outubro 12, 2010

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


Com tranquilidade

Paulo Bento é, neste momento, o melhor treinador de Portugal. É como El Especial diz: é o nosso, é o melhor. Acrescento: deu-nos a vitória frente à Dinamarca, é o melhor. Pelo menos até amanhã, é bestial. E mesmo que a Islândia nos fosse obstáculo, depois do encontro em Reiquejavique e de um hipotético grande jogo aéreo dos islandeses, bestial continuará.

É que depois de meses a rir-se da desgraça em que se transformou a equipa do Sporting – para não falar do SCP no seu todo – após a sua saída, Paulo Bento colocou a nu, de uma vez por todas, a incompetência do seu antecessor e o tamanho da penalização sofrida pelos jogadores selecionados, por conta da triste história que se prolongou pelos últimos anos fora no futebol lusitano. E nunca é demais desmontar as efabulações alheias. Eu não sou fã de Mourinho, mas se alguém se pode arrogar de contribuições especiais para a espinha dorsal da Seleção Nacional, é o treinador dos galácticos. É fazer as contas: Ricardo Carvalho, Pepe, Bruno Alves, Raul Meireles, todos “feitos” no FCP de Mourinho, com Carvalho a segui-lo para o Chelsea e para o Real. Cristiano Ronaldo, após a contenda queirosiana durante o Mundial da África do Sul, encontrou em Mourinho o primeiríssimo apoio: “Na minha equipa, as derrotas são minhas e não dos meus jogadores”, saltou de imediato em defesa de Ronaldo, quando o então selecionador andava a falar de camisolas apertadas e de filhos pródigos. Mas voltemos a Paulo Bento: coração quente e cabeça fria foi fórmula que resultou. E Nani ajudou. Os nossos três golos nasceram da articulação perfeita entre o CR7 e Nani, revezando-se nas assistências e na marcação. A Seleção foi equipa, foi segura e tranquila. 

Fundamentalmente com muita tranquilidade, ainda vamos ao Europeu. De preferência com Carlos Martins a fazer bonito em campo. Venha o vulcão islandês.

In Record

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