Estrangeiros
O primeiro objetivo é indiscutível.
O segundo, tal como está previsto, é um tremendo disparate. Diz o documento que servirá de suporte à nova lei – preparado pelo ex-ministro José Luís Arnaut – que a vinda dos jogadores estrangeiros terá em conta, por exemplo, o número de internacionalizações.
Ora isto será válido para campeonatos como o inglês ou o espanhol, em que há clubes muito ricos que podem comprar futebolistas já feitos, como Cristiano Ronaldo.
Mas os clubes portugueses têm de prosseguir uma política completamente diferente. Não podem comprar estrelas já feitas: têm de descobrir “diamantes” por lapidar em mercados “pobres”, como o Brasil, a Argentina ou o Uruguai, lapidá-los, adaptá-los ao ritmo do futebol europeu e mostrá-los na Europa – exportando-os depois para Inglaterra, Espanha ou Itália por dez vezes o preço que custaram.
É esta a única possibilidade que têm os clubes portugueses – e foi assim que Benfica e FC Porto ganharam fortunas com Di María, David Luiz ou Falcão.
Fazer o contrário, indo buscar jogadores consagrados, normalmente dá mau resultado – pois, em geral, são futebolistas em fim de carreira, que só vêm para Portugal desvalorizar-se (como Capdevila, por exemplo).
Comprar jovens talentosos na América do Sul (ou em África) e promovê-los na Europa é o caminho que se apresenta aos nossos clubes. Pensar que poderemos ter aqui grandes estrelas mundiais é uma enorme ilusão.
In Record
2 comentários:
Perfeitamente de acordo!!!
Este não pediu licença ao "querido líder" para escrever isto.
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