fevereiro 28, 2010

Liga Sagres SLBenfica _ Leixões

In ABola


Di Maria marca três na goleada do Benfica ao Leixões (4-0)

O argentino Di Maria foi a estrela mais brilhante do Benfica na goleada imposta ao Leixões e que garante às águias pelo menos mais uma semana na liderança isolada da liga.


Di Maria marcou três dos quatro golos das águias e ainda fez outro (na primeira parte), que foi anulado por fora de jogo mal assinalado.

O início da partida ficou marcado pela lesão de Bruno Gallo, que obrigou Fernando Castro Santos a fazer uma substituição. O Benfica não se coibiu de aproveitar e desde cedo mandou no jogo.

Marcou por Di María, aos 21 minutos, mas o árbitro assistente tinha a bandeira levantada. Fora de jogo e resultado a zeros. Cinco minutos mais tarde, Éder Luís encarregou-se de desfazer a igualdade, com um forte remate que ainda tabela no corpo de outro jogador antes de trair Diego.

Ao intervalo o Benfica vencia por 1-0 frente a um adversário que se mostrava incapaz de criar perigo. Di María e Cardozo desperdiçaram boas oportunidades de golo antes de o argentino fazer o 2-0, o 3-0 e, ainda, o 4-0 (58, 75 e 86, respectivamente).

O extremo argentino protagonizou noite mágica e, por certo, impressionou ainda mais os muitos olheiros de grandes clubes estrangeiros que se deslocaram a Matosinhos para ver Di María.

BENFICA: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Airton, Ramires, Di María e Éder Luís; Saviola e Cardozo.

Suplentes: Júlio César, Ruben Amorim, Carlos Martins, Nuno Gomes, César Peixoto, Sidnei e Alan Kardec.

Golos: Éder Luís (26), Di María (58, 75 e 86)

fevereiro 25, 2010

Crónica Semanal do Leonor Pinhão

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Segui-se a vigília do Sport Lisboa e PJ

Menos de 24 horas depois da vigília pela verdade desportiva encabeçada por Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, e por Fernando Madureira, presidente dos Super Dragões, a brigada de crimes económicos da Polícia Judiciária iniciou, de forma bem mais discreta, uma vigília por uma outra verdade qualquer nos gabinetes da SAD portista, nas instalações do Estádio do Dragão.

De acordo com as primeiras informações sobre as referidas buscas, esta operação foi executada a pedido da Interpol e da polícia belga, isto é, da Bélgica, e os agentes portugueses que a efectuaram pertencem aos quadros da PJ da cidade do Porto. Será, portanto, relativamente difícil para os lamentáveis ideólogos da teoria dos «túneis» e das «toupeiras» acusar o Benfica de estar por trás de mais esta manobra conspirativa para impedir o FC Porto de se sagrar pela quinta vez consecutiva campeão nacional.

A não ser que a conspiração tenha atingido um nível internacional, o que já parece grande exagero. Mas, mesmo assim, nunca fiando…

Na tarde de terça-feira, à mesma hora que o Benfica, no Estádio da Luz, jogava bom futebol e despachava os alemães do Hertha com uma goleada limpa, o presidente da Associação Comercial do Porto, em boa ainda que diminuta companhia, manifestava-se à porta da Liga de Clubes contra a Comissão Disciplinar da Liga em função da «injustiça» dos castigos a Hulk e a Sapunaru. «O que estão a fazer ao FC Porto é indigno», concluiu Rui Moreira. E, neste ponto, tem muita razão. A começar por ele próprio, se quiser reflectir melhor sobre o assunto.

fevereiro 24, 2010

Liga Europa 16Avos_de_final SLBenfica _ Herta Berlim

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Benfica goleia Hertha e segue para os «oitavos»

O Benfica recebeu e cilindrou o Hertha de Berlim, por 4-0, e garantiu a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa. Na primeira-mão o resultado cifrou-se num empate a uma bola.

