novembro 11, 2011

Tempo Útil _ João Gobern



Frescuras

Cada tiro, cada melro, a condizer com o arrefecimento de que fomos vítimas nos últimos dias. A saber: a impunidade com que a Federação bósnia pode marcar um jogo que é metade de uma decisão final para um campo a que já se chamou tudo, menos relvado. Não é um exercício de autonomia, é a pura prática da estupidez. Resultado à parte, num momento em que é vital valorizar o espetáculo para fazer face ao impacto da crise europeia, pergunto: e se houver lesões por causa de um terreno mais propício à horticultura, quem as paga? A UEFA? Segundo andamento deste extenso rol de frescuras: a entrevista de José Bonsigwa, sinal exterior daquilo que já se adivinhava como a rutura definitiva (à escala do futebol) entre o atleta do Chelsea e o selecionador Paulo Bento. Este começa, talvez, a juntar demasiados casos no seu currículo, fazendo lembrar as ventanias no balneário do Sporting. Mas Bosingwa poderia e deveria ter esperado: falar assim, a poucos dias do início da eliminatória final, não abona a seu favor.

Podíamos passar pelas épicas conferências de imprensa de Vítor Pereira, já transformado em cruzado do portismo, espadeirando em todas as direções – exceção feita, claro está, ao grande líder. Insisto: a vitimização foi chão que deu uvas e, a este nível, não passa de uma marca de incapacidade. Mais sintomáticas são as atitudes de jogadores como Alan e Djamal, que vieram “denunciar” o racismo expresso por Javi García. A alguns dos homens do Sporting de Braga (na “tradição” de Vandinhos e Mossorós) desejo o mesmo que às salsichas: que cumpram bem a sua função. Mas não quero saber de que matéria são feitas, sob pena de nunca mais me aproximar de nenhuma. Alguém acredita que um insulto deste género e alcance se guarda de um dia para o outro, reacendendo-se a indignação depois de uma noite de sono bem dormido? Ou será que o antigo jogador do FC Porto só percebeu na manhã seguinte, o que faz dele um mentecapto? Duas questões lineares: desde que foi lançada a “polémica” do racismo, nunca mais foi referido o problema – objetivo – dos três-apagões-três que se abateram sobre o jogo e nem chegou a ser discutida uma das mais infelizes arbitragens de Pedro Proença (agressões num só sentido, penáltis ao contrário). Quanto a Javi, recorro ao que aqui mesmo foi escrito a 28 de Setembro passado: “Chegou a hora de Javi García. (…) Fica designado o sucessor de Katsouranis, Bynia e David Luís no “esquadrão da morte” recrutado pelos encarnados. (…) Um caceteiro, um violento. Mas porquê ficar por aí? Pirata, sevandija, assassino, que sei eu?” A diferença é que, desta vez, a tentativa de assassínio de personalidade é feita dentro de campo e por colegas. Tão brutos como Brutus.

In Record

5 comentários:

Anónimo disse...

eese jeco das favelas do brasil merece com uma bandeja de merda no fucinho por tanto se ver preto ate chegar a pedreira

GuachosVermelhos disse...

Um dos raros comentadores que escreve sobre realidades, sem temor de quem quer que seja!
Acresce que pensa pela sua própria cabeça!!!
Uma ave rara, sem duvida!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Esse video do Saviola a ser gozado por Xavi Garçia, Dudek e outros está neste link:

http://www.youtube.com/watch?v=5C5QkCxpZMY&feature=player_embedded

De facto revela bem quem é esse Xavi Garçia e a noção que tem do futebol e espírito de equipa. Quem o defende ainda é pior que ele ... é triste.

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