março 29, 2012

Al-Jazeera na corrida aos direitos de TV


Transmissão dos jogos interessam no Qatar

A Al Jazeera, cadeia de televisão com sede no Qatar, está interessada em adquirir os direitos de transmissão televisiva dos jogos do Benfica, que pertencem à Olivedesportos até 2013. Os responsáveis daquela estação internacional também consideram apetecíveis os jogos dos encarnados, lançando, desta forma, um dado novo num processo que a SAD do Benfica pretende rentabilizar ao máximo.

No início do mês, os encarnados informaram ter recusado uma proposta da Olivedesportos, no valor de 111 milhões de euros, válida por cinco anos, tendo em vista a renovação do contrato. O prolongamento da parceria renderia aos cofres da Luz 22,2 milhões de euros por cada ano de contrato. Um valor que fica aquém do desejado pelo Benfica, que considera que o novo acordo tem de ser importante fonte de receita.


In Record

março 27, 2012

Email Aberto _ Domingos Amaral


Pau ao gato

From: Domingos Amaral
To: Pinto da Costa

Caro Pinto da Costa
Quem será o senhor nesta história: a dona Xica ou o gato? A dona Xica, sabemos todos desde crianças, assustou-se. E o gato, também o sabemos todos desde tenra idade, deu um berro. Contudo, não percebi bem qual dos dois papéis lhe cabe a si. Para quem não está a perceber nada deste texto, eu passo a explicar. Esta semana, soube-se que um pai de uma creche da Ericeira se queixou da professora porque ela canta a célebre cantilena infantil “Atirei o pau ao gato”, adulterando um pouco a letra e incluindo pelo meio um “Viva o Benfica” totalmente inesperado (e até um pouco incompreensível, dado o contexto). Soube-se também que o queixoso pai era adepto do FC Porto e, no dia seguinte, de imediato a SAD do FC Porto emitiu um comunicado público protestando contra a ocorrência, e acusando certos professores infantis, ou mesmo o Ministério da Educação, de “fascismo do gosto”! Sim, leram bem, “fascismo do gosto”! Olaré, que pérola! Dá direito a entrada direta para o “Top do Ridículo” nacional. O FC Porto agora assusta-se, como a dona Xica, e dá um berro público, tal como o gato deu! Mas será o FC Porto a dona Xica ou será o gato? Sabemos, pela canção, que há um “eu” que atira o pau ao gato. Até aí, é fácil: trata-se da professora. Depois, sabemos que a dona Xica se assustou com o berro que o gato deu e é aqui que, por assim dizer, a porca torce o rabo. Tanto o pai queixoso como a SAD do FC Porto se assustaram e deram um berro público. São portanto, em simultâneo, dona Xica e gato. Ora isso torna as coisas extremamente difíceis de explicar às crianças. Por isso, daqui lhe peço um esclarecimento: o senhor é a dona Xica ou é o gato?


In Record

março 26, 2012

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3543


Destaques

Principais títulos


- Liga dos Campeões: "Esperamos um ambientes fantástico no nosso Estádio"; (pág 12 e 13)


Títulos



2 Síntese + José Augusto sobre Camarata Coca-Cola: "Iniciativa bastante importante"
3 Actualidade: "Vem aí ciclo infernal" + Opinião João Paulo Guerra
4 Crónica Benfica-Beira Mar: "Triunfo seguro mantém chama"
5 Análise à Jornada: "Melhor ataque da prova" + Opinião Arons de Carvalho
7 Antevisão Olhanense-Benfica: "Queremos voar mais alto" + Opinião Afonso Melo
8 Crónica Taça da Liga: "Limpinho, para variar..."
9 Análise à Taça da Liga: "Em Coimbra para o tetra" + Opinião João Malheiro
11 Liga dos Campeões: "Desejo de JJ concedido" + Opinião João Diogo
12/13 Liga dos Campeões: "Esperamos um ambiente fantástico no nosso Estádio"
14 Opinião Pragal Colaço: "O Chelsea Football Club - Parte 1"
15 Falecimento António Leitão: "Até Sempre Campeão!" + Homenagem Ana Oliveira
16/17 Falecimento António Leitão: "O percurso de um campeão amado por todos"
19 Juniores: "Olhos postos na Madeira" + Opinião Pedro Ferreira
20 Juvenis: "Com alma benfiquista"
21 Iniciados: "Estamos na terceira fase" + Infantis e Benjamins: "De motores afinados"
23 Basquetebol: "Clássico no regresso à Liga"
24 Futsal: "Vencer e convencer"
25 Hóquei em Patins: "Águia voou até à liderança" + Ténis de Mesa: "Dois títulos distritais"
26 Andebol: "É preciso trabalhar e acreditar" + 7ª Corrida de Atletismo: "Venha Correr com Mística"
27 Atletismo: "Vitória e dois recordes nacionais"
28 Voleibol: "Fechar primeira volta com triunfo" + Casas do Benfica
29 Fundação Benfica: "Campeão de Matemática" + Opinião Jorge Miranda
30 Tome nota e Programação Benfica TV
31 Opinião Luís Fialho: "Eu acredito!"
32 Final da Champions 2013/14: "É o reconhecimento do nosso trabalho" + Opinião José Jorge Letria + Breves

março 23, 2012

Tempo Útil _ João Gobern


Bom arranque

O discurso portista já vinha ensaiado – e bem. Se a equipa ganhasse, estava preparado algum ruído em torno do virtuosismo de uma equipa capaz de vencer o rival mais direto, mesmo numa competição “não prioritária”. Perdendo, todas as palavras vão no sentido de privilegiar o campeonato, insistindo no desprezo por uma competição que faz recordar a fábula da raposa e das uvas, de La Fontaine – “estão verdes, não prestam”… É verdade que a pressão estava do lado do Benfica e, de um modo particular, nos ombros de Jorge Jesus, que corria o risco (depois de ganhar a Jesualdo Ferreira e a André Villas-Boas) de não conseguir ganhar a Vítor Pereira, técnico do mais fraco FC Porto dos últimos anos. Há, no entanto, elementos que merecem ser considerados: primeiro, os jogadores do campeão nacional entregaram-se em pleno a um jogo que, se nem sempre foi exemplar nas componentes tática e técnica, não passando a imagem de estar a participar numa partida “a feijões”; depois, na hipótese de as últimas sete jornadas não correrem de feição aos que tentam revalidar o título, será avaliada a justeza deste discurso e feita a verificação de se a velha máxima dos filmes americanos, a “win-win situation”, não deu lugar ao desastre total. Ao FC Porto resta uma verdade linear: ou campeonato ou nada.

