dezembro 13, 2012

Contra a Corrente _ Leonor Pinhão


Mas isto agora é futsal? Assim não vale. Mais um ano, mais um campeonato e mais uma vez as regras não são iguais para todos.

Então o FC Porto pode jogar com um guarda-redes-avançado? Refiro-me ao Alex Sandro, o guarda-redes-avançado evidentemente. E ao Vasco Santos, evidentemente, essa promessa da arbitragem nacional que vai a internacional não tarda nada, o último a permitir que o Alex Sandro, na sua área, possa meter a mão à bola.

E está feito, segue o baile e apita o comboio e todos para os Aliados a apitar como o costume.

No fim do derby, o presidente do Benfica mencionou o assunto sem referir nomes. Foi para isso que foi eleito, para defender o Benfica.

No dia seguinte, oficial ou oficiosamente, chegou um protesto vindo do Dragão. «O Benfica está a preparar os árbitros», disse Rodolfo Reis.

O que é isso de «preparar os árbitros», Rodolfo Reis? Será que está a insinuar que o presidente do Benfica recebe os árbitros em casa e lhes dá chá e bolinhos e conselhos matrimoniais?

E estando perto o Natal, que mal teria esse género de convívio?

Jogando o que joga com os jogadores que tem, a questão é que o FC Porto de Vítor Pereira, esse grande treinador, vem de três jogos consecutivos a beneficiar de erros de avaliação na sua área de rigor. E segue para bingo.

Todos sabemos que os árbitros erram, tal como os jogadores e têm direito a errar porque não são máquinas (por enquanto). Mas quando são sempre os mesmos os beneficiados e de rajada é normal que os rivais protestem.

Até o Sir Alex Ferguson, que é cavaleiro da Rainha de Inglaterra, protestou um bocadinho e em inglês (o que faz logo toda a diferença) por causa dos penalties por conta do rival City e não pode o presidente do Benfica protestar, em português, com os penalties por marcar em Portugal à conta de Xistra, Benquerença & Companhia?

Quanto a «preparar os árbitros», cada um fala do que sabe. E se felizes são os emblemas que ganham títulos como quem vai às compras à loja de conveniência - Sir Alex Ferguson dixit - cabe, por lei, aos infelizes que não têm a mesma sorte lutar contra esse abuso de facilidades.

E que viva a liberdade de expressão. E que viva também o cinema português. - Vamos embora que isto foi tudo uma grande aldrabice! - já dizia o António Silva no Pátio das Cantigas. Referia-se a Calabote, claro está. (…) 

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