Sem nada
Foi agradável. Sem qualquer euforia. Foi simpático ganhar a Taça da Liga – até porque, como isto anda a correr, sabia que o Gil Vicente nos faria a vida negra e podia bem vencer o troféu. Fez-nos a vida num inferno, mas perdeu por um bigode de Conejo. Quando vi o ar extasiado dos nossos jogadores, confettis e fitinhas vermelhas a esvoaçar, não consegui entender. Percebo é o ar enfiado de Jesus. Nesta fase do campeonato, não há volta a dar: ou se está contra a continuação de JJ, ou a favor da manutenção do míster. Os benfiquistas não perdoam tanto jejum: a maioria quer a cabeça do treinador. A mim, o que dói é chegar a março com tudo na mão e em abril tê-la vazia. São os 5 pontos de avanço que perdemos sem mais nem quê. O que dá cabo de mim é aquele banco benfiquista desolado, apático, desligado e absolutamente triste, que se viu em Alvalade. Sem fé, sem esperança. Chateiam-me os recados que os jogadores têm vindo trazer nas “flash interviews”. Que seja fatal que o Benfica leva pelo menos um golo por jogo. E que o Luisão tenha sido lançado à morte contra o SCP. Tudo isto somado – e isto sim é que é a soma de todas as partes – perdemos o campeonato. E esta soma dói-me muito mais do que os pontos roubados pelas arbitragens.
In Record
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