Claro que tem a vantagem de lhe faltarem sete jogos (Liga) até às férias, enquanto o Benfica terá no mínimo dez e, se a Champions lhe sorrir até à final de Munique, poderá chegar aos treze. Mas era essencial para os encarnados interromper a série já considerável de vitórias do rival no Estádio da Luz, fazendo muito mais do que uma mera prova de vida. Ainda por cima num jogo que foi discutido até final, emocionante, com três golos e três bolas aos ferros da baliza adversária, com rotação de quase todos os valores ao serviço do clube, e ainda com o precioso contributo de um árbitro – Artur Soares Dias – a quem todos ficaram devedores de decisões equilibradas e de um rigor disciplinar que terá evitado expulsões e polémicas. Foi, do ponto de vista psicológico, o melhor arranque para o ciclo infernal, que começou ontem e vai passar por Olhanense (Liga, a jogar no Algarve), Chelsea (Champions, na Luz), Braga (Liga, Luz), Chelsea (em Stamford Bridge), Sporting (Liga, Alvalade) e ainda a final da Taça da Liga, com Braga ou Gil Vicente. Se a vida lhe correr de feição, seguem-se, sem intervalos nem descanso, as meias-finais da Liga dos Campeões (Barcelona ou Milão). Chega?

Jorge Jesus não errou: é o preço do êxito. Desta vez não há quem possa acusá-lo de falta de coragem. Resta saber se as mais-valias deste triunfo não vão custar caro nos juros do cansaço. Na sexta-feira há mais. E mais respostas.

In Record

março 22, 2012

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva



A desforra

O Benfica-Porto de ontem à noite, do ponto de vista competitivo, valia pouco. A Taça da Liga ainda é considerada uma prova menor, uma espécie de prémio de consolação para quem não consegue ganhar as provas “a sério”.

Mas, do ponto de vista simbólico, o jogo tinha um valor importante. Primeiro, dada a rivalidade entre o FC Porto e o Benfica, que assume aspetos paranoicos Depois, dado o recente desfecho do jogo para o campeonato, que deixou os benfiquistas revoltados. Finalmente, pela incerteza que rodeia o fim da época, com 3 equipas a lutarem pelo título nacional e a necessitarem de “tónicos” que as tornem mentalmente mais fortes.

Um Benfica-Porto é como um Real Madrid-Barcelona. O Real pode ganhar muitos jogos – mas basta uma derrota frente ao Barça para lançar o desânimo na capital espanhola. Com o Benfica passa-se o mesmo: as derrotas frente ao FC Porto são as que pesam mais no moral dos adeptos.

Ninguém esquece os 5-0 do Dragão na época passada – como, em Madrid, ninguém esqueceu os 5-0 de Camp Nou.

Ontem, na Luz, a história não se repetiu. Num jogo emocionante, em que começou a ganhar, depois esteve a perder, e por fim conseguiu inverter o resultado (depois de atirar três bolas aos ferros!), o Benfica desforrou-se da derrota de há três semanas, reforçando a ideia de que esse resultado foi injusto.

E se a Taça da Liga é uma coisa e o campeonato outra, o resultado de ontem vai ter algum peso na definição do título. A vitória sobre o FC Porto diminuiu psicologicamente a diferença de dois pontos que, na prática, o Benfica ainda leva de atraso.

In Record

Zona M


Pequenos grandes

O árbitro Rui Silva, cujo currículo ostenta uma medalha dourada, em forma de apito, de 20 meses de suspensão, cometeu um erro técnico dos mais graves no jogo Leiria-Rio Ave, ao deixar em campo um jogador a quem, inequivocamente, mostrou o cartão amarelo duas vezes sem lhe aplicar a correspondente pena de expulsão.

São coisas que acontecem, até os melhores cometem erros, no melhor pano cai a nódoa, et cetera e tal. Pois, mas em vez de assumir o erro e aceitar a correspondente sanção administrativa, o honesto juiz e os sérios dirigentes dos dois clubes optaram por atribuir o primeiro cartão amarelo a outro jogador no relatório respetivo e foram dormir descansados.

Mesmo tratando-se de um jogo confidencial, o segundo com menos assistência em toda a Liga, seria expectável que algum dos 717 espectadores ou da meia dúzia de jornalistas presentes dessem conta pública dessa anedótica solução que o presidente do clube anfitrião, o desenrascado João Bartolomeu, não desdenharia designar por “reposição da verdade desportiva”.

Este caso não surpreende, por envolver agentes que são capazes de aprovar mudanças drásticas dos regulamentos durante as provas, apenas para se livrarem das punições desportivas previstas. Mas a magnânima solicitude dos emblemas envolvidos em relação a este árbitro em particular obrigará a um seguimento mais atento e interrogativo da sua carreira. Com estes apoios, Rui Silva vai longe.

O descrédito dos árbitros e da arbitragem em geral têm nivelado a exigência comportamental. Toda a gente quer o melhor para si e o pior para os adversários. Se um outro árbitro, eventualmente, viesse a cometer o mesmo erro de Rui Silva, logo alguém se chegaria à frente para exigir uma solução igual à do Leiria-Rio Ave, porque a desvergonha e o expediente fazem regra.

Durante 15 dias, uma parte significativa do país futebolístico insurgiu-se por todos os meios contra a “cobardia” de um fiscal de linha zarolho, que não tugia nem mugia à crítica desbragada do treinador do Benfica. O pobre homem viu-se coagido a apresentar queixa e a assumir uma notoriedade comprometedora, apenas para que a “classe” pudesse demonstrar que não discrimina nenhum lado com as suas retaliações, apesar do fiasco e da condenação generalizada ao boicote ao Sporting.

