dezembro 27, 2011

Futebol á Portuguesa _ José António Saraiva



Estranho FC Porto

Três dos últimos jogos do FC Porto tiveram histórias muito parecidas: a equipa jogou esplendidamente mas viu-se e desejou-se para conseguir um resultado positivo.

Confesso que não via há muito tempo uma equipa jogar com tanta entrega, sufocar tanto os adversários, recuperar a bola com tanta rapidez como a equipa do Porto nos jogos contra o Zenit, o Olhanense e o Marítimo.

O FC Porto fez tudo bem: cilindrou, atacou, centrou por alto e rasteiro, da direita e da esquerda, rematou de longe, ensaiou tabelas na área – mas acabou os jogos com o credo na boca.

Nestes três encontros, embora asfixiando os adversários, não os deixando estar mais de um minuto com a bola nos pés, o FC Porto esteve mesmo à beira de fazer péssimos resultados.

Em casa, contra o Zenit, ao cair do pano, o guarda-redes Helton cortou fora da área com a pontinha da bota um passe que deixaria Danny isolado, sem guarda-redes na baliza. O golo faria 0-1.

Em Olhão, no último lance do jogo, um avançado local falhou tão escandalosamente um golo de baliza aberta que alguns telespectadores fecharam a TV pensando que o Porto tinha empatado 2-2.

Neste fim-de-semana, no Dragão, aos 78m, quando o resultado estava em 0-0, um avançado do Marítimo apareceu isolado e acertou na trave.

Portanto, nestes três jogos em que deu três lições de futebol, o FC Porto acabou por precisar de ser feliz para ganhar (ou não perder).

A que se deverá isto?

Há um problema óbvio: a equipa parece ter perdido a chave que abria as balizas adversárias. E esta situação deixa os adeptos intranquilos para 2012: se a equipa tem tanta dificuldade em ganhar quando joga bem, o que sucederá quando jogar mal? 

In Record

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