A formação comandada por Jorge Jesus dominou o encontro por completo e ao intervalo já vencia por 1-0., com golo de Aimar (25), mas seria justo um resultado mais dilatado.

Na etapa complementar, os «encarnados» confirmaram o poderio ofensivo, com Cardozo a bisar, aos 49 e 62 minutos. Pelo meio, aos 59 minutos, Javi García fez o gosto ao pé, compensando, de certa forma, o autogolo da primeira-mão.

O Hertha criou oportunidades a espaços e na única altura em que dominou o encontro - no início da segunda parte - acabou por sofrer o segundo golo, um autêntico balde de água fria.

Durante o intervalo da partida, teve lugar a homenagem a Eusébio. O «Pantera Negra» recebeu o galardão "UEFA President's Award
" das mãos de Michel Platini, presidente do organismo.

fevereiro 20, 2010

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira

In ABola


Vamos contar mentiras

Há duas alturas em que uma equipa consegue fazer uma época mítica. Uma é quando os seus jogadores praticam bom futebol, despacham os adversários com goleadas, enchem os estádios. Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. Na impossibilidade de verem a sua equipa cumprir os requisitos da primeira, há colunistas que se vêem forçados a optar pela segunda. É o caso de Miguel Sousa Tavares. A sua última crónica era um soberbo monumento de mistificação. Dizia ele sobre o Benfica: «[n]o último campeonato ganho, o do Trapattoni, (…) nos últimos dez jogos todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Ou seja: no ano em que o Porto teve três treinadores, e na mesma época em que obteve o recorde de maior derrota caseira da liga (os célebres 0-4 frente ao Nacional), como conseguiu o Benfica ganhar o campeonato? Como é óbvio, com o auxílio da arbitragem. De outro modo, não se concebe como teria podido superiorizar-se ao fortíssimo Porto de Del Neri, Fernandez e Couceiro. Não houve presidentes do Benfica a receber árbitros em casa, nem vice-presidentes apanhados a oferecer quinhentinhos, nem viagens pagas ao Brasil — mas foi demasiado evidente que os árbitros beneficiaram o Benfica naqueles «últimos dez jogos», em que «todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Só há um pequeníssimo problema. É que isto é mentira (lamento, mas não há outra palavra). Nos últimos dez jogos desse campeonato, o Benfica jogou, por exemplo, com o Gil Vicente. Ganhou por 2-0, com um golo de Mantorras de bola corrida, a passe de Manuel Fernandes, e outro de Miguel, também de bola corrida, a passe de João Pereira. Depois, jogou com o Setúbal. Voltou a ganhar por 2-0, com um golo de Manuel Fernandes de bola corrida (belo remate de fora da área) e outro de Geovanni, também de bola corrida, na sequência de jogada pela direita. A seguir, jogou com o Marítimo. Ganhou por 4-3, com dois belos golos de Nuno Gomes, ambos de bola corrida (um a passe de Miguel e outro após centro de Geovanni), outro de Mantorras, em lance de (talvez o leitor já tenha adivinhado) bola corrida, e ainda um de Miguel, em remate de fora da área, na sequência de livre de Simão. E ainda jogou com o Estoril. Ganhou por 2-1, com um golo de Mantorras, após um canto (não um penalty), e outro de Luisão, depois de um livre junto à bandeirola (não à entrada da área). Claro que houve jogos que o Benfica venceu com um golo de penalty, como o Benfica-Belenenses, curiosamente na mesma jornada em que o Porto ganhou por 1-0 ao Marítimo com um golo de McCarthy em fora-de-jogo. Mas, a menos que dez jogos tenham deixado de ser dez jogos, ou que a expressão «todos os golos dos encarnados» tenha deixado de significar «todos os golos dos encarnados», Sousa Tavares inventou um mito.

fevereiro 19, 2010

Crónica Semanal do Leonor Pinhão

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Agarrados à Borboleta

Começaram no último fim-de-semana os Jogos Olímpicos de Inverno, na cidade de Vancouver, na costa leste do Canadá.