Custa compreender que, depois de tanto protesto e queixume, uma instituição de bem possa estar, afinal, de acordo com uma medida tão persecutória, injusta e condenável, ao defender, desta vez pela voz do próprio presidente, que uma greve dos árbitros aos jogos do Benfica “faria sentido”. E que os árbitros, tendo sentido já as consequências desse erro no prestígio e na carteira não tenham acordado finalmente, como o esperto Rui Silva, para os benefícios de um cordial entendimento com a clientela.

Os clubes pequenos fazem-se grandes, tentando abocanhar as migalhas que caem da mesa da bola, sejam os palpáveis direitos de televisão ou a ilusória gratidão de um árbitro. Os grandes, bem, os grandes muitas vezes comportam-se como pequenos, para também poderem desfrutar desses pequenos prazeres.


 In Record

março 21, 2012

Simão elogia Nico Gaitán


Deixa elogios ao argentino


Simão Sabrosa, que tem acompanhado a atualidade do Benfica à distância, fez saber esta quarta-feira, através da popular redesocial Twitter, que é franco apreciador das qualidades do extremo argentino Nicolas Gaitán, herdeiro da sua camisola no clube encarnado.

"A camisola número 20 do Benfica está muito bem entregue a Gaitán. Este menino tem muita qualidade", escreveu o antigo capitão das águias.

Apesar de viver na Turquia, onde joga ao serviço do Besiktas, Simão acompanhou com atenção o clássico da Taça da Liga, frente ao FC Porto.

"Parabéns ao Benfica. Vitória muito importante. Uma final para jogar e ganhar, e também para dar confiança para os últimos jogos do campeonato", referiu.

In Record

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


O pesadelo

O Benfica venceu o Beira-Mar por 3-1. Jesus queria mais golos, e no final das contas podemos bem precisar deles para a comparação do “goal average”. Mas apesar de os nossos rivais diretos terem vencido os respetivos jogos, nós também não perdemos pontos. E nesta fase da coisa isso vale ouro.

É certo que terei de deixar as críticas ao Cardozo de lado. Marcou dois e vai à frente dos melhores marcadores com o Lima, do Sp. Braga. Mas glorioso, glorioso mesmo foi o nosso menino Nélson Oliveira. Que fez um passe mortal para o segundo do Tacuara e correu que nem uma gazela real durante toda a partida. Sofre, dá o corpo ao jogo, assiste. Mas tem uma vontade muito grande de mostrar serviço, e às vezes guarda a bola para si. Também é vício da Seleção de Sub-21, onde jogava sozinho lá à frente, vinha buscar bolas ao meio-campo e corria para o golo. O outro menino, o Rodrigo, está uma sombra do que era há uns jogos. O Bruno Alves, esse rapaz com escola portista, deu cabo dele em São Petersburgo. Podem dizer que foi o relvado, foi a temperatura, foi a neve. Para mim foi o gelo sarrafeiro do Bruno Alves. Mas o pesadelo do Benfica chama-se Emerson. Aquele que disse a semana passada que não se deixava influenciar ou abater pelas críticas. O brasileiro deve abater-se é pelas tristes exibições que faz, pelas bolas que perde, pela desgraça que faz à nossa defesa esquerda. Não percebo a preterição do Capdevila. O campeão da Europa e do Mundo não tem a mesma capacidade física, demora a retomar a posição quando sobe, mas dá outra segurança à nossa defesa. Cada vez que vejo o Emerson com a bola, tremo de medo. Não estou sozinha. Na sexta quando saí da Luz tudo quanto era adepto repetia até ao expoente máximo do desespero: “Este Emerson é mau de mais”. Míster, venha do banco o Miguel Vítor, ao menos. E já que a aposta nos nossos meninos tem sido uma enorme qualidade sua, porque não o Luís Martins? O Emerson é que não. Desgraça de simulacro de jogador.

In Record

março 20, 2012

Estádio da Luz é o palco da final em 2014


Decisão comunicada pela UEFA
A UEFA anunciou esta terça-feira que o Estádio da Luz vai ser o palco da final da Liga dos Campeões em 2014, cabendo ao Estádio da Juventus receber a final da Liga Europa nesse mesmo ano.

Lisboa vai receber a final da principal competição europeia de clubes pela primeira vez desde 1967, quando o Celtic venceu o Inter Milão (no Jamor). O "novo" Estádio da Luz, com capacidade para 65 mil espectadores, vai receber a segunda grande final desde a sua construção, depois do Euro'2004.

A final deste ano será na Arena de Munique, a 19 de maio, enquanto a de 2013 será disputado no Estádio de Wembley, em Londres.

O Comité Executivo da UEFA atribuiu também a organização do Campeonato da Europa de Sub-21 de 2015 à República Checa, enquanto a fase final do Campeonato da Europa de Futsal de 2016 será disputada em Belgrado, na Sérvia.

Por força da lei _ Ricardo Costa


Alargamentos

1 - O Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD) de 1993 instituiu nas relações desportivas e financeiras entre as federações desportivas e as ligas profissionais um modelo de colaboração através da celebração de um “protocolo”.

2 - A Lei de Bases de 2007 e o RJFD de 2008 confirmou esse modelo: a federação e a liga têm que convencionar um “contrato” à luz dessas leis, que incluirá imperativamente o consenso de ambas sobre (i) o número de clubes das competições da liga profissional, (ii) o regime de subidas e descidas entre as competições da liga e as da federação, (iii) a organização da actividade das selecções e (iv) o apoio à actividade desportiva não profissional.

3 - A FPF de Gilberto Madaíl e a LPFP de Fernando Gomes actualizaram em Dezembro de 2010 o Protocolo de 2005/2006 e estipularam a sua renovação até 30 de Junho de 2013.

4 - Conscientes do desrespeito pela lei vigente, Madaíl e Gomes estipularam nesse documento que “a FPF e a LPFP comprometem-se a estabelecer negociações com vista à revisão do clausulado em vigor logo que ambas as entidades tenham procedido à adequação dos seus Estatutos ao Regime Jurídico das Federações Desportivas”.

