setembro 27, 2010

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


Foi só um mas foi do Fabito

Sábado, 19h15, entramos no Barreiros em 4x4x2. Quando é que acreditamos nos triângulos de meio-campo e ataque, e teríamos um Carlos Martins mais ofensivo e eficaz, menos perdido? Apostamos tudo nas alas, aquelas que perdemos e só agora começa o reencontro, com Gaitán a agigantar-se, mas à direita! Se tivemos ala-direito, as necessidades da esquerda destituem-nos de um dos melhores defesas-esquerdos do Mundo, que faz o corredor até à assistência na área com a força da juventude e garra, para o colocar a lateral. Contra o Marítimo o barro colou à baliza, e o meu Fabito fez-se goleador! Mas o preço é demasiado penoso: César Peixoto na defesa esquerda. Sim, repito-me, mas Peixoto não tem calibre para este Benfica. É um remendo, e só se remedeia quando não se previne. Salvio prefere a ala direita. E Jara? Serve para a esquerda? Contra o ataque do Braga não podemos remendar o corredor esquerdo, seja atrás ou a meio-campo. Fabito deve regressar ao seu berço, que aquele ataque não é para brincadeiras. E na ala? Permanece a questão. 

Entramos com o segundo equipamento. O nosso treck record com a vestimenta suplementar é de má sorte. E a estrelinha, de facto, não brilhou. Porque a basculação ofensiva foi pujante, mas o desperdício frustrante. Tacuara não é infalível nem intocável. É tempo do paraguaio saber que tem de fazer para ganhar o lugar. A quem? A Kardec. Na primeira metade, não largámos a baliza de Marcelo. Aos 12’, aos 16’, 18’, aos 22’, 24’, aos 27´ e 29´, aos 31’. E só aos 39’ há perigo dos do Marítimo, com Roberto a voltar às defesas de aviário com um soco em mau alívio, que não deu golo porque defendeu a recarga. Na segunda parte Cardozo falha sem vergonha aos 50’ e aos 53’. E aos 58’ veio o tento merecido pelo menino de ouro do nosso Glorioso. Há muito que Fábio merecia marcar. Foram mais de 20 remates.
O ano passado demos 5. Este ano demos prejuízo. Mas vencemos! Segue-se a Champions… e o SCB.

In Record

Jorge Jesus: «Benfica é quase uma religião»


 TÉCNICO DESTACA FORTE APOIO DOS ADEPTOS

Numa altura em o boicote incentivado pelos órgãos sociais do Benfica ainda é assunto, Jorge Jesus aproveitou para recordar, em entrevista ao site da UEFA, o peso dos fãs encarnados no título da época passada.
"Esse campeonato criou uma onda de entusiasmo entre os nossos adeptos. Foi importante voltarem a gostar novamente da equipa. Em Portugal, o Benfica não é apenas um clube, é quase uma religião", comentou.

Di María e Ramires
O Benfica ainda não se apresentou este ano ao mesmo nível da temporada passada. Situação que Jorge Jesus justificou com os efeitos do Mundial'2010 e as saídas de Di Maria e Ramires, dois jogadores nucleares na campanha de 2009/2010, que terminou com a conquista do título nacional.
“Di María e Ramires são grandes jogadores – por isso o Real Madrid e o Chelsea decidiram contratá-los – e não é fácil encontrar atletas com estas características”, admitiu.

“Continuamos a sentir um pouco a sua falta, porque os jogadores que chegaram esta época ainda se estão a adaptar. Não estamos tão fortes como no ano passado. Acredito que vamos fazer uma equipa forte e capaz de jogar como na época passada, praticando um futebol de grande carácter e qualidade", assegurou.

 In Record

Email Aberto _ Domingos Amaral



O anti-Robson

From: Domingos Amaral
To: André Villas-Boas

Caro André Villas-Boas
Lá diz o provérbio popular que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. Quando chegaste ao Estádio do Dragão, no discurso de apresentação, e na tentativa de romper com a sombra tutelar de José Mourinho, disseste que, a ser clone de alguém, o eras de Bobby Robson, e não do teu mentor português.

Ora, não foi preciso correr muito tempo para todos verificarmos que, infelizmente para ti, não é verdade. Podes falar inglês e ter o nariz grande, como dizias, mas nas atitudes não segues a escola do gentleman que Robson sempre foi. Em vários anos em Portugal, fosse ao serviço do Sporting ou do FC Porto, nunca o ouvi atacar os clubes adversários, ser provocatório ou acintoso. Era sempre correto e educado, e não perdia o seu tempo a lançar farpas aos outros clubes. Tu, pelo que vejo, vais por outros caminhos, e fazes uma marcação homem a homem, palavra a palavra, a tudo o que o Benfica diz ou faz. Pelos vistos, andas nervoso, e não perdes uma oportunidade para a provocação.
Em vez de te manteres alheio à polémica específica do Benfica com as arbitragens, não resististe e lá vieste perguntar se o Benfica tinha “vergonha de pedir a repetição do jogo Benfica-Guimarães”. É assim que caem as máscaras postiças que as pessoas colocam a si próprias para impressionar o povão. 

Clone de Robson? Errado. Um cavalheiro como Robson nunca escolheria esse tipo de palavras, esse tipo de caminhos. Podes ser muita coisa, e até bom treinador, mas clone de Robson está visto que não és.

In Record

Artigo de Opinião _ Sílvio Cervan


Que os erros não se repitam

O Benfica ganhou ao Sporting porque é muito melhor que o rival. Não fez mais que a sua obrigação. O campeonato do Sporting pode ser ganhar ao Benfica, mas o nosso objectivo é ganhar o campeonato, não é ganhar ao Sporting.
Vítor Pereira disse coisas sérias e coisas óbvias, o que sendo raro no nosso futebol, já é motivo para lhe agradecer.

Nós também já sabíamos que sem erros de arbitragem estávamos em primeiro, ainda bem que há responsáveis que também o sabem.
Mais que ter árbitros na ‘jarra’ seria bom não ter árbitros a decidir campeonatos. Tenho de Vítor Pereira a imagem de um homem sério e isso basta-me para preferi-lo a outros protagonistas, sinto tristeza por não poder pensar o mesmo de todos quantos ele dirige.
Que os erros não sejam repetidos, que não sejam sempre no mesmo sentido e que não tenham sempre o mesmo resultado final.
O futebol viciado mantém uma cleptocracia no poder, enquanto aliena espectadores e arruína o espectáculo. A médio prazo, até para quem ganha é mau.
Paulo Bento foi escolhido para seleccionador nacional. Aquele que foi treinador do Sporting com melhores resultados dos próximos 10 anos é uma escolha acertada que espero e desejo que tenha excelentes resultados. Não será nada fácil porque herda uma tarefa ciclópica.