E perguntarão vocês, caros leitores portugueses, a que propósito é que, nesta altura do campeonato, nos vêm falar dos Jogos Olímpicos de Inverno? O que é que nos pode interessar o esqui alpino, o bobsleigh ou a patinagem em velocidade? O que é que nós, pessoal mais dado à bola, temos a ver com isso?

Por mais surpreendente que possa parecer, a resposta é que sim, que temos muito a ver com isso, como não poderão, certamente, deixar de concordar.

Conhecem, porventura, aquela máxima da Teoria Matemática do Caos: «sempre que uma borboleta bate as asas em Pequim pode vir a provocar um tufão na Califórnia.» Se não conhecem, passam a conhecer. Trata-se de um conceito aplicável às ciências exactas e pretende demonstrar que um acontecimento inócuo, como o bater de asas de uma borboleta, ocorrido numa parte do mundo pode influenciar o curso natural das coisas e provocar um importante acontecimento meteorológico do outro lado do mundo.

fevereiro 18, 2010

Liga Europa _ 16 Avos-de -Final

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Benfica não vai além de empate na Alemanha (1-1)

O Benfica empatou esta noite em Berlim, frente ao Hertha (1-1) e deixou tudo em aberto na Liga Europa para a partida da segunda-mão, a disputar dentro de uma semana no estádio da Luz.

Entrou muito bem o Benfica no jogo, com Di Maria a cumprir a tradição de marcar na Alemanha. Foi logo aos três minutos que o jovem jogador argentino aproveitou excelente passe de Carlos Martins e, livre de marcação, fuzilou a baliza de Drobny.

A ganhar por 1-0, o Benfica controlou a partida nos 30 minutos seguintes, período após o qual começou a perder fulgor. O Hertha, último classificado da liga alemã chegou ao empate aos 32 minutos, graças a lance infeliz de Javi Garcia que meteu o pé a um cruzamento da direita e acabou por trair Júlio César.

Empatado ao intervalo, esperava-se que o Benfica renascesse na segunda-parte. As águias, no entanto, não arriscaram. Com algumas desconcentrações defensivas, a equipa portuguesa viu-se na iminência de sofrer um segundo golo.

Nicu desperdiçou o mais grave dos erros defensivos e, livre de marcação, não conseguiu melhor do que rematar à base do poste da baliza benfiquista.

Até final as melhores oportunidades pertenceram ao Hertha, tendo o Benfica reagido apenas timidamente depois das três substituições efectuadas por Jorge Jesus.

BENFICA - Júlio César; Rúben Amorim, Luisão, David Luiz, César Peixoto; Javi García; Ramires, Carlos Martins, Di María; Saviola e Cardozo

Suplentes: Moreira, Aimar, Weldon, Nuno Gomes, Felipe Menezes, Miguel Vitor, Éder Luís

Golo: Javi García (32, p.b.); Di María (3)

