Sporting à antiga
O bom futebol do Sporting deve-se, em grande parte, ao facto de jogar “à antiga”: os extremos são mesmo extremos, vão à linha, centram – aparecendo depois na área jogadores em posição de marcar com a cabeça ou com os pés.
No FC Porto e no Benfica isso não acontece. Ambos seguiram a moda de colocar os esquerdinos do lado direito e os dextros do lado esquerdo. E o que se vê? Ninguém consegue ir à linha centrar. No domingo, em Aveiro, onde o Benfica fez o seu pior jogo da “era Jesus”, foi patético ver Bruno César do lado direito à procura do pé esquerdo, e ver Nolito do lado esquerdo à procura do pé direito.
O FC Porto também está a ser vítima do mesmo “mal”. Hulk, na direita, vê-se e deseja-se para centrar, tendo de o fazer muitas vezes de trivela. Mesmo assim, dado o seu fulminante pé canhoto, consegue tirar mais partido da colocação à direita.
Espero que a moda de pôr os extremos fora do seu lugar natural passe rapidamente. Quando os extremos não podem centrar, porque lhes falta o pé adequado, perde-se profundidade e espetáculo. O Sporting é que não vai na conversa – e está a tirar dividendos de ter extremos à antiga.
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