-valentinismo” – permanece tenso e apressou-se a dar conta que já ganhara as eleições, com o apoio “subscrito” de 43 (o número mágico!) dos 84 delegados votantes. Só faltou dizer-se que tinha ido com cada um deles ao notário…

In Record

novembro 05, 2011

Laranjinha mantém-se como campeão do Mundo




Em Kickboxing

Decorreu esta sexta-feira, no pavilhão n.º 2 da Luz, uma grande gala de desportos de combate constituída por dois eventos. A noite começou com a edição portuguesa do Bigger´s Better 8, realizada pela segunda vez em Portugal e organizada pelo segundo ano consecutivo pelo Sport Lisboa e Benfica e foi encerrada com o ShowFight.

Após o evento internacional, foi a vez dos representantes benfiquistas da modalidade darem espectáculo no ShowFight. Destaque maior para a forma como o benfiquista Laranjinha manteve o cinto de campeão do mundo de kickboxing amador para gáudio dos adeptos presentes.

O ShowFight arrancou em beleza com Laranjinha, nome de guerra de Milder de Oliveira, a dar o pontapé de saída para uma noite de grandes emoções. Desafiado pelo francês Mathieu Griozel a colocar o cinto de campeão do mundo de kickboxing amador em jogo, o benfiquista deu resposta positiva e venceu com todo o mérito, sendo saudado no fim do combate pelo vice-presidente Domingos Almeida Lima. O jovem deu, assim, mais um importante rumo a uma carreira que se prevê repleta de êxitos.

Vários benfiquistas em destaque

Mas o ShowFight não é só Laranjinha e foram vários os atletas benfiquistas que deram espectáculo. José Bogas Oliveira regressou após lesão e a expectativa era grande. O benfiquista mostrou estar de regresso à melhor forma e obrigou os responsáveis da Rodrigues Team a deitarem a toalha ao solo no combate da categoria de 67 quilos em K1 frente ao veterano Japão.

Por fim, mencionar apenas que, igualmente, em K1, Bruno Torres defrontou Sacha, da Zé Fortes Team. O benfiquista, num regresso em estilo, tinha pela frente um atleta muito agressivo, cometeu duas faltas que lhe limitaram a performance, mas no final, e de forma estóica, vitória sorriu a Bruno Torres.
O combate que colocou frente-a-frente Ricardo Costa e João Timas trouxe um dos grandes momentos da noite. Ricardo Costa mostrou a garra benfiquista frente ao conceituado João Timas, da Ângelo Silva Team. Com um rotativo, Ricardo Costa, deitou o adversário ao tapete e fez a festa.

Também em K1, coube a Artur Baptista representar as cores benfiquistas frente a Mircea Scafari e o resultado não podia ter sido melhor. Mais uma vitória para os lutadores “encarnados”.

Já pela noite dentro foi a vez de Carlos Oliveira defrontar Tiago Pereira e, claro está, mais uma vitória benfiquista para não destoar das anteriores.
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