fevereiro 16, 2010

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira

A árvore Calabote numa floresta de Guímaros 

Acaba de ser publicado um livro que promete animar a época dos portistas (uma vez que a luta pelo segundo lugar não parece constituir animação suficiente). O autor é uma pessoa idónea, sobretudo na medida em que nunca foi levado por Pinto da Costa a conhecer o Papa. Por paradoxal que pareça, os autores de livros mais credíveis são aqueles que o presidente do Porto não apresenta a líderes religiosos. Isto da credibilidade literária tem subtilezas que só estão ao alcance dos críticos mais argutos.
A obra em causa relata acontecimentos passados há mais de 50 anos — que são, em geral, os mais úteis para se compreender o presente. Trata-se de uma investigação sobre Inocêncio Calabote, o árbitro que foi recebido pelo presidente do Benfica em sua casa na véspera de um jogo. Não, desculpem. Enganei-me. É o árbitro a quem o Benfica pagou uma viagem ao Brasil, assim é que é. Peço desculpa, voltei a equivocar-me. O livro é sobre um árbitro que terá recebido quinhentinhos de um vice-presidente do Benfica. Perdão, ainda não é isto. É um árbitro ao qual o presidente do Benfica mandou oferecer fruta para dormir, conforme comprovado por uma escuta. Apre! Não acerto. Bom, parece que se trata de um árbitro ao qual o Benfica não ofereceu nada e que, em troca, terá beneficiado o clube a ponto de fazer com que o Porto ganhasse o campeonato. Enfim, um daqueles escândalos que nem 50 anos de silêncio conseguem apagar. Mas, reconheça-se, um escândalo que se mantém actual: um árbitro que acabou castigado pela justiça desportiva num ano em que o campeonato foi ganho pelo Porto. Realmente, soa-me a familiar.

Liga Sagres SLBenfica _ Belenenses

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Benfica vence Belenenses pela margem mínima (1-0)

«Clássico» de outros tempos acabou com vitória do Benfica pela margem mínima. Cardozo foi o autor do único golo da partida, logo aos 10 minutos, ditando a diferença entre o primeiro e o último da tabela classificativa.

Foi um Benfica em «serviços mínimos» aquele que bateu o Belenenses, numa final de tarde com muito público nas bancadas para assistir a autêntico «clássico» de outros tempo do futebol português.

Os «encarnados» marcaram cedo, na primeira vez que a bola foi à baliza à guarda de Bruno Vale, num cabeceamento de Cardozo após excelente iniciativa da direita por Ramires, passando depois a jogar mais na expectativa.

fevereiro 11, 2010

Crónica Semanal do Leonor Pinhão

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Que "moral" pode afastar João Pereira da Selecção Nacional?

Inevitavelmente, uma pessoa acaba por se deixar contagiar pelo ambiente de indolência moral e de insolvência mental que paira sobre as nossas cabeças como um manto espesso que nos tolhe e encolhe e que, aliás, não vem de agora. É que isto, na verdade, já dura há séculos. Vem este pensamento sombrio a propósito do episódio de violência ocorrido entre o seleccionador nacional de futebol e um jornalista na sala VIP do Aeroporto de Lisboa.
Se é que se pode olhar para estas coisas com bom ânimo, procurando descobrir em cada despautério um aspecto positivo — e essa é a nossa arte nacional —, não haja dúvida que o incidente entre o treinador Carlos Queiroz e o jornalista Jorge Baptista trouxe para a ribalta uma nova realidade, ou seja, uma apetecida transparência no que diz respeito aos conflitos do futebol português que, como é público e notório, sofre de pancada na tola como nunca sofreu.

Basta ouvi-los falar para se confirmar o diagnóstico.

De pancada em pancada, a novidade é que a mais recente cena de trolha, de castanha, com bola ou sem bola, e sem bola neste último caso, primou por escolher um cenário diferente.

Da escuridão dos túneis, quais esconderijos, do defendido anonimato dos intervenientes das ocorrências cavernais, da deficiente qualidade das imagens e das tendenciosas interpretações das mesmas, passou-se, num ápice, para uma sala climatizada do Aeroporto de Lisboa, com sofás estofados e generosa iluminação, com um público tão VIP que nem viaja em classe turística e com acepipes servidos de borla por funcionárias impecavelmente fardadas no lugar dos desmazelados e remediados stewards das situações anteriores.

fevereiro 09, 2010

Carlsberg Cup _ Taça da Liga

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Benfica goleia em Alvalade (4-1) e está na final

O Benfica goleou esta noite o Sporting (4-1) em Alvalade e carimbou o passaporte para a final da Taça da Liga.