5 - A FPF e a LPFP adequaram os seus Estatutos ao RJFD de 2008.

6 - No Protocolo FPF/LPFP actualmente em vigor não consta a regulação do número de clubes das competições da liga e o regime de subidas e descidas entre as provas da FPF e as provas da Liga.

7 - Em Dezembro de 2011, Gomes, então presidente da LFPF, conduziu os clubes a aprovarem o alargamento da II Liga para a época desportiva 2012-2013, permitindo um máximo de 22 clubes com a inscrição de “equipas B”, e passando a descer três clubes na II Liga.

8 - Ficou então aprovado que, se o número final de “equipas B” inscritas conduzisse a um número ímpar de clubes na II Liga (por ex., 16+3=19), o clube classificado na actual época na penúltima posição não desceria na próxima época.

9 - No início desta semana, Mário Figueiredo, presidente da LPFP, conduziu os clubes a aprovarem o alargamento da I Liga para a época 2012-2013, fixando o número em 18 clubes.

10 - Ficou ainda expressamente aprovado que o alargamento só entra em vigor na próxima época “desde que, nessa matéria, seja celebrado acordo com a Federação Portuguesa de Futebol no âmbito do contrato (vulgo protocolo)” com a LPFP.

11 - Contra uma proposta alternativa de Figueiredo, os clubes aprovaram uma norma transitória que permite aos dois clubes que descem este ano à II Liga serem repescados para o alargamento.

12 - Tanto o alargamento e a possível “repescagem” de Gomes como o alargamento de Figueiredo e “repescagem” aprovada pelos clubes não entram em vigor enquanto FPF e LPFP não celebrarem o “contrato” que contemple essa matéria: ficam em suspenso até se conformarem (ou não) com esse acordo.

13 - Esta semana a Liga interpelou a FPF para encetar negociações, cumprir a lei e o acordado entre Madaíl e Gomes.

14 - Se a FPF e a Liga não chegarem a acordo (pelo menos, parece, até ao fim da época) sobre os alargamentos aprovados e as subidas e as descidas, compete legalmente ao Conselho Nacional do Desporto deliberar provisoriamente essas matérias até que FPF e LPFP cheguem a consenso. Posto isto, algumas considerações.

15 - Os alargamentos para a próxima época não precisam de unanimidade na aprovação; mas pode alegar-se que, em termos substanciais, as fórmulas de repescagem na I e II Liga são mudanças das regras para a época em curso e, então, já se exigiria votação unânime dos clubes.

16 - Se a questão é – como não pode deixar de ser – a integridade e a verdade das competições, então Gomes, em Dezembro, e os clubes, nomeadamente agora, estão exactamente no mesmo patamar de censura.

17 - A celebração de um novo “contrato” entre FPF e LPFP não se faz com deliberações avulsas da Direcção da FPF ou da Comissão Executiva da Liga – implica um processo formal que acaba num acordo; é esse acordo que legitimará ou recusará os alargamentos e as fórmulas de “repescagem”.

18 - Nesse processo, FPF e a Liga estão em plano de igualdade: por ex., se a FPF não aprova o alargamento da I Liga, é plausível que a Liga actual não aprove o alargamento e a fórmula de Gomes (enquanto presidente da Liga) para a II Liga.

19 - Os clubes da Liga devem perceber que é aconselhável um período de carência e fundamento sólido para estas reformas entrarem em vigor e serem defensáveis jurídica e desportivamente. Tudo o resto, caro leitor, é política, interesses e “tiro ao alvo”. Um “alvo” que passou a ser incómodo e não estava no “programa”!

 In Record

Email Aberto _ Domingos Amaral


As virgens

From: Domingos Amaral
To: Vítor Pereira

Caro Vítor Pereira
A época passada, dias depois do célebre Benfica-FC Porto do “apagão”, a SAD azul e branca deu uma conferência de imprensa onde listava, com imagens, os mais de dez graves erros do árbitro do jogo, Duarte Gomes. Registe-se que esta original inovação comunicacional foi proferida depois de um jogo que não só o FC Porto tinha vencido por 2-1, como lhe tinha dado a possibilidade de ser campeão em casa do seu principal rival. Nada disto impediu contudo um ataque feroz e incisivo ao árbitro. Da mesma forma, o presidente do FC Porto, já este ano, atacou pessoalmente o árbitro Jorge de Sousa, com adjetivos que roçavam o inaceitável.

Em nenhuma das situações descrita os atingidos protestaram ou ameaçaram os acusadores. Porém, mal Jorge Jesus criticou o árbitro assistente que cometeu um aberrante erro no último Benfica-FC Porto, caiu de imediato o Carmo e a Trindade e logo se ouviram inúmeras virgens ofendidas. Os árbitros amigos, os dirigentes da arbitragem e até o próprio árbitro assistente, urraram os seus protestos e ameaçaram com tenebrosos processos disciplinares.

O senhor é capaz de explicar a que se deve esta duplicidade, esta diferença de tratamento? Por que será que os seus árbitros comem e calam quando as críticas são do FC Porto e praticam boicotes e processos quando as críticas são provenientes do Benfica ou do Sporting? Às vezes, depois de um jogo ouve-se muito a expressão “dualidade de critérios”, e para mim é disso que se trata. Há os protegidos, por quem se nutre um “respeitinho” subserviente e cobardolas, e há os outros…As virgens pudicas são assim.