Depois duma tradicionalmente muito difícil deslocação à Madeira, contra um Marítimo treinado por um amigo a quem desejo sorte só depois de sábado, espera-nos a sempre mortífera deslocação à Alemanha. Terra maldita onde nunca ganhámos um jogo, seria pois a altura ideal para Jorge Jesus fazer história com o Benfica e dar o passo decisivo para uma qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A almofada de conforto que as arbitragens construíram aos nossos adversários não nos vai estragar a época. Jorge Jesus terá alma para inverter o rumo.
Alea jacta est…

In ABola

Obrigado amigo Benfica 73 

setembro 26, 2010

Supertaça em Hóquei Patins SLBenfica _ porto


Exibição brilhante dá vitória na Supertaça
 
 Benfica-FC Porto, 8-4


A equipa de Luís Sénica conquistou este domingo de forma brilhante a Supertaça António Livramento. Na final disputada no Pavilhão Mário Mexia, em Coimbra, os “encarnados” venceram claramente o FC Porto por 8-4.

Foi com um golo de bandeira que o Benfica entrou a vencer na final da Supertaça. Ricardo Pereira, com um remate de longa distância, marcou o tento da equipa de Luís Sénica logo no primeiro minuto do desafio.

O adversário conseguiu chegar à igualdade a 17 minutos do fim da primeira parte, num remate de Pedro Gil.


A resposta do Benfica surgiu a 12 minutos do intervalo, altura em que beneficiou de uma grande penalidade. Luís Viana permitiu a defesa do guarda-redes do FC Porto Edo Bosch numa primeira instância, mas depois recuperou o esférico e bateu muito bem o espanhol, fazendo o 2-1.

A formação da Luz voltou a marcar quando faltavam quatro minutos para o descanso. Com um remate absolutamente fantástico, o argentino Esteban Abalos superou o guardião contrário.

Os “encarnados” viram, no entanto, o oponente reduzir o marcador a um minuto do intervalo. Pedro Gil foi novamente o autor do tento dos “azuis e brancos”.

O segundo tempo não começou de feição para a equipa de Luís Sénica, uma vez que Pedro Gil igualou na cobrança de um livre directo logo no primeiro minuto.

A resposta do Benfica surgiu no minuto imediatamente a seguir por Diogo Rafael, no entanto, Reinaldo Ventura empatou ainda no mesmo minuto na cobrança de um penalty.

Depois de ter ameaçado por várias vezes a baliza contrária, o Benfica conseguiu finalmente passar para a frente do marcador. João Rodrigues assumiu o papel de protagonista, ao marcar os quatro golos “encarnados”. O jovem jogador começou por marcar a nove minutos do final, sentenciando o desafio com mais dois golos a três e dois minutos do fim, respectivamente. No último suspiro do desafio, João Rodrigues voltou a marcar na conversão de uma grande penalidade, confirmando o triunfo expressivo da equipa da Luz.

Com uma exibição a todos os níveis brilhante, o Benfica conquistou a Supertaça António Livramento com todo o mérito e pela sexta vez na sua história. O arranque oficial da temporada não podia ter começado da melhor forma para as cores “encarnadas”.

Fotos: Gualter Fatia


In SLBenfica 

Aqui á Gato _ Miguel Góis


Eu acredito!

Pessoalmente, sempre gostei muito de ficção científica. Talvez por isso tenha apreciado de forma particular a seguinte pergunta que um jornalista fez, esta semana, a André Villas-Boas: “Coloque-se perante este cenário: no jogo com o Olhanense, o FC Porto é prejudicado pelo árbitro…”

Assim, de repente, lembro-me de vários episódios do “Star trek” com pontos de partida mais verosímeis. Por outro lado, na ressaca da falência do comunismo, podemos estar perante o dealbar de uma nova utopia vermelha – milhões de seres humanos, espalhados pelo Mundo inteiro, que acreditam ser possível construir uma sociedade onde um árbitro marque um penálti contra o FC Porto! Eu acredito! Junte-se o leitor também a este movimento! André Villas-Boas já o fez, nomeadamente quando, em resposta à pergunta acima citada, afirmou: “Há de chegar o dia em que nós nos sentiremos injustiçados (…).” Ele também acredita!

Mas o treinador do FC Porto ainda teve tempo para comentar a reação do Benfica à arbitragem de Olegário Benquerença: “O refúgio para as derrotas vai sempre ser o mesmo”. Isto vindo de um homem que nunca se refugiou na arbitragem para justificar as derrotas tem outra credibilidade. Infelizmente, André Villas-Boas não é esse homem. Basta recordar as suas palavras na última partida que o FC Porto perdeu, em agosto, no Torneio de Paris: “É um árbitro que ajudou à festa dos clubes franceses do torneio (…) Sinto um sentimento de injustiça perante o que se passou no golo”. Só quem já foi prejudicado num lance – e não em quatro – de um jogo particular – e não de uma partida a contar para o campeonato – é que consegue compreender este sentimento de revolta.

In Record

setembro 25, 2010

Época 2010/2011 SLBenfica _ Marítimo


Fábio Coentrão garante vitória do Benfica na Madeira (1-0)

Um golo de Fábio Coentrão resolveu esta noite um jogo que a falta de pontaria dos avançados do Benfica teimava em complicar. À sexta-jornada as águias vencem pela primeira vez fora de portas, frente a um Marítimo muito preso.

Recorde aqui as incidências da partida.

Foi preciso esperar pelos 58 minutos para o lateral-esquerdo da Selecção Nacional – hoje jogou de novo a extremo –desembrulhar o jogo. Fábio Coentrão recebeu uma bola longa da direita, controlou com o peito e rematou cruzado, de pé-esquerdo, para o fundo da baliza.

Para trás ficava a sucessão de golos desperdiçados por Cardozo e Saviola, avançados que tiveram oportunidades suficientes para garantir, mais que uma vitória, uma goleada para o Benfica.

O Marítimo foi sempre uma equipa algo presa, mas teve ainda dois lances de ataque em que valeu ao Benfica a atenção e os reflexos do guarda-redes Roberto.

Com esta vitória o Benfica soma 9 pontos em seis jogos e fica à espera do resultado do FC Porto frente ao Olhanense para saber se se aproxima da liderança ou se continua a 9 pontos do líder.

Sob arbitragem de João Capela (AF Lisboa) as equipas alinharam

MARÍTIMO - Marcelo; Ricardo Esteves, João Guilherme, Robson, Alonso; Rafael Miranda e Roberto Sousa; Marquinho, Danilo Dias, Djalma; Baba.

Suplentes: Peçanha, Kanu, Dylan, Roberge, Briguel, Tchô e Fidelis
SLBENFICA - Roberto; Maxi, Luisão, David Luiz, César Peixoto; Gaitán , Javi García Carlos Martins e Fábio Coentrão; Saviola e Cardozo.

Suplentes: Moreira, Airton, Salvio, Jara, Luís Filipe, Sidnei e Kardec.