Com esta vitória, a equipa encarnada vai poder defender o título conquistado na época passada. Já para os leões, a derrota assume contornos dramáticos. Além de ser a quarta
seguida para a equipa de Carlos Carvalhal (Sp. Braga, FC Porto, Académica e agora Benfica), significa que o único título ao alcance da equipa é, agora, a Liga Europa, na qual vai medir forças com o Everton.

fevereiro 07, 2010

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira

In ABola

Se augusto Duarte ainda apitasse, o seu Braguinha estaria em segundo?

Se o Braga tivesse oferecido um prémio de 50.000 euros aos seus capitães de equipa, teria a equipa conseguido ultrapassar o poderoso Rio Ave em casa? É possível. Como não conseguiu, havia que desviar as atenções do facto de, depois de Domingos ter prometido fazer melhor do que na época passada, o Braga ter saído da Liga Europa ainda na 3.ª pré-eliminatória, ter sido eliminado da Taça da Liga exactamente na mesma fase do ano anterior, e ter caído frente ao Rio Ave em casa na Taça de Portugal, quando na época passada tinha sido eliminado pelo Nacional fora. Como sempre acontece, até porque a eficácia do método é comprovada, as atenções foram desviadas à custa do Benfica. António Salvador disse que o Braga não precisa de antecipar jogos para ser primeiro. Não é exactamente verdade. O Braga não precisa de antecipar jogos porque não joga para as competições europeias desde Agosto.

Primeiro, a Comissão Disciplinar da Liga puniu Cardozo com dois jogos de suspensão por actos que todas as imagens demonstram que ele não cometeu. Tudo normal. Agora, a mesma Comissão resolveu punir alguns jogadores do Braga por agressões que as imagens da Sport TV têm a indelicadeza de documentar. Como é óbvio, houve escândalo. O clube que o árbitro irradiado refere nas escutas como «o meu Braguinha» não aprecia a justiça desportiva. Quem diria?

Liga Sagres SLBenfica _ Setubal

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Benfica não se dá bem no Sado (1-1)

O Estádio do Bonfim foi palco do empate entre V. Setúbal e Benfica (1-1), referente à 18.ª jornada.

O Vitória de Setúbal impôs um empate ao Benfica com contornos dramáticos, tendo em conta o penalty falhado por Cardozo nos minutos de compensação.

Os sadinos entraram melhor, controlando o Benfica, mas os encarnados acabaram por chegar ao golo num lance confuso, com Ricardo Silva a introduzir a bola na sua baliza após toque de David Luiz. O jogador brasileiro acabaria por introduzir a bola na própria baliza, aos 37, na tentativa de aliviar.

Na segunda parte, o Vitória continuou a resistir bem ao Benfica e chegou mesmo a marcar por Keita, aos 58, mas o golo acabou por ser anulado.

Aos 90+2, Cardozo atirou com estrondo à barra depois de derrube a Kardec, pelo meio foras-de-jogo mal tirados a jogadores do vitória e uma queda de Di Maria na área que lhe valeu um cartão amarelo.

Sob arbitragem de Jorge Sousa,( Usurpador e Insipiente ) eis as equipas:

fevereiro 05, 2010

Crónica Semanal do Leonor Pinhão

In ABola

Prevê-se um "derby" muito animado

A crueldade é detestável. No futebol há, frequentemente, campo para a crueldade, que é sempre detestável, quer seja para gáudio das nossas cores ou das cores adversárias. Por exemplo, os «olés» cantados das bancadas para uma equipa em colapso são uma manifestação sombria de mau carácter colectivo e de péssimo desportivismo do público em triunfo.
Se as instâncias legisladoras do futebol proíbem e castigam as manifestações racistas do público — excelente pedagogia —, não se entende como é que deixam impunes os cânticos de humilhação que ferem de morte uma equipa inteira no relvado, e não na arena, mais os suplentes sentados e os adeptos coitados.

Na noite de terça-feira, o Sporting teve uma noite muito infeliz no Porto e quando a goleada chegou à mão cheia, lá surgiram das bancadas os detestáveis «olés» que funcionaram como prolongamento do martírio, como se já não bastasse a derrota e a amplitude do resultado.