In Record

março 19, 2012

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3542



Destaques

Principais títulos

- Mantorras director do jornal "O Benfica" por um dia: "A grandeza do Benfica não tem explicação"; (pág 06 e 07)


Títulos

2 Síntese + Editorial José Nuno Martins: "De director para director" + Editorial Pedro Mantorras: "Um dia para aprender" + Clube: "Axel Witsel solidário"
3 Liga dos Campeões: "Munique, a desejada" + Opinião João Paulo Guerra
4/5 Liga dos Campeões: "Dos sete possíveis, o próximo adversário é..." + Opinião Arons de Carvalho
6/7 Jornal "O Benfica" - Pedro Mantorras director para um dia: "A grandeza do Benfica não tem explicação"
9 Actualidade - Nélson Oliveira e Emerson confiantes: "Os adeptos estão convocados"
10 Crónica Paços Ferreira - Benfica: "Vitória do querer"
11 Análise à Liga: "Capacidade de reacção" + Opinião João Diogo
13 antevisão 23.ª jornada: "Levantar voo até ao 1º" + Opinião João Malheiro
15 Antevisão Taça da Liga: "Vencer rumo à final" + Opinião Pedro Ferreira
16/17 Renovação Javi Garcia: "Agradeço ao Clube ao presidente pela renovação"
18 Opinião Pragal Colaço: "Grécia, activos e passivos dos três grandes e o córtex"
19 Juniores: "Cancelar o Braga"
20 Juvenis: "Venha a terceira fase" + Infantis e Benjamins: "Formação gloriosa"
21 Iniciados: "A um passo da qualificação"
23 Voleibol: "Que a sorte não seja bastarda"
24 Futsal: "Próxima paragem: final"
25 Hóquei em Patins: "Na Alemanha para vencer" + Ginástica + Ténis de Mesa
26 Basquetebol: "Festa da Taça em Fafe"
27 Andebol: "Olhos postos a leste"
28 Atletismo: "Alberto Paulo no pódio" + Judo: "Telma de olhos postos nas medalhas" + Paintball + Pesca + Bilhar
29 Fundação Benfica - Emerson no D. Estefânia: "Fiquei muito emocionado" + Luisão sobre campanha IRS: "Capitão convoca os benfiquistas"
30 Tome nota e Programação Benfica TV
31 Opinião Luís Fialho: "O sonho europeu"
32 António José Seguro na Benfica TV: "Sou benfiquista deste pequeno" + Opinião José Jorge Letria + Breves

março 17, 2012

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva


Contra-ataque

Antes desta jornada eu tinha planeado escrever uma crónica chamada “O triunfo do contra-ataque”. Ora, o fim-de-semana confirmou tudo o que ia dizer.

As táticas de contra-ataque (a que Jesus chama contragolpe) são hoje as mais eficazes. As equipas que jogam em ataque continuado veem-se e desejam-se para furar as barreiras defensivas dos opositores, que povoam o último terço do campo e não dão qualquer espaço para jogar. Em contrapartida, os que jogam sobre a defesa ficam com muito espaço nas costas dos adversários, e se tiverem extremos rápidos criam facilmente oportunidades de golo.

Foi isto que se passou nos jogos do FC Porto e do Benfica: o golo da Académica foi marcado em contra-ataque, o do Paços de Ferreira também. Mas note-se que o golo do Benfica também resultou de um contra-ataque: fuga de Nélson Oliveira pela direita, centro rasteiro e Gaitán a surgir no meio a empurrar para golo. Em ataque continuado o Benfica não tinha criado uma ocasião tão boa.

E não só os pequenos jogam assim. O Manchester City marcou 3 (dos 4) golos ao Porto em contra-ataque. O Sp. Braga também tem aí a grande arma: bom povoamento defensivo, lançamento para a frente, correria de Lima e golo. Tudo simples. E o próprio Mourinho jogou em contra-ataque no FC Porto, no Chelsea e no Inter. Há ainda o caso do Barcelona que, jogando sempre em ataque continuado, leva 10 pontos de atraso na Liga espanhola – apesar de ter Messi...

O campeonato português vai decidir-se ombro-a-ombro. Os mais pragmáticos serão campeões. Jogar de peito aberto nesta altura é um enorme risco. FC Porto e Benfica que aprendam a lição.


In Record

março 16, 2012

Tempo Útil _ João Gobern


Vale tudo

In video veritas. Que é como quem diz: a televisão não mente, pelo menos nestes casos. À saída do Conselho de Presidentes, o senhor presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional engasgou-se uma ou duas vezes perante a mais linear das questões. Perguntavam-lhe se o alargamento do número de clubes na Liga ia ser consumado por conta da ausência de descidas. Mário Figueiredo rodeou, hesitou, procurou reanimar as suas boas intenções – a tal liguilha – e deixou perceber que, qual doutor Frankenstein, há muito tinha deixado de controlar o monstro que criou exclusivamente para conseguir ser eleito.

Escrevia-se um capítulo de vergonha e de perigo para o futebol português. O populista condutor, já responsável pelo pecado da gula, ao querer sentar 18 numa mesa que já não chega para alimentar 16, ainda fora ultrapassado pelos conspiradores que rapidamente concluíram o seguinte: para quê prolongar a época com uma liguilha, em que algum acidente de percurso ainda poderia deitar a permanência a perder, se a coisa poderia ficar resolvida de imediato com uma “passagem administrativa” que, a partir de agora, subverteria tudo e deixaria os potenciais aflitos à vontade para começarem já o “futebol de férias”?

Num espantoso golpe de rins, demonstrativo de uma flexibilidade que se estende ao raciocínio, disponível para abdicar de princípios e valores, o senhor presidente da Liga veio referir-se a uma teoria da cabala. Fica-me apenas uma dúvida: esta gente sonhará que, à sua volta, todos dormem e ninguém se apercebe do golpe palaciano e arruaceiro que pretende concretizar? A teoria de que já há quem não “lute por nada” na Liga é hilariante e só demonstra que Mário Figueiredo nem sequer acompanha de perto os acontecimentos. O Olhanense, sétimo classificado, está dez pontos acima da “linha de água” num momento em que falta disputar 24 pontos. Acontece que, até final, vai ter de encontrar-se com cinco dos seis primeiros da classificação. E isso significa a possibilidade – académica e real – de ainda poder passar por algum susto. Mais: os três candidatos ao título (FC Porto, Benfica e Braga) jogam cinco dos oito desafios que lhes restam com equipas localizadas nesta zona classificativa (7.º/16.º). O que legitima a ideia de que o título pode depender mais do empenhamento com os “pequenos” do que dos duelos com os “grandes”. Cabala? Não, uma cavalidade, isso sim.

