Verde não é esperança
Quanto vale o Sporting da actualidade? Esse mesmo clube, ainda com estatuto aristocrático no futebol doméstico, que nos últimos 40 anos apenas venceu cinco Campeonatos? Esse mesmo clube que, há duas ou três décadas, exibia com orgulho a excelência do seu ecletismo vencedor? Que esgrimia com nomes da casta fabulosa de Joaquim Agostinho, Carlos Lopes, Fernando Mamede ou António Livramento? Que projectou, ainda recentemente, na alta-roda da bola, futebolistas do jaez de Paulo Futre, Luís Figo, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo, Quaresma ou Nani.
Há no Sporting um fenómeno de belenensização, só não tão acentuado porque dispõe de uma massa adepta ainda numerosa. Só que a sedução Sporting, ao invés da sedução Benfica ou FC Porto, é cada vez menor. O clube perde referências e não parece capaz de se reabilitar. Pior ainda, um Sporting pujante faz falta ao desporto nacional, no caso vertente ao futebol português. Os próximos tempos do Sporting vão ser dolorosos. Perdeu, porventura de forma irreversível, a carruagem da frente. E, porque aconteceu assim, situa-se e só muito imprevistamente sairá do apeadeiro da desilusão.
In Destak
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