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira



A mão (de Rolando) que segura o andor
 
A dureza com que a equipa do Sporting foi criticada após a derrota na Luz deixa-me na posição ingrata de ter de a defender. Concedo que a exibição não foi boa, o que acaba por ser normal. Como já aqui escrevi, parece-me que o Sporting não está tão forte como no ano passado. No entanto, os riscos de desflorestação não se confirmam. É verdade que saiu uma maça e o pinheiro acabou por não vir, mas o modo como Aimar e Saviola se mexeram entre o meio campo e a defesa do Sporting deu a entender que os jogadores leoninos estavam bem plantados na relva. No fim do jogo, pareceu-me ver o preparador físico do Sporting a desenraizar o Maniche da entrada da área. E um dos adjuntos teve de enxotar a águia Vitória, que se preparava para começar a fazer o ninho no ombro do Nuno André Coelho.
 
DESEJO aderir ao novo modelo de crónica futebolística em que o autor revela, para mais que previsível gáudio dos leitores, onde, como e quando, viu determinado jogo, e ainda tem a gentileza de fazer a resenha das opiniões emitidas por comentadores estrangeiros – que são sempre os mais perspicazes e informados sobre o futebol português.
Antigamente, o público não sabia se um cronista tinha assistido a determinado desafio em directo ou se tinha sido obrigado a ver uma gravação, se tinha visto a partida em território nacional ou estrangeiro. Esses tempos, felizmente, acabaram. Informo então que assisti ao Nacional – Porto no Brasil, através de um canal televisivo local. Estava uma temperatura agradável. Ingeri 72 tremoços durante a transmissão. Os comentadores consideram claríssimo o penalty não assinalado após evidente mão de Rolando na área (que bobagem!, exclamaram os comentadores) e perceberam, sem recurso à repetição, que tinha sido mal tirado o fora-de-jogo ao ataque do Nacional. Um dos comentadores, especialmente bem preparado, lembrou a propósito a célebre conferência de imprensa em que Alex Ferguson afirmou que o Porto comprava os seus títulos no supermercado. De facto, o futebol português, visto no estrangeiro, tem outro interesse.

setembro 24, 2010

Faleceu Fernando Riera




Aos 90 anos


O chileno Fernando Riera, antigo treinador do Sport Lisboa e Benfica, faleceu na quinta-feira aos 90 anos. O ex-técnico morreu de enfarte.

Fernando Riera estreou-se como treinador do Benfica no dia 21 de Agosto de 1962, tendo sido três vezes campeão nacional (1963, 1967 e 1968). O chileno conduziu ainda a equipa da Luz à final da Taça dos Campeões Europeus na época de 1962/1963. Os “encarnados” perderam a prova para o AC Milan.

Riera treinou ainda vários clubes em Portugal, além de ter sido seleccionador do seu país.

Neste momento de profunda tristeza, o Sport Lisboa e Benfica endereça as mais sentidas condolências à família e amigos de Fernando Riera.

setembro 23, 2010

Crónica Semanal de Leonor Pinhão


Mourinho não faz biscates… mas há quem os faça

A BOLA referiu anteontem, com justo destaque, que «desde 1976» não se via no campeonato português «um arranque tão fabuloso» como o arranque do FC Porto nesta prova de 2010/11. Cinco vitórias nas cinco primeiras jornadas e quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Vitória de Guimarães, eis o registo actual do FC Porto que só encontra paralelo na competição de 1976/1977, com o Sporting, de Jimmy Hagan, que, à quinta jornada somava o mesmo número de pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Varzim. 

Francamente, não me lembro. Passaram-se 34 anos entre as duas proezas e, sendo o Varzim o segundo classificado no Outono de 1976, nem consigo imaginar em que lugar da tabela navegava o Benfica. Seria o terceiro? Ou estaria em oitavo, como está hoje, ou estaria na décima quarta posição, como estava na semana passada?
Não importa, o que lá vai, lá vai.
O que importa é a classificação final desse campeonato de 1976/1977 que deve ter sofrido uma grande reviravolta a meio do percurso, visto que o Benfica foi o campeão, acabou no primeiro lugar, com 9 pontos de avanço sobre o Sporting, o segundo classificado. Quanto ao Varzim, depois de um arranque não menos espectacular, quedou-se por uma bastante honrosa sétima posição, a 20 pontos do campeão nacional.
Ao longo da sua história secular, o futebol teve sempre destas reviravoltas surpreendentes.

Ainda no domingo passado, por exemplo, no Estádio da Luz, o paraguaio Óscar Cardozo que, há menos de quatro dias, tinha sido declarado persona non grata pela exigente plateia da casa, acabou com as más-línguas despachando, sozinho, o Sporting com dois golos muito bonitos e que deixaram a multidão de ingratos ao rubro. Ao rubro, certamente, de corados pela vergonha recente que é a de assobiar um jogador do Benfica por mais inapto que seja, o que, ainda por cima, não é o caso.
De acordo com as investigações estatísticas da concorrência, Cardozo é o avançado mais eficaz do Benfica dos últimos 30 anos. Ou seja, quase desde aquele campeonato em que o Sporting entrou triunfalmente e o Benfica acabou por ganhar, não se via na Luz um homem-golo tão produtivo e regular.

Super dragões detidos, só é pena ser para inglês ver

'Super Dragões' detidos à chegada ao Porto

Um grupo de adeptos do F.C. Porto foi detido, ontem à tarde, no Aeroporto Sá Carneiro, instantes depois de desembarcar de um voo que partiu do Funchal às 17 horas.
Em causa, segundo apurámos, estiveram fortes suspeitas da prática de vários furtos na Região, durante o fim-de-semana que estiveram na Madeira, para apoiar os 'dragões' frente ao C.D. Nacional.

A operação policial decorreu pouco depois do avião ter aterrado, quando cerca de uma dezena de agentes da PSP, fortemente armados, entraram no avião e confrontaram os elementos da claque 'Super Dragões', com as acusações de roubo e furto.

A PSP, que tinha uma lista de artigos furtados, intimou os suspeitos a colaborarem, e encaminhou-os para a parte traseira do avião, enquanto os restantes passageiros saíam. Depois, o grupo de adeptos foi conduzido para um recanto do aeroporto, onde já estavam outra dezena de elementos policiais, que revistaram a bagagem.
Além dos furtos, a visita da claque mais representativa do F.C. Porto à Madeira trouxe ainda desacatos, na tarde de domingo, no 'Fórum Madeira'. A violência que opôs quatro 'portistas' a cinco madeirenses gerou uma confusão no centro, com cadeiras, mesas e outros objectos a serem arremessados. 

Segundo testemunhas, terão sido os 'Super Dragões' a instigar a situação, provocando o outro grupo, que não estava identificado com as cores de qualquer clube.
"Eles provocaram e depois começaram a atirar tudo, e a segurança só apareceu quando já tudo tinha terminado", disse uma lojista ao DIÁRIO.