Resta a esperança do bom senso federativo. Para poder explicar a estes cavalheiros que não basta eleger um testa-de-ferro para chegar ao ouro do bandido. Nos últimos dias, ouvi Manuel Cajuda falar em dignidade. Aí está uma palavra – e um conceito – que outros não são atrevem a pronunciar: enrola-se-lhes na boca…

In Record

Crónica de João Malheiro


Coluna com (enorme) coluna

Foram dias intensos e futebolisticamente gulosos. Que melhor companhia, quase diária, do que Mário Coluna? Vindo de Moçambique, a convite do Benfica, esteve uns tempos entre nós. Esteve muito tempo comigo. Esteve, digo-o imodestamente, em homenagem a uma antiga amizade. Da minha parte, mais do que desvelo, sinto veneração por Coluna. Sinto e cultivo-a.

Há já quase cinco décadas, foi apelidado de Monstro Sagrado. Artur Agostinho, outro velho amigo, mestre também, foi o autor do epíteto. Que vingou até à actualidade e jamais será esquecido. Coluna foi muito Benfica, foi muito Selecção, foi todo futebol. No curto espaço de sete temporadas, disputou cinco (!) finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus e capitaneou o combinado nacional na maior epopeia do seu palmarés, o Mundial de 66. Até a braçadeira da selecção da FIFA chegou a envergar, expressão da sua grandeza universal.

Mário Coluna foi um capitão extraordinário, um capitão singular. Tal como hoje, jamais levantou a voz, mas sempre teve uma liderança intocável e admirada por todos. Até muitos árbitros o tratavam por “senhor Coluna”, tal era o respeito que infundia. Árbitros, dirigentes, jogadores adversários, até colegas de equipa. Ainda hoje, gente da bola com a estirpe de um Toni, de um Carlos Manuel, de um Chalana, tantos mais, não renunciam ao trato de “senhor Coluna”.

O “senhor Coluna” fez o grosso da minha despesa emocional nos últimos dias. “Onde vamos hoje, miúdo?”, foi a frase que mais ouvi. E também lhe ouvi histórias, muitas histórias, tantas e bonitas histórias, proferidas naquele seu jeito sábio, mas comoventemente humilde. Coluna sempre foi homem de grande coluna. O que lhe escrevi uma vez? Dava músculo, dava cérebro, dava alma, dava até pele, dava até sangue. Dava ordens ao jogo, dava-lhe ordem também. Dava jeito, tanto jeito. Dava o que dava e não dava mais, porque não havia mais para dar. Sem exagero, Coluna era o farol do futebol português. O Monstro Sagrado? Também o último imperador.

março 15, 2012

Zona M


Crime

O alargamento da Liga portuguesa é um crime contra o futebol. E também contra o país. Mais uma vez os chamados clubes profissionais avançam para o abismo, ignorando a situação catastrófica da economia, a falta de recursos e a necessidade de regulação e estratégia. Quando todos os portugueses encolhem, procurando sobreviver, o futebol alarga, com perigo de rebentar – se esta decisão for homologada nas instâncias superiores.

Clubes sem público, equipas sem orçamento, competição sem impacto – eis a sequência estrutural da atividade futebolística em Portugal, recomendando, pelo contrário, mais concentração, mais pragmatismo financeiro e melhor adequação mediática. O espetro futebolístico nacional, o tamanho do país e a influência da grave crise económica e social recomendariam uma redução da Liga para 10, no máximo 12 clubes, respeitadores das boas práticas de gestão e de limitações quantitativas e qualitativas ao recurso a jogadores estrangeiros.

Com esta viciação descarada das regras do campeonato em curso, protegendo-se os piores ao desfecho da despromoção, os clubes voltam a glorificar essa incontornável tendência para nivelar por baixo. Fazer com que as piores equipas do ano não desçam de divisão é um atentado contra a moral desportiva, mais um passo atrás na formação das novas gerações de adeptos, cada vez mais convencidos de que só a vitória interessa, a qualquer preço.

A redução para 16, em 2006, decidida no Conselho Nacional de Desporto e aprovada pela Federação Portuguesa de Futebol, apesar de não acompanhada pela prometida regulação da utilização de jogadores estrangeiros nem pelo controlo financeiro, ajudou nas últimas seis temporadas a uma subida relativa dos índices competitivos internos, entre os clubes realmente estruturados, com mais equipas envolvidas na discussão dos primeiros lugares.

O atual ranking nas provas da UEFA, à beira de passar a ter três equipas na Liga dos Campeões, é uma das consequências positivas da redução do campeonato, ao deixar mais tempo aos clubes principais para prepararem as suas participações internacionais. Portugal nunca teve tantas equipas envolvidas nas provas europeias no segundo semestre da época como nos últimos quatro anos.

O alargamento não vai estancar a diáspora do jogador português, que se viu forçado a procurar conforto noutras zonas muitos anos antes de o Governo ordenar a emigração em massa aos nossos jovens. Não vai diminuir a atividade do presidente do Sindicato para minimizar os efeitos dramáticos do abuso sistemático do não pagamento de salários no tempo devido. Não vai aumentar o bolo de receitas publicitárias e de direitos de imagem, nem diminuir a terrível invasão cultural do futebol espanhol e inglês, através de centenas de horas de televisão, nos hábitos do português comum.

O alargamento, de facto, é só mais um sinal do regresso da malta dos xitos aos bons tempos do velho “Sistema”, que se mostra cada vez mais pujante e completamente restabelecido do susto das ameaças da Justiça.

 In Record

O Voo da Águia_ Marta Rebelo



Passos de Nelson

Aos 50’ de jogo dei por mim a imaginar o que escrever se o 1-0 em Paços de Ferreira se prolongasse. Mas daí a nada o meu adorado miúdo, o “menino” de JJ, teve um ataque de raiva e acelerou pela direita afora, como o vimos fazer tantas vezes no Mundial no verão passado, e só parou quando o Gaitán meteu a bola na baliza de Cássio. E o mundo mudou. Nélson é gigante.

