junho 02, 2011
O Voo da Águia_ Marta Rebelo
Las canteras
O Barcelona venceu no sábado o quarto título de campeão europeu, e desempatou com o Manchester United. Foi a vitória do futebol delícia face à racionalidade inglesa. Tal como sir Alex Ferguson reconheceu no final da partida, o Barça deu-lhes “um banho” de futebol e equipas que gostam tanto do futebol que praticam merecem ser campeãs.
Pep Guardiola, na contenda que mantém com Mourinho, elogiou André Villas-Boas. Eu elogio a gestão desportiva do futebol do clube da Catalunha. E agora que Fábio Coentrão abandona a defesa esquerda do Glorioso pelos ares da capital espanhola, começo a contar os portugueses que integram o nosso plantel e são… um? Carlos Martins? E tenho muitas saudades dos tempos em que os nossos juniores eram investimentos muito seguros para o futuro do plantel da equipa A. No momento em que o Benfica lava roupa suja e putativas comissões do nosso treinador pela transferência de um jogador brasileiro, depois de uma época de equipa “insuficiente” – nas palavras do presidente Vieira – e de vitórias nulas, quando se discute o reforço da estrutura do futebol, porque é que não se discute a formação? Das canteras do Barça saíram, por exemplo, Messi, que apesar de ser argentino joga na Catalunha vai para 15 anos. Aliás, do plantel atual, e sem contar com o míster Guardiola, são onze os jogadores que vieram das divisões de base do clube catalão.
O Benfica formou Manuel Fernandes. Formou o João Pereira, que desperdiçou. Tal como o Miguel Vítor e o Roderick que, por mais que digam ser uma esperança, se prepara para ser um jovem com um passado promissor, sem jogo nas pernas. Por estas e por outras é que defendo que um técnico como o Rui Vitória servia bem o comando do Glorioso. Porque, entre muitos outros valores, tem noção do que devem ser as canteras de um clube.
In Record
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