In DN

setembro 22, 2010

Tempo Útil _ João Gobern


Hora de mudança

Outros fossem os protagonistas, com personalidades menos transparentes e currículos menos impolutos, e a “operação José Mourinho”, levada a cabo por Gilberto Madaíl, poderia parecer uma cortina de fumo. Ou uma torpe tentativa de legitimar o episódio seguinte. Ou uma operação de marketing levada a cabo por alguém dramática e definitivamente afastado da realidade.

Dirão alguns que Paulo Bento, o novo comandante da Seleção Nacional, entra em funções já enfraquecido, por se tratar de uma segunda escolha face a Mourinho. Entendo que, face ao homem que conquistou títulos em três países, uma Taça UEFA e duas Ligas do Campeões, ninguém pode sentir-se complexado ou diminuído por chegar depois. Mas fica-me a ideia de que Gilberto Madaíl – que não ficou bem na fotografia de conjunto do caso Carlos Queiroz, tão depressa aparecendo como o presidente solidário como alinhando em conspícuas unanimidades – vestiu a farda do ilusionista mas não conseguiu sequer simular um qualquer passe de mágica: a contratação de Mourinho “por dois jogos”, além de desvalorizar a Seleção e de vir colocar um tom de desespero, era um ato falhado à partida, sobretudo se tivermos em conta que o Special One está nos primeiros meses do maior desafio da sua carreira, ainda não ganhou títulos nem conquistou de forma militante os adeptos. O desfecho é simples: Mourinho marcou pontos pela disponibilidade anunciada, Madaíl conseguiu, até neste processo, levantar dúvidas sobre o que aconteceu. Afinal de contas, é a sua palavra contra a de Jorge Valdano, quanto ao tipo de consulta feito a Florentino Pérez. Uma manobra de diversão, tudo isto? Parece óbvia a resposta, mas não chega: preparou-se também o trilho para Paulo Bento, agora muito mais próximo da unanimidade do que há uma semana.

Quanto a Gilberto Madaíl, é pena que não demonstre abertura para perceber que o seu ciclo acabou e que, daqui em diante, não tem crédito pessoal e pode acabar por borrar a pintura do seu consulado na Federação Portuguesa de Futebol. O caso de Paulo Bento é bem diferente e, confesso, parece-me que chega demasiado cedo a funções com esta dimensão – sendo de ressalvar a coragem que demonstra ao aceitar aquilo que, à partida, tem todo o aspeto de “missão impossível”. Tem uma só experiência como técnico principal e falta-lhe “mundo” (quer dizer: sem experiência de estrangeiro). Do ponto de vista tático, foram muitos os que o acusaram no passado de ser demasiado rígido. Terá, a seu favor, o caráter disciplinador e a capacidade de lançar jogadores jovens, num momento em que a Seleção precisa de renovação. Não seria a minha escolha, mas é o que temos. Agora, há que apoiar. As contas, como sempre, fazem-se no fim.

In Record

setembro 20, 2010

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


O dérbi é vermelho

Foi um Tacuara finalmente perigoso o que apareceu a noite passada na Luz, que não precisou de mandar calar os adeptos. Aos 13’, Cardozo fez magia e abriu caminho a um dérbi absolutamente dominado pelo Glorioso. No clássico dos clássicos – sim, ao FCP falta história e ao Braga papa Maizena para chegar aos clássicos – Tacuara voltou à magia aos 50’ numa bola em arco, um gesto técnico irrepreensível em entendimento com Savi.

Neste dérbi em que Xistra não foi Benquerença, Fabito foi de ouro. Que pés mágicos tem este miúdo! Mas nem isso o livrou do amarelo. Aliás, a equipa continua muito amarelada, fruto da instabilidade que ainda não ultrapassámos. Só que, desta feita, na fotografia pontuam as águias. O SCP passou a primeira metade a defender com 11 nos seus últimos 30 metros. Só Liedson tentava espreitar, mas com perigo só aos 58’. Levezinho tentava, mas não saía da tentativa. E até Roberto fez bonito. Depois de três defesas incompletas, em que pelo ar soltou a bola, o mancha-amarela fez uma defesa de gente grande já perto dos 90’. Uma coisa é clara: surgem os golos, surge a alegria no jogo, a pujança, a basculação ofensiva imponente e do ataque à defesa tudo começa, em crescendo, a correr bem. Eu tinha razão: o SCP era uma vítima apetitosa para a recuperação anímica do SLB. E foi!

Mas nem tudo foram papoilas saltitantes. Jesus finalmente percebeu que Pablito Aimar só dá para metade. Mas, pela águia “Vitória”, César Peixoto?! Aos 16’ a falta de classe de Peixoto evidenciava-se ao deixar Liedson fugir, sem sequer esboçar um movimento. Minutos depois, num triste ensaio de drible, perde a bola e Fabito tem de ir ao remendo. Isto não é para ele! Peixoto é como os muitos bilhetes falsos que a PSP apreendeu na Luz.

Uma palavra para a FPF: que palhaçada é esta de Madaíl inventar um Mourinho salvador por 2 jogos? O desafio hercúleo era por demais apetitoso para El Especial. E que história é esta de Seara só avançar se Madaíl não for recandidato? Já nos livramos de um, mas falta o suspeito do costume.


In Record

Bloco de notas _ Nuno Farinha


Futebol em estado puro

Jorge Jesus foi de fato de treino para o banco na final da Supertaça. Paulo Sérgio fez as primeiras declarações à imprensa como treinador do Sporting… nas instalações do Vitória de Guimarães. Gaffes como estas são mais ou menos normais nos treinadores que têm hoje um inédito encontro no dérbi dos dérbis. O que une JJ e PS é muito mais do que a chegada ao topo do futebol português. É um género desempoeirado, quase “terra a terra”, que vai aos poucos desaparecendo do mapa para dar lugar a uma linha mais científica e “mourinhizada”.

Há várias marcas distintivas no estilo, a começar pela retórica. Na véspera da tal Supertaça, em Aveiro, Jesus nem deve ter pensado muito bem no que estava a dizer quando apareceu na Benfica TV a lançar o duelo com o FC Porto: “Chegamos a este jogo já com muita qualidade.” No dia seguinte, como se sabe, a nota artística andou perto do zero. Qualidade nem vê-la. Ou melhor, até houve muita, mas pertenceu em exclusivo aos dragões. Tiro ao lado de JJ. Aconteceu mais ou menos o mesmo a Paulo Sérgio na primeira jornada quando saiu derrotado na Mata Real poucas horas depois de ter dito que tinha “a melhor equipa do mundo”. Não se pode dizer, pois, que Jesus e Paulo Sérgio apliquem as melhores e mais modernas práticas quando é preciso recorrer às artes motivacionais. 