Gostava de fazer uma coisa que raramente me ocorre, nestas linhas: lançar uma pergunta para os lados do Porto – já encomendaram as faixas? Ou a coisa está de molde a precisarem de 5’ de descontos e um penálti marcado no último minuto? É que o Bruno César devia ter levado outro amarelo, por aquela pisadela na noite de ontem. E o segundo vermelho do Paços é mal tirado – parece que os fiscais de linha continuam em grande. Mas de resto, e ao contrário do que o treinador dos da capital do móvel dizia, não houve coisas externas estranhas. Não houve um penálti para resolver o jogo pelo Benfica. Houve garra de um miúdo inconformado, um livre fenomenal e uma equipa que esta temporada aprendeu a dar a volta a resultados.

Mas houve algumas coisas “internas” esquisitas. Eu sei que os nossos jogadores estão desgastados da intensidade de jogo que imprimiram à partida contra o Zenit – gloriosos sejam pelos 2-0. Mas, Míster, que coisa foi aquela de colocar o Saviola a titular? Eu gosto muito de El Conejo, mas a velocidade e ritmo de jogo do argentino são neste momento uma tristeza. Gostava de ter visto um Witsel “mascarado” de Aimar como na 3.ª feira. Caramba, gostava era de ter visto o Aimar, porque sem ele desde os 25’ aos 50’ aquele nosso meio-campo parecia perdido numa floresta assombrada. E o Capdevila, poderá finalmente roubar a titularidade ao elo-mais-fraco chamado Emerson?

Eu continuo a acreditar. Por cada penálti que o Hulk marca aos 94’, eu acredito mais um bocadinho. E quando vejo a raça do meu miúdo Nélson dar início à reconquista da vitória, acredito ainda mais.

In Record

Email Aberto _ Domingos Amaral



Um líder

From: Domingos Amaral
To: Jorge Jesus

Caro Jorge Jesus
Uma das principais doenças dos benfiquistas é, na hora da derrota, criticarem mais os erros próprios que os alheios. Na sexta da semana passada e nos dias seguintes, o que se ouvia mais eram críticas a ti, pelas supostas más decisões que tomaste; críticas a Emerson, que era péssimo e sem qualidade para o Benfica; e até críticas a Artur, por ter saído mal! A raiva e a frustração primeiro viraram-se para dentro, para o autoflagelamento.

Em vez de, como deviam, se virarem para fora. Na verdade, o Benfica portou-se bem e só as más decisões de Proença e dos auxiliares nos derrotaram. Não fomos vencidos pelo FCP mas pelos árbitros! A raiva não devia ser dirigida contra os nossos, mas sim contra quem nos prejudicou gravemente.

Graças a ti, ao teu discurso no fim do jogo, e também graças à excelente condução da equipa contra o Zenit, a partir de terça-feira já a maior parte dos benfiquistas não só voltara a acreditar no Benfica, como também já tinha aberto os olhos e percebido que só perdemos o jogo com os azuis porque fomos escandalosamente roubados.

O teu grande mérito esta semana foi teres sabido ser líder. A raiva profunda que sentíamos foi conduzida por ti no bom sentido, primeiro contra os verdadeiros responsáveis pela derrota, Proença e “sus muchachos”, e depois tornando-a numa estratégia inteligente que nos levou à vitória sobre o Zenit.

E de repente, o que acontece? O FC Porto empata em casa e, se amanhã ganharmos, estamos de novo em cima deles. Viram, gente de pouca fé, que afinal não está tudo acabado?


In Record

março 13, 2012

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva


O sonho de volta

Quando o Benfica estava a fazer uma época de sonho, a tragédia abateu-se sobre a equipa.

Tudo começou em S. Petersburgo, quando Bruno Alves investiu brutalmente contra Rodrigo e o afastou do jogo. Tive logo a perceção de que a sorte para o Benfica estava a mudar.

Primeiro foi a derrota através de um golo estúpido no dealbar desse jogo na Rússia, depois foi o desaire em Guimarães, o empate em Coimbra e a derrota contra o FC Porto, em que tudo sucedeu: a lesão de Aimar, a lesão de Garay, a expulsão de Emerson e um golo em fora-de-jogo.

Nesta fase decisiva da época, tudo correu mal ao Benfica: as arbitragens, uma expulsão cirúrgica e muitas lesões. Javi García (uma pedra decisiva) esteve três jogos fora, Garay (que era o melhor defesa) foi para o estaleiro, Aimar (que é insubstituível) está outra vez magoado, Rodrigo (que estava a ser o melhor avançado) ficou a 50% depois da agressão em S. Petersburgo.

Foi demais!

Depois disto, só faltava Jesus sair para a destruição ser completa. Para chegar ao fim um projeto que custou tanto a construir e projetou tantos sonhos.

A esperança voltou a renascer na noite de ontem, com a vitória sobre o Zenit. Quatro dias depois da infortunada derrota com o FC Porto, este sucesso teve uma grande virtude: inverteu um ciclo maldito. E esclareceu uma dúvida: a equipa não estava afinal mentalmente tão fraca como se temia.

Daqui para a frente, o Benfica tem ainda tudo em aberto: a Liga portuguesa e a Champions League.

E se a Champions é uma lotaria, no nosso campeonato uma coisa é certa: se o Benfica ganhar todos os jogos até ao fim, tem grandes hipóteses de ser campeão. Se não ganhar, a culpa é sua...

In Record

Por força da lei _ Ricardo Costa



Castigos na hora

Com o título de bicampeão entregue, uma luta binária pelo acesso direto à Champions e uma grande confusão na zona das descidas: assim se entra no último terço do campeonato da 1.ª Liga. Na 2.ª Liga também está encontrado o campeão e o resto é a incerteza habitual. Aquando do exercício de funções jurisdicionais no futebol, apreendi que é neste período final que se sucedem as declarações inflamadas dos dirigentes e dos treinadores com base em alegados “erros manifestos” e “grosseiros” de arbitragem: estatisticamente, era neste lapso temporal que cresciam os processos disciplinares e de inquérito a propósito de afirmações ofensivas da honra e reputação dos árbitros. Este ano a regra parece confirmar-se. Quem acompanhou as crónicas da imprensa desta semana, reparou no súbito recrudescimento de observações provindas de várias geografias dos dois campeonatos profissionais: “vetos”, “escusas”, “pressões”, juízos sobre intenções, etc. Umas mais graves e ilícitas, outras enquadradas no lícito exercício da liberdade de expressão dos agentes desportivos. Um clássico, com recidivas periódicas, para satisfação dos humores dos adeptos. Noutros tempos, saberíamos que daqui a um mês todas essas declarações teriam sido averiguadas e, se fosse caso disso, punidas – e, muitas vezes, atenuadas justamente pela confirmação técnica dos erros de arbitragem. Agora, sabemos que o “gomismo” trouxe a impunidade que permite que todos pensem que podem fazer e dizer aquilo que mina a credibilidade das competições, sem que nada de verdadeiramente dissuasor aconteça. A não ser que os ofendidos se queixem – levam os denunciados com processo (e não necessariamente com castigo) e adiam o mais que podem; levam os que ficam à margem da queixa com a indulgência. Isto sim é – na fórmula preferida dos sectários – “dois pesos e duas medidas”. Objetivamente!

