O jornalista inglês Andrew Jennings garantiu hoje a existência de subornos e relações promíscuas nos principais decisores desportivos, como FIFA, Comité Olímpico Internacional (COI) ou UEFA.
No âmbito de um ciclo de conferências sobre a actualidade dos media desportivos, no Porto e organizado pelo Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto e o jornal O Jogo, Jennings falou na existência de uma máfia nas instituições desportivas e abordou alguns casos, considerados por ele, como de corrupção.
O inglês, autor de vários livros sobre a matéria e um dos mais cotados jornalistas de investigação, explicou a "rede" entre política, economia e desporto e mesmo sem concretizar com provas, garantiu que o presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, recebe subornos para garantir proveitos a amigos ou familiares.
Nesta abordagem, Jennings disse que um sobrinho de Blatter é sócio da empresa MATCH, escolhida pela FIFA para gerir toda a bilheteira, hospedagem e tecnologia de informação para o campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul.
De acordo com o jornalista inglês, houve subornos elevados, "única forma" da "pequena família da FIFA" conseguir entregar os dividendos destes negócios a empresas próximas.
Andrew Jennings, que começou a carreira a investigar o crime organizado em Inglaterra e a Máfia em Palermo, Itália, disse igualmente que este início lhe permitiu melhor perceber as dinâmicas nas instituições desportivas.
Além disso, o jornalista sublinhou que o doping é "constantemente abafado" porque as empresas não gostam de patrocinar "jogo sujo", retirando assim lucros às principais organizações desportivas.
Nada que não se soubesse só faltava era a confirmação, que bom serviço ao mundo do futebol está a fazer este jornalista, assim sim, jornalista sério no trabalho que faz.
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