Há mais semelhanças. Por exemplo, as carreiras de jogadores atingiram dimensão semelhante e, já como treinadores, o melhor que conseguiram antes da chegada a Benfica e Sporting foi a presença na final da Taça de Portugal – Jesus pelo Belenenses (derrota por 1-0 com o Sporting), Paulo Sérgio pelo Paços de Ferreira (derrota por 1-0 com o FC Porto). Os pontos de contacto não ficam por aqui, porque nesta época ainda não foram capazes, nem um nem outro, de repetir a equipa inicial em dois jogos consecutivos, coisa que, de resto, também não deve acontecer hoje.

Ora, a questão é: se há tanta proximidade entre os dois, que jogo se pode esperar esta noite na Luz, quando até a situação de Benfica e Sporting obriga (teoricamente) a quem ambos tenham uma abordagem semelhante a este clássico? Essa é a resposta que vale um milhão de dólares. As águias estão literalmente proibidas de voltar a falhar sob pena de verem ruir – ainda em setembro! – as esperanças de renovar o título; os leões precisam de um resultado positivo para não ficarem igualmente a uma distância preocupante. Mais: quem sair “vivo” do dérbi ganha uma embalagem importante para as semanas seguintes, enquanto um desaire, nesta altura, é capaz de pesar… “toneladas”.

A esperança no duelo de aflitos pode estar, apesar de tudo, naquela que é (outra semelhança) uma das principais qualidades de Jorge Jesus e Paulo Sérgio: a coragem. E, exatamente por isso, não me admiraria nada que este Benfica-Sporting acabasse transformado num jogo daqueles que ficam para recordar por muitos anos.

In Record

Email Aberto _ Domingos Amaral


Vítimas

From: Domingos Amaral
To: Pinto da Costa

Caro Pinto da Costa
Na época passada, o senhor indignou-se muito com o castigo ao Hulk, e muitos portistas o seguiram. Para cronistas, notáveis e jogadores, foram os castigos a Hulk que “impediram” o FC Porto de lutar pelo título. Os azuis, nas suas palavras e nas de muitos adeptos, foram “vítimas” do diabólico sr. Ricardo Costa, que insinuavam ser um perseguidor a mando do Benfica. Goste-se ou não, a sua tese colou e muitos são os que acham que o Benfica foi “ajudado” a ganhar o título por essas formas indiretas. Não foi. O Benfica foi campeão porque jogou mais e melhor que os outros, mas a sua tese tinha um objetivo óbvio: mascarar as evidentes falhas do FC Porto em muitos jogos, desviando as atenções com “fait-divers”, ou com “entretenimento”, como lhe chama o seu atual treinador, Villas-Boas.

Ninguém deve espantar-se pois por, este ano, o Benfica estar a fazer exatamente o mesmo. Isso só significa que até no seu principal rival o sr. fez escola. Atacar tudo e todos, disparar em todas as direções, eleger monstros externos, fazer-se de vítima, tudo isso são coisas que o senhor nos ensinou, e os órgãos sociais do Benfica aprenderam bem a lição. Em futebol, como o senhor há mais de 20 anos defende, a culpa das derrotas nunca é nossa, é sempre dos árbitros ou de obscuros e sinistros inimigos.
Portanto, fique a saber que este ano vai ser campeão não porque joga melhor, mas porque a Olivedesportos, o Benquerença e o Laurentino Dias andam a tramar o Benfica. A verdade, como dizia Winston Churchill, é sempre a primeira vítima de uma guerra.

In Record

setembro 19, 2010

Época 2010/2011 SLBenfica _ Sporting


Cardozo resolveu o “derby”

Prometeu e cumpriu. Óscar Cardozo foi a grande figura no “derby” da Luz, apontando os dois golos com que o Benfica bateu o Sporting. Paraguaio dá novo fôlego à águia na Liga.

Recorde aqui as incidências da partida.


Prometera uma prenda aos adeptos para fazer esquecer o episódio no jogo com o Hapoel, e cumpriu. “Takuara” puxou dos galões e ofereceu a vitória ao Benfica na recepção ao velho rival.

Os golos do paraguaio, a abrir cada uma das partes - o primeiro já depois de ter enviado uma bola ao poste -, materializaram o domínio do Benfica no “derby”, perante um Sporting que pouco fez para sair da Luz com outro desfecho.

Os leões tiveram mais posse de bola na primeira parte, mas não mostraram argumentos para se aproximarem da baliza de Roberto. Sólido na defesa, o Benfica apostou nos contra-ataques rápidos para levar o perigo ao último reduto leonino.

O golo Cardozo a abrir a etapa complementar deitou por terra as aspirações do Sporting em reagir à desvantagem. O segundo tento do paraguaio foi rude golpe que o leão não soube contrariar.

O marcador poderia ter voltado a funcionar para os dois lados, com as duas equipas a construírem boas ocasiões de golo. Liedson falhou na cara de Roberto, Coentrão não fez melhor diante de Rui Patrício. Óscar Cardozo também poderia ter elevado a sua conta pessoal.

Estádio da Luz, em Lisboa

Carlos Xistra (Castelo Branco)

SLBenfica:
Roberto; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e César Peixoto; Javi Garcia; Carlos Martins (Jara, 86) , Pablo Aimar (Rúben Amorim, 46) e Fábio Coentrão; Saviola (Airton, 80) e Cardozo.

Suplentes:
Júlio César, Gaitán, Sidnei e Kardec.

Sporting:
Rui Patrício; João Pereira, Daniel Carriço, Nuno André Coelho e Evaldo; Maniche, André Santos (Saleiro, 73) e Valdés; Matías Fernandez (Hélder Postiga, 59); Yannick (Vukcevic, 59) e Liedson.
Suplentes: Tiago, Torsiglieri, Zapater e Abel.

Disciplina:
Cartão amarelo a Javi García (8), Valdés (21), Maxi (33), Fábio Coentrão (44), Rúben Amorim (71), Hélder Postiga (90), Airton (90), César Peixoto (90+3)

Marcadores:
1-0, Cardozo (13); 2-0, Cardozo (50)

Resultado final: 2-0


In ABola 

setembro 18, 2010

Aqui á Gato _ Miguel Góis


Murro na mesa (e não no steward)

Para um observador desatento, alguém que tenha vivido muito tempo no estrangeiro ou possua apenas algumas noções elementares sobre futebol - e apercebo-me, neste momento, que o prof. Carlos Queiroz encaixa em ambas as categorias - não deixa de ser bizarro que o maior clube de Portugal detenha tão pouca influência nos centros de decisão. Se não vejamos: um outro clube é condenado por corrupção e não desce de divisão; o presidente de um outro clube é apanhado a produzir declarações comprometedoras em escutas telefónicas e é absolvido pelos tribunais comuns; um jogador de um outro clube que agrediu comprovadamente um steward vê o castigo ser reduzido para três jogos; e, em termos de arbitragens, o Benfica é prejudicado de forma sistemática. Como eu costumo dizer, errar é humano; mas errar sempre para o mesmo lado é fruta. 