Poderia ser diferente? Poderia, mas não era a mesma coisa...

Muitas vezes perguntam-me porque é que nos campeonatos estrangeiros se castigam mais rapidamente as afirmações difamatórias. Eu costumo responder com a urgência de uma pequena reforma que nunca foi levada à apreciação dos clubes pelos órgãos executivos da Liga. Aos delegados da Liga nos jogos compete, nos termos do Regulamento de Competições, “elaborar e remeter à Liga um relatório circunstanciado de todas as ocorrências relativas ao normal decurso do jogo, incluindo quaisquer comportamentos dos agentes desportivos findo o jogo na flash interview”. Bastaria alargar esta competência ao relato escrito e comprovado das declarações proferidas por jogadores, treinadores e dirigentes após o jogo. Com base nessa descrição, o Conselho de Disciplina decidiria sumariamente as eventuais infrações disciplinares imediatamente após as partidas, tendo em conta a presunção de verdade desses relatórios e a responsabilidade por falsas informações que incide sobre os delegados. Sem necessidade, em regra, de qualquer processo disciplinar, como qualquer outro castigo da jornada. Com celeridade e credibilidade para a competição.

Seria muito diferente? Seria, mas não era a mesma coisa…

 In Record

março 10, 2012

Jornal " O Benfica " Edição Nº 3541



Destaques

Principais títulos

- Opinião Pragal Colaço: "As transferências, o gelo do Zenit e as ligações"; (pág 15)




Títulos



2 Síntese + Futebol: Luis Filipe Vieira sobre Pedro Proença "Não apite mais o Benfica"
3 Actualidade: "Temos um Benfica Europeu" + Opinião João Paulo Guerra
4 Crónica Benfica-FC Porto: "Proença e a verdade da mentira"
5 Análise à Jornada: "Campo foi inclinado" + Opinião Arons de Carvalho
7 Antevisão Paços de Ferreira-Benfica: "Á conquista da Mata Real" + Opinião Afonso Melo
8 Crónica Liga dos Campeões: "Inferno da Luz derrete gelo russo"
9 Análise à Liga dos Campeões: "Na rota dos milhões" + Opinião João Malheiro
11 Fundação Benfica: "Sempre a ajudar a sorrir" + Opinião Jorge Miranda
13 Zona de Decisão - Carlos Gomes Júnior: "Sempre fui do Benfica" + Opinião João Diogo
15 Opinião Pragal Colaço: "As transferências, o gelo do Zenit e as ligações"
16/17 Poster jogo Benfica-Zenit: "Nos quartos-de-final da Champions"
19 Juniores: "Superar mais um teste" + Opinião Pedro Ferreira
20 Juvenis: "Só sabem ganhar" + Treinos de Captação: "200 crianças no Seixal"
21 Iniciados: "Continuam lideres" + Infantis e Benjamins: "Jivens mantêm evolução"
23 Voleibol: "Vencer sem espinhos"
24 Futsal: "Argumentos de campeão"
25 Hóquei em Patins: "Lição de tango ao galo"
26 Basquetebol: "Atenções viradas para Ovar" + Á conversa com António Monteiro
27 Andebol: "Arranque em Braga" e "Vitória no dérbi"
28 Canoagem: "Teresa Portela conquistou bronze" + Atletismo - Marco Fortes: "Espero alcançar um bom resultado"
29 Ténis de Mesa: "Bronze ao peito" + Bilhar: "A liderança continua" + Casas, Filiais e Delegações
30 Tome nota e Programação Benfica TV
31 Opinião Luís Fialho: "A mentira continua"
32 Clube - Camarata Coca Cola: "Emoções encarnadas" + Opinião José Jorge Letria + Breves

Javi García renova até 2018


Javi García: «Este é o meu dia mais feliz»



Javi García manifestou-se muito feliz com a renovação pelo Benfica até final da época 2017/18. O médio, de 25 anos, confessou que foi fácil chegar a acordo com os dirigentes encarnados e espera agora manter a bitola evidenciada até ao momento, juntando-lhe mais títulos.

"Da minha parte não houve qualquer problema e do clube penso que também não. A ideia de renovar esteve sempre presente. Estou muito feliz", começou por dizer o espanhol, à Benfica TV, recordando o elevado investimento feito por Luís Filipe Vieira (cerca de 7 milhões de euros) para contar com os seus préstimos: "Não é fácil pagar aquela verba por um jovem. Senti que tinha de retribuir a confiança. Estou feliz, dou graças ao presidente e ao clube. Este será talvez o dia mais feliz que já tive."

Recuando até 2009, Javi García recusa a ideia de que a saída do Real Madrid para a Luz tenha sido um passo atrás na carreira. "Vim para um dos melhores clubes da Europa. Graças a Deus, tudo correu bem e comecei a jogar com regularidade. Importante é estar feliz e sentir-se acarinhado", disse, admitindo, no entanto, que não esperava tamanho apoio por parte dos adeptos encarnados.

"Nunca pensei que o Benfica tivesse tantos adeptos. Ainda hoje me impressiona o facto de tantos adeptos nos seguirem nos jogos fora de casa", atirou.

Título inesquecível. Convidado a revelar o momento mais marcante desde que chegou à Luz, Javi destacou o título, em 2009/10. "Penso que não voltarei a ver uma festa daquele calibre, fora do país."

In Record
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