In SLBenfica
Dois pesos, duas medidas...
Quando pensávamos que já tínhamos visto tudo… Eis que em mais uma decisão grotesca, a Liga suspendeu por 18 meses o delegado ao jogo entre Benfica e Nacional, João Pedro Simões Dias, disputado em 22 de Dezembro de 2008. Passaram – somente! – oito meses e meio desde os factos… Saiba toda a verdade, a história que quiseram esconder, em primeira-mão!
A situação em apreço remonta ao ano transacto, à partida entre Benfica e Nacional da Madeira, em que o árbitro Pedro Henriques a poucos minutos do apito final invalida um golo a Cardozo, por pretensa mão de Miguel Vítor, que daria os três pontos aos “encarnados”.
Na sequência dos protestos, já no túnel da Luz, Nuno Gomes e o assessor jurídico Paulo Gonçalves supostamente mostram a sua revolta através de palavras injuriosas para com a equipa de arbitragem e, tendo como base o relatório apresentado pelo juiz, ambos acabam castigados.
No dia 8 de Setembro, tendo em atenção o contexto acima descrito, eis que surge mais uma decisão da Liga de bradar aos céus, uma decisão que ficará para a história do Futebol português, mais uma vez pelos piores motivos!
Cerca de nove meses depois, 37 semanas decorridas sobre os factos, precisamente 269 longos dias, pois a Comissão Disciplinar da Liga esperou pela decisão do Conselho de Justiça que só em Julho instaurou um inquérito, o organismo resolve sancionar João Pedro Simões, delegado da Liga a esse desafio, com a pena de exclusão do quadro das competições profissionais, por um período de 18 meses, “nos termos do disposto pelo artigo 151.º, falsificação de relatório”, como justifica o Comunicado Oficial n.º 054.
Ora, o que é que está aqui em causa? É que o relatório apresentado pelo delegado não coincide com o relatório de Pedro Henriques, não constando nele as tais supostas injúrias! E nunca poderia coincidir porque João Pedro Simões não estava no local onde supostamente tudo aconteceu, logo, não viu, não ouviu e não poderia escrever acerca de tal, aliás, como é indicação precisa da própria Liga, de não o fazer, ou seja, de não concertar os relatórios.
Será que a Liga não sabe que Óscar Fernandes, o “patrão” dos delegados ligou a João Pedro Simões, no dia seguinte ao jogo, proponde-lhe que este fizesse uma adenda em que este daria conta da expulsão de Nuno Gomes? Ora, estranho, muito estranho, é que cerca de nove meses depois do sucedido e depois desta mesma conversa, João Pedro Simões Dias seja castigado. Será que foi sancionado porque se negou a concertar o relatório, alinhando pelo discurso do árbitro? Que interesses afinal estão aqui em jogo?
Leia na íntegra, toda a verdade acerca deste caso, no Jornal “O Benfica”.
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