Face a isto, o que fazer? Como vencer adversários que recorrem a métodos tenebrosos, sem recorrer também a esse tipo de métodos? A resposta deu-a, esta semana, o presidente da Assembleia Geral do Benfica, através do anúncio de medidas legítimas e legais, nomeadamente o pedido para que os adeptos não compareçam nos jogos da equipa fora do Estádio da Luz. Trata-se de uma medida que, a meu ver, só peca por tardia, uma vez que os adeptos do FC Porto e Sporting há décadas que a andam a pôr em prática.

Entretanto, apesar de não ter rigorosamente nada que ver com o que está a acontecer por estes dias no futebol português, houve esta semana no prédio onde vivo uma onda de assaltos, pelo que eu e os meus vizinhos fizemos queixa na polícia. Numa reviravolta inesperada, os condóminos do prédio do lado alegaram que os larápios estavam a sofrer uma pressão insustentável para não roubarem, coitados.

In Record

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira

Um protesto sem vigílias nem lutos não é um protesto
 
O comunicado emitido pela direcção do Benfica teve, até ver, pelo menos um grande mérito: causou igual desagrado a portistas e sportinguistas (passe o pleonasmo). Os portistas até apreciam comunicados, mas só se forem lidos pelo terceiro guarda-redes. Gostam de queixas sobre a arbitragem, mas só se forem feitas ainda na pré-época, como fez Villas Boas no torneio de Paris. E levam a mal que uma iniciativa destas não inclua uma comovente vigília previamente anunciada na TV. Organizar romarias à sede da Liga para repudiar o castigo aplicado a um inocente que se limitou a participar num espancamento é pugnar pela justiça e pela verdade; lamentar a existência de vários erros graves de arbitragem é uma palermice folclórica.Quanto aos sportinguistas, preferem tomadas mais funéreas como um luto, por exemplo. Comunicados são, para eles, queixinhas.

Queixinhas essas que podem eventualmente vir a prejudicá-los, pelo que, após aturada reflexão, decidiram fazer queixinhas das queixinhas do Benfica, inaugurando assim as queixinhas por antecipação. Queixinhas preventivas e dignas, que antecipam factos hipotéticos, e que contrastam flagrantemente com as queixinhas condenáveis, que são as que se referem a factos consumados e comprovados. Donde se conclui que o Benfica foi prejudicado em Guimarães para seu próprio benefício, e para grave prejuízo do Sporting. Só não vê quem não quer.

Artigo de Opinião _ Sílvio Cervan



O sistema existe e revolta-se


Depois do Vitória de Guimarães – Benfica, Olegário Benquerença foi arbitrar o Manchester United - Rangers para a Liga dos Campeões. Em Manchester, à cautela ninguém marcou golos (0-0), com medo de levar um amarelo igual ao do Cardozo. A este nível estudam-se todos os pormenores.
Em Guimarães, o Benfica foi estrategicamente mais afastado do título, Roberto esteve bem melhor que Nilson, mas Olegário foi intransponível, em gíria futebolística diria «foi gigante», julgo mesmo ser merecida outra homenagem já. Parabéns aos promotores de homenagens, aqueles que sabem lidar com os «pobres de espírito».
O único caminho que depende só do Benfica, é neste momento, o de tentar melhorar cada vez mais o seu jogo, e deixar que o futebol, alguns dos seus protagonistas e a muita fruta que ainda sobra não consigam decidir tudo. O caminho é estreito e está «Xistrado», mas é o único. A nomeação para o ‘derby’ mostra que «o sistema» existe, é o mesmo de sempre, e se revolta contra quem o põe em causa.
No jogo Europeu de terça-feira, o Benfica cumpriu aquilo que se exigia no regresso à Liga milionária. Ganhou e luta por um apuramento que vai ser apertado e disputado a quatro.

Aimar foi o melhor em campo, fez 70 minutos de delicioso futebol e no fim já na zona de entrevistas deu o mote para o que falta da época. Foi excelente perceber o espírito daquele profissional e eleição.
O Sp. Braga no Dragão escorregou a tempo do Porto não perder pontos e em Londres fez parecer bons os resultados dos azuis e brancos contra os ‘gunners’ nos últimos anos. É bom ter clubes amigos.
Neste momento resta-nos confiar na competência de Jorge Jesus e na qualidade inegável de um plantel que poderá minimizar o embuste que nos preparam com zelo e eficácia. Só um Benfica «do outro mundo» poderá inverter o rumo deste campeonato.

In ABola

Obrigado amigo Benfica 73 

setembro 17, 2010

Crónica Semanal de Leonor Pinhão

‘A Operação Vindima’ - uma peça em um acto
“Pelo fim de Setembro, as vindimas constituem uma das mais importantes actividades agrícolas do país”.
in ‘almanaque Borda d´Água’

“Cacho aqui, cacho ali, untava em cada vindima uvas suficientes para atestar dois lagares”.
João de Araújo Correia, ‘Terra Ingrata’

“Por esta altura o Douro é um frenesi de vindima”.
Eça de Queiroz, ‘A cidade e as serras’

“Lá no Norte, se alguém perguntar ‘oh filho da puta, tudo bem?’ ninguém vai achar que está a ofender a mãe. Se aparecer alguém que se tenha ofendido com isso…
Pinto da Costa, declamador de poesia

«SOBE o pano. Uma mesa comprida no centro de uma sala. Uma meia dúzia de personagens em mangas-de-alpaca exibe grande agitação. Há alegria no ar. A cena passa-se algures lá no Norte, naquela região demarcada onde se alguém perguntar ‘oh filho da puta, tudo bem?’ ninguém se ofende porque é um trato entre amigos que se respeitam…

- Silêncio! Silêncio, façam o favor de se manterem em silêncio porque temos de dar início aos trabalhos!

Impossível, no entanto, cumprir a ordem do primeiro orador. Há um frenesi delicioso à volta da mesa. Todos os filhos da puta falam ao mesmo tempo e estão mais interessados em ouvir-se do que em ouvir os outros. É natural que assim seja, sendo humanos padecem do pecadilho da vaidade e todos têm muito sobre que se gabar.

- Siiiiilêêêêêncio!
- Está boa, está! Essa do silêncio está impecável, até faz lembrar o secretário Laurentino a dizer que só quer ouvir o barulho dos adeptos e que não quer ouvir outros barulhos!

Os filhos da puta presentes parecem que foram impulsionados por uma mola. Saltam das cadeiras onde mal se tinham sentado e prestam uma grande ovação espontânea ao supra-referido secretário de Estado da Juventude e Desportos. Depois voltam a sentar-se, já mais calmos.

