janeiro 22, 2013

Arons de Carvalho in O Benfica


Não gostei

1. Sem jogar bem, o Benfica acabou por ser a única equipa a ter oportunidades de golo não concretizadas no jogo com o FC Porto. E ainda teve o azar de Artur ter “oferecido” um golo. Mas o resultado, que não me agradou, foi justo. Ridículas, mais uma vez, as declarações dos responsáveis do FC Porto (treinador e presidente), que já vinham preparados para fazer “campanha”. O habitual Jornal de Notícias já a havia antecipado, ligando (na 1.ª página) João Ferreira (como 4.º árbitro) ao “caso do túnel” (o tal em que as imagens provam, sem margem para dúvidas, as agressões de Hulk e Sapunaru – mas não só…). E, agora, Pinto da Costa tratou de preparar a escolha de um árbitro amigo (se calhar um daqueles que Lourenço Pinto homenageia…) para o jogo da 2.ª volta. Nada de novo…

2. Lamentáveis as declarações à SIC Notícias, na tarde do jogo, do deputado (e adepto do FC Porto) Carlos Abreu Amorim, ligando o Benfica ao antigo regime (chamando-lhe até “salazarento”) e comparando o alegado favorecimento que o Clube receberia com as benesses que, afirmou, Real Madrid e Steaua de Bucareste teriam tido dos ditadores Franco e Ceausescu. Esquece-se dos presidentes do seu clube que foram deputados pela União Nacional e da data de inauguração do Estádio das Antas – 28 de Maio, data querida do regime de então. E esquece-se das eleições democráticas que o Benfica sempre teve, do hino que foi proibido pela censura, dos oposicionistas ao Estado Novo com cargos relevantes no nosso Clube, até da data de inauguração do nosso antigo Estádio do Campo Grande: 5 de Outubro. O Benfica foi muitas vezes Campeão, antes e depois do 25 de Abril, acima de tudo porque era (como continua a ser) o Clube mais popular e nacional.

3. A anedota da semana passada (ou, se calhar, do mês todo…) foi a designação do Sporting como melhor clube português de 2012 pela denominada Federação Internacional de História e Estatística do Futebol. Há muito que havia reparado que os critérios utilizados estão manifestamente errados, a começar por atribuir a cada vitória na Liga Europa quase o mesmo número de pontos (12) das vitórias na Liga dos Campeões (14) – metade em caso de empates. A partir daí, tudo é possível…

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