Penálti?
Os penáltis (marcados ou não marcados) são os lances que provocam maior polémica no futebol. Ainda no sábado, Domingos Paciência justificava a derrota frente ao Gil Vicente com o facto de o árbitro ter marcado um penálti a favor do adversário e ignorado outro a favor do Sporting.
Ora, não fica bem aos treinadores justificarem os maus resultados com erros dos árbitros. Além disso, sendo o penálti uma falta pesada, que normalmente dá golo, os árbitros têm de ser muito exigentes na sua apreciação. O referido jogo de Alvalade é bom para ilustrar esta ideia. O penálti contra o Sporting resultou do derrube claro de um jogador do Gil que ia isolar-se em posição frontal à baliza; o penálti reclamado por Domingos foi um toque duvidoso num jogador do Sporting que estava de costas para a baliza, em posição lateral e no limite da área, numa jogada que não tinha perigo nenhum.
Os legalistas dizem que os árbitros devem marcar cegamente todas as faltas na área, quer sejam mais ou menos graves. Mas, do mesmo modo que o juiz não pode aplicar a mesma pena ao tipo que rouba uma carcaça num supermercado ou ao ladrão que assalta uma senhora para lhe roubar a mala, também o árbitro deve ter o bom senso de não marcar penáltis por dá cá aquela palha. Porque isso pode adulterar gravemente a verdade desportiva.
Uma nota para concluir: o jornalista da SIC que relatou esse jogo de Alvalade parecia um adepto do Sporting a gritar na bancada, repetindo seis vezes que fora penálti e que o jogador do Gil Vicente devia ter sido expulso. Ora, os jornalistas devem ser um fator de moderação e não o contrário, alimentando o fanatismo dos adeptos.
In Record
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