- Ora bem, não haja dúvida que foi muito bem metida!
- Ora bem, o excesso de zelo nunca fez mal a ninguém…
- Vamos lá então falar do que aqui nos trouxe… a Operação Vindima!
- Viva a Operação Vindima! Viva!

Gritam todos os filhos da puta presentes e trocam entre si fraternais apertos de mão e formidáveis palmadas nas costas.

Tempo Útil _ João Gobern



A guerra e as armas

Podia ter sido perfeita a noite de ontem para um Benfica convalescente, não fosse aquele indicador esquerdo de Cardozo cruzado sobre os lábios, “reclamando” silêncio dos que o assobiavam. O adversário, incómodo durante algumas passagens da partida, nunca chegou a assustar o campeão nacional. Ainda assim, obrigou-o a correr e a mostrar, a espaços, o regresso da frutífera pressão alta da época passada. Deixou brilhar Aimar, que é de facto um prazer singular sempre que se mostra em condições e sempre que a equipa percebe que pode confiar nele para desequilíbrios e repentismos. Confirmou a absolvição de Roberto que, aos poucos, lá vai explicando a aposta do técnico e da entidade empregadora. Apostou no coletivo em que Carlos Martins, Luisão, Javi García e Maxi Pereira tiveram direito aos seus episódios de redenção. Fundamentalmente, permitiu que o Benfica tivesse, enfim, uma entrada vitoriosa à terceira competição oficial em que se envolve esta época.

A Supertaça foi perdida sem glória perante um adversário superior. O campeonato, por força do já decorrido, há-de ser feito a correr de trás para a frente, sabendo-se que esta está, por enquanto, a uma distância que era impossível de prever. Mais do que isso, o Benfica precisa de triunfos claros – e não de favores da arbitragem – para sustentar o duríssimo comunicado lançado anteontem pelos seus corpos sociais.
A razão é fácil de entender: o Benfica não elegeu um alvo, multiplicou-os. Confesso que os compreendo quase todos, à exceção do tiro ameaçado à Taça da Liga – só explicável como um lembrete ao novo presidente da Liga de que os campeões estiveram entre aqueles que ajudaram a conquistar o posto e não admitem ser prejudicados perante silêncios complacentes. Laurentino Dias e Vítor Pereira são, ao invés, escolhas óbvias. O “toca-e-foge” de um e o acumular de erros de outro puseram-nos a jeito para a artilharia pesada do maior clube português.

O apelo aos adeptos para se ausentarem dos jogos que a equipa dispute fora do Estádio da Luz chega para pôr muitos a fazer contas. A rutura das negociações com a Olivedesportos é provavelmente a maior demonstração de forças do clube. Tudo junto, significa que o Benfica decidiu avançar, já em setembro, para uma salada de frentes de batalha que só não serão desgastantes se houver resultados e exibições como suporte armado dessas declarações de guerra. O primeiro efeito foi conseguido: o Sporting, cujos arautos tantas vezes se queixam de ser o mais prejudicado das arbitragens, trocou o médio prazo pelo imediato, os princípios pelo imediatismo, e veio falar de pressão sobre o jogo de domingo. Típico de quem trocou o espírito ganhador pela “ambição” de perder por poucos.


In Record

setembro 15, 2010

Comunicado SLBenfica



Contrariar a incompetência

Mais um exemplo de bom jornalismo. Ontem, no final do jogo com o Hapoel, e já na zona mista, o jornalista do “Record” questionou Pablo Aimar sobre o apelo saído do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica para que os adeptos não se desloquem aos jogos que a equipa realize fora do Estádio da Luz.

A pergunta terminou da seguinte forma: “Mas os jogadores não precisam do apoio dos adeptos?” A resposta era óbvia. “Gostamos sempre de ter os adeptos connosco”, disse o jogador argentino, que, sem se deter, também afirmou: “Mas se a Direcção tomou essa posição é pelo bem do Benfica, temos de a respeitar.”

De tudo isto o “Record” colocou na primeira página “Aimar contraria apelo directivo”. Contrariar significa ir contra. Aimar fez exactamente o oposto. Mas algum iluminado na redacção do “Record” não deve saber o significado da palavra contrariar.

Uma simples consulta ao dicionário teria resolvido o problema.



In SLB

setembro 14, 2010

Champions League 10/11 SLBenfica _ Hapoel


Benfica vence Hapoel (2-0) e entra com o pé direito na Champions

O Benfica entrou com o pé direito na Liga dos Campeões, ao vencer (2-0) o Hapoel de Telaviv. A vitória saiu dos pés certeiros Luisão e de Cardozo, avançado que foi assobiado depois de marcar.

Recorde aqui as incidências da partida.


Em pleno cenário de crise com quatro derrotas em cinco jogos oficiais, o Benfica subia ao relvado do Estádio da Luz proibido de perder pontos. Apesar de alguma tensão que era evidente em alguns passes mal direccionados e desconcentrações defensivas, a equipa de Jorge Jesus acabou por colocar-se em vantagem cedo na partida.

Foi aos 16 minutos que Luisão recebeu uma bola no centro da área, cruzada por Carlos Martins, e sem ter tentado sequer dominá-la rematou à meia volta para o fundo da baliza.

O Hapoel reagiu bem à desvantagem e chegou mesmo a ter 54 por cento de posse de bola, contra apenas 46 do Benfica. A baliza de Roberto – hoje bastante seguro e a fazer a defesa da noite – manteve-se a salvo.

Aos 68 minutos chegou a tranquilidade. Depois de uma boa jogada de Rúben Amorim, Saviola rematou para defesa de Enyeama, sobrando a bola para Cardozo, que só teve de empurrar para o fundo da baliza.

O momento que deveria ser de festa, no entanto, acabou por ser manchado pela reacção de Cardozo. O avançado paraguaio não celebrou o golo e mandou calar os adeptos, o que motivou uma vaia de grande parte dos adeptos presentes no estádio.

Antes do final da partida, Tamuz pregou ainda um susto aos benfiquistas quando rematou ao poste da baliza defendida por Roberto.

Eis os onzes iniciais.

BENFICA - Roberto; Ruben Amorim, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins, Aimar e Gaitán; Saviola e Cardozo.

HAPOEL - Enyeama, Dani Bondarev, Douglas da Silva, Fransman, Ben Dayan, Rocchi, Yadin, Vermouth, Zahavi, Ben Sahar, Shechter  

In ABola 

Laurentino e o POLVO = ROUBO ao SLBENFICA

Laurentino veta Ricardo Costa

Laurentino Dias impediu que Ricardo Costa fizesse parte da Comissão para a Justiça Desportiva, que é presidida pelo juiz-conselheiro José Manuel Cardoso da Costa, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Por:Octávio Lopes

Segundo apurou o CM, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que assiste hoje à primeira reunião da Comissão, no Salão Nobre do Ministério da Justiça, em Lisboa, não terá apresentado quaisquer razões para vetar o nome do ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga. Laurentino terá ainda sugerido o nome de José Guilherme Aguiar, que também acabou por não integrar um órgão que, segundo o Ministério da Justiça, "tem como objectivo primordial promover uma adequada conexão entre a justiça e o desporto. "Terá como tarefa a formulação de propostas de diplomas legais com vista a uma justiça desportiva especializada, uniformizada e simultaneamente mais célere e segura" e poderá criar os fundamentos legais para a criação de um tribunal desportivo.

