novembro 25, 2011

O Voo da Águia_ Marta Rebelo


Hora de concretizar

A jogar num campo de batalha naval ou, como diria Cristiano Ronaldo, numa “horta”, o Benfica e as suas cinco novidades no onze inicial venceram a Naval 1.º de Maio. Embora tenha sido necessária a entrada de Rodrigo para resolver.

Já aqui disse muitas vezes que Rodrigo é um meu favorito, por oposição a Cardozo. Sim, o paraguaio tem a estrelinha e ocupa os defesas uma boa parte das partidas, mas é imóvel, rígido, não procura a sorte e espera que ela lhe bata à porta. Rodrigo, que é um miúdo, tem uma visão do jogo ímpar, movimenta-se, batalha e coloca-se tão bem quanto o Tacuara. E só vai nos 21 anos. Por estas, e por outras, é que Jesus devia voltar a apostar em Rodrigo para o onze inicial em Manchester. A quinzena terrível do Benfica começou com o Braga, onde não fomos além do empate, passou pelas condições inacreditáveis em que uma equipa de futebol profissional se vê obrigada a jogar na Figueira da Foz, segue agora para a Inglaterra e cessa no sábado, com a receção aos de Alvalade. Até agora temos vitória e meia. Não é grande coisa, porque Braga teve muita invenção – mas pouca luz – e não aproveitámos o empate do FCP. Mas desta vez o campeão em título pereceu em Coimbra, frente à equipa do seu mais que provável próximo treinador, Pedro Emanuel.

Contra o Manchester, é entrar em campo raçudos e não jogar para o empate. É para ganhar. Não é para invenções: alas sólidas, miolo condensado, ataque pensado. Gaitán à direita e o Chuta-Chuta è esquerda. Javi, Matic e Aimar – que o Witsel não anda a jogar nada. Lá à frente, desde que esteja o Rodrigo, estarei feliz. Mais ainda do que resolver o grupo e arrecadar os milhões da Champions – bem precisamos deles –, é o ânimo da equipa que está em jogo. Galvanizados, o Benfica-SCP será uma coisa. Desanimados, outra bem diferente. Sobretudo, solidez. É o que se pede. E concretização. O que se exige.

In Record

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