Tendo assistido ao jogo pela televisão na companhia, entre outros, de um bom amigo sportinguista, e vendo-o tão abatido com a situação, discretamente peguei no comando e fui baixando o som do aparelho para o poupar à crueldade.

— Deixa estar, não vale a pena — disse-me ele sem tirar os olhos do ecrã.

— É que não gosto de touradas — respondi-lhe, tentando expressar uma solidariedade de carácter social.

— Prefiro ouvir — murmurou como se falasse consigo próprio.

Constate-se que há, também, um certo masoquismo do adepto que sofre quando o sofrimento passa todas as marcas, como foi o caso.

Para o animar ainda lhe disse:

— Pronto, não fiques triste, na próxima terça-feira ganhas ao Benfica para a Taça da Liga e salvas a época — e fiz, como me competia, figas atrás das costas.

fevereiro 03, 2010

Liga Sagres SLBenfica _ Leiria

In ABola



Benfica na liderança após vencer U. Leiria (3-0)

Cardozo (10 m), Saviola (60 m) e Ruben Amorim (89 m) fizeram os golos da vitória do Benfica sobre o U. Leiria (3-0). Partida antecipada da 20.ª jornada vale aos «encarnados» a liderança isolada do Campeonato, ainda que à condição, uma vez que têm agora mais um jogo que o Sp. Braga.

Esteve muito competente a equipa da Luz, que pediu a antecipação desta partida devido ao calendário apertado por altura da Liga Europa – joga a 18 e depois a 23 com o Hertha Berlim, não podendo por isso jogar a 21 com os leirienses. Logo aos 10 minutos, Cardozo fez de cabeça o primeiro golo (o 16.º no campeonato), após excelente combinação de Saviola e Aimar. O marcador só voltou a funcionar na segunda parte, mas até lá os «encarnados» dominaram por completo, desenharam bem no relvado, não permitindo quaisquer veleidades ao adversário.

fevereiro 01, 2010

À Lei da Bola _ Pedro Ribeiro

In Sapo Vídeos

A bola dos alimentos

Crónica Semanal do Ricardo Araújo Pereira

In ABola

A geografia do desespero

Imagine o leitor que um ataque semelhante ao que atingiu esta semana o autocarro portista tinha sucedido no Porto. Não faltaria certamente quem garantisse que o Porto era mais perigoso que Palermo. E com razão, porque de facto o ataque é infame e perigoso. Mas agora imagine que o Benfica tinha ido jogar a Seroa, uma freguesia do concelho de Paços de Ferreira que fica a cerca de 30 quilómetros do Porto. Perto do destino, o autocarro da equipa e o carro do presidente eram atingidos por pedras. Algum benfiquista teria a desonestidade intelectual de afirmar que o sucedido indicava que o Porto estava cada vez mais parecido com Palermo? Talvez. Infelizmente, há gente desonesta em todo o lado. Mas, com franqueza, parece-me improvável. No entanto, o Porto foi jogar ao Estoril, uma freguesia do concelho de Cascais que fica a cerca de 30 quilómetros de Lisboa. Perto do destino, o autocarro da equipa e o carro do presidente foram atingidos por pedras. Quem terá cometido o crime? Um estorilista? Um benfiquista? Um sportinguista? Um portista que reprova o que ouviu nas escutas (que diabo, há-de haver um)? Ou o jornalista do JN que foi atropelado por aquele mesmo veículo? Enfim, os suspeitos serão muitos, mas uma coisa é certa: a culpa é da cidade de Lisboa. Cascais continua a ser Cascais. Oeiras, que separa Cascais de Lisboa, continua a ser Oeiras. Mas ou o presidente da câmara de Lisboa começa a preocupar-se com a criminalidade de Cascais ou a capital fica muito parecida com Palermo.
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