Além de Cardoso da Costa, fazem parte da comissão João Leal Amado, Pedro Gonçalves, Alexandre Miguel Mestre, José Luís Seixas, Júlio Vieira Gomes, Luís Paulo Relógio, Miguel Nogueira Brito e Rui Botica (membro do Tribunal Arbitral do Desporto, sediado na Suíça), todos "juristas de reconhecido mérito", segundo o Ministério da Justiça.
Sérgio Castanheira, adjunto do secretário de Estado da Justiça, João Correia, irá acompanhar os trabalhos da Comissão.
Contactado pelo Correio da Manhã, Ricardo Costa não quis prestar declarações.
Já fonte do gabinete de Laurentino Dias adiantou que a composição da Comissão para a Justiça Desportiva "resultou de um consenso entre as secretarias de Estado do Desporto e da Justiça".

In CM

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


Malquerença


O futebol é terreno fértil para pessoas sem pingo de vergonha. Não há nada como a bola para revelar roubalheira, falta de caráter ou intentos dúbios. A primeira é sinónima de Olegário Benquerença. Aliás, as três características puxam para o árbitro internacional português. Ponham a FIFA e a UEFA os olhos no jogo de sexta-feira e este senhor nunca mais ascende a Mundiais e Europeus. Mas também vão bem ali para os lados da FPF: Queiroz, que sem qualquer pudor foi ficando até não poder prejudicar mais; Madaíl, que só in extremis se fez presente e fez o que havia a fazer. E depois vem o argumento da ingerência política. Não fosse Laurentino Dias e o presidente da FPF continuava a assobiar para o lado, com um descaramento do tamanho do nosso falhanço da passada semana.

Eu gosto muito de bola, e ainda mais do meu Glorioso clube. E aquele simulacro de árbitro pode bem ter destruído o bicampeonato benfiquista. Mas a verdade é que o sr. Malquerença só apitou na sexta. E nós andamos desencontrados com a vitória desde a pré-época. Porquê? Em cada adepto há um treinador de bancada, e em mim há dúvidas. Há já um ano era certa a saída de Ramires, chegado à Luz para se ambientar e partir no final da época para um grande da Europa. Em dezembro era claro que Di María queria igual destino. Porquê o desencontro tão vagaroso com soluções para as duas alas? Sem tão prestimosos extremos e substitutos concretos, seguimos para a contratação de Roberto. Um dia alguém me dirá onde está o toque de ouro deste pretenso Midas. O Mundial acontece de 4 em 4 anos. Com uma equipa de génios, o cansaço dos mundialistas era de antecipar. Porque é que parece ter sido ignorado? Estamos sem brilho. Adormeceu-se-nos a garra. 

Está na hora de acordar! E de contra-atacar face às nomeações dos mal ou Benquerenças. Um por todos e todos por um! À Catedral, benfiquistas, haja que árbitro houver. Eu sou Benfica. Sempre.

In Record

setembro 13, 2010

Comunicado do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica


Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica. Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade.

São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, têm faltado ao campeonato de futebol profissional da primeira Liga nestas primeiras quatro jornadas.

Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de um campeonato sério ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se tem passado neste início de campeonato é negar o obvio e pactuar com a mentira.

Qualquer generalização é perigosa e nós não o queremos fazer. Há árbitros competentes – temos essa consciência e essa certeza – mas, infelizmente, por acção de alguns, todos são postos em causa.

O Benfica agirá sempre no estrito cumprimento da lei, não estando disponível para trilhar caminhos sinuosos que outros percorreram sem problemas de consciência e sem reparo ou castigo da justiça.

Se for outro caminho que os benfiquistas querem seguir, então estes órgãos sociais não servem. No nosso mandato não vamos montar uma estrutura organizada à margem da lei, nem um modelo de violência e intimidação de agentes desportivos ou jornalistas. Essa não é a nossa postura, nem a nossa forma de agir. Ganhar dessa forma é apenas alimentar uma mentira.

Da reunião do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica foram assumidas as seguintes orientações:

a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no inicio da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.

A falta de credibilidade que está a atingir a arbitragem enfraquece o futebol e só quem não está preocupado com o futebol pode estar satisfeito com a presente situação. Não é ilibando, nem protegendo aqueles que reiteradamente erram que se protege o futebol. Há quem veja e queira fazer-se de cego. A esses, essa cegueira tem de custar-lhes caro.

O futebol protege-se agindo, assumindo as medidas necessárias para que a transparência regresse à nossa arbitragem. Quem tem responsabilidades perante a actual situação tem de se fazer ouvir.

O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Vítor Pereira deve pronunciar-se sobre o que se passou, sobre o que pensa fazer para o futuro e sobre o entendimento que tem – na forma e no tempo - sobre a homenagem promovida no dia 5 de Setembro, pela Associação de Futebol do Porto, ao senhor Olegário Benquerença.

Citando o Presidente da UEFA, Michel Platini “os árbitros incompetentes devem ser varridos do futebol”. Pela nossa parte, acabou a tolerância com árbitros incompetentes ou habilidosos.

Cada um deve assumir as suas responsabilidades e o senhor Vítor Pereira tem a obrigação de garantir condições de igualdade nos critérios e na acção dos árbitros a todos os clubes em Portugal. Algo que até aqui não aconteceu.

b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.

A equipa já sabe que vai ter de lutar contra muitas adversidades, algumas previstas, outras totalmente imprevistas - já o sentiu neste início de época - e vai conseguir superá-las, mas os sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica não devem continuar a ser lesados económica e emocionalmente.

A nossa ausência será o melhor indicador da nossa indignação.

c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais.

Não podemos continuar a tolerar que a falta de seriedade dentro de campo tenha a cumplicidade daqueles que, tendo os nossos direitos televisivos, não revelam isenção na análise e camuflam os erros daqueles que sistematicamente nos prejudicam.

d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.

e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.

f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.

g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.

Para além de tudo isto, lamentar as declarações desrespeitosas que o Secretário de Estado teve para com o Sport Lisboa e Benfica e que branqueiam o comportamento daqueles que adulteram a verdade desportiva.

Quem se demite das suas responsabilidades, deve saber que isso tem consequências.

Queremos concluir dizendo que compete aos benfiquistas defender o Benfica e apelando a todos para amanhã, no nosso estádio, darmos uma grande demonstração da nossa